32 - DUAS CABEÇAS EM CHAMAS

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O golpe de Aemond foi bloqueado com a espada de Aerion, que segurou e rodopiou, num contragolpe majestoso

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O golpe de Aemond foi bloqueado com a espada de Aerion, que segurou e rodopiou, num contragolpe majestoso. Aerion era muito astuto, ágil e perigoso. Apesar de jovem, ele tinha a mobilidade de Onira e a sagacidade de Daemon. Seus pés bailavam como se estivessem dançando a canção mais bela da guerra, fazendo-o se mover com agilidade e maestria. Suas mãos eram firmes e seus braços fortes, como os de seu pai.

Aemond também era excelente no que fazia, não podia negar. Entretanto, estava debilitado. Parte do corpo queimado, em carne viva, o ódio e o fogo queimando e dificultando a visão de seu único olho bom. Os dragões se mantiveram irredutíveis ao lado de seus montadores, até que Aemond quase acertou Aerion com sua espada e Belzebus seguiu contra Vhagar, os dois dragões ferozes brigando feito duas bestas enfurecidas e assustando tudo e todos.

Aemond soube que perderia no instante em que Aerion brincou com ele, reconhecendo os pontos cegos de sua visão. Ele não sairia vencedor se continuasse jogando limpo. Aerion era um bom combatente, porém era inexperiente. O Targaryen mais velho começou a recuar, deixando o mais novo se aproximar. Foram seguindo até que Aerion o encurralasse contra o paredão da ponte e, quando pensou que estava ganho, Aemond usou uma estratégia antiga que foi usada contra ele anos atrás; ele jogou terra nos olhos de Aerion e inverteu as posições. O Targaryen mais novo perdeu a espada e ficou contra o guarda-corpo, enquanto tentava tirar a terra dos olhos e enxergar com clareza.

— Última vez. — Aemond colocou a ponta de sua espada no peito do primo — Onde está Daemon?

Aerion limpou os olhos e o encarou. Atrás dele, Vhagar voava com a cabeça de Belzebus presa em seus dentes, enquanto o corpo do dragão caía sobre a areia da praia. Uma tristeza acometeu seu coração, mas Aerion riu.

— Onde ele está? — Aemond gritou impaciente

— Acha que eu estou ganhando tempo aqui, Aemond? — eles se encararam — Meus pais não se escondem atrás de ninguém, principalmente de seus filhos.

Aemond começou a raciocinar, deixando o ódio de lado, por alguns segundos. Nenhum dragão mais velho veio brigar com Vhagar, ninguém além de Aerion, Jacaerys e Joffrey vieram enfrentá-lo. Eles não estão na ilha.

— A Fortaleza Vermelha. — Aemond arregalou seu olho

Aerion riu mais.

— Minha mãe disse que você é inteligente. — Aerion murmurou — Sinceramente, te acho um idiota.

— Seu desgraça…

Antes que Aemond enfiasse de vez sua espada e atravessasse a garganta do primo, Aerion fez uma acrobacia e se jogou do guarda-corpo, caindo no mar revolto embaixo deles. Aemond guardou sua espada.

— Menos um filho, Daemon. — ele murmurou ao guardar sua espada e ir até Vhagar

O que o ódio o fez se esquecer, na verdade, era que Aerion era filho da Serpente Negra, neto da Serpente Marinha e carregava o sangue dos navegantes. O mar revolto não lhe assustava e ele nadou até a praia, onde descansou sobre o lombo de seu dragão morto.


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