Após a queda da Valíria, duas casas mantiveram o legado de glória e poder. Os Targaryen viraram reis e rainhas, os Velaryon se transformaram nos guerreiros dos mares. A Serpente Marinha e o Dragão de Três Cabeças seguiram aliados, derrotando seus in...
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Onira apertou o último nó na corda e puxou a grande corda cheia de nós, juntando com as outras. Seus homens a respeitavam porque ela não se colocava acima deles, ela os complementava. Não era o tipo de capitão que apenas dava ordens, era do tipo que preparava as cordas, que ajudava a executar suas ordens e checava seus homens ao final de cada batalha. Era alguém a se admirar.
— Minha lady. — Eusebius se curvou para Rhaenerys
— Se minha mãe ver que vocês estão me tratando assim, ela vai brigar comigo. — a jovem sorriu
Onira deixou uma ordem. Seus filhos deviam ser protegidos, porém seriam tratados como alguém de sua frota e não como seres intocáveis. Os gêmeos estavam dividindo a cabine com a mãe e ajudando no que podiam ajudar a bordo.
— Eu fazia a mesma coisa com ela, quando Lorde Corlys dizia para que eu a tratasse normalmente. — Eusebius riu — Agora é a minha vez de mimar um pouco vocês.
Os dois observaram Onira no convés, ajudando os marinheiros com as cordas. O sol batia em suas cabeças e fazia sua pele brilhar com suor. Ela estava usando suas calças, botas, um pedaço de pano sem mangas amarrado em seu dorso e um lenço verde esmeralda com detalhes em dourado amarrado em seus cabelos. Estava bonita, parecendo as mulheres livres das Cidades Livres, que Rhaenerys e Aerion tanto leram em livros.
— Ela parece tão livre. — Rhaenerys comentou — O mar faz bem a ela.
— É. — Eusebius sorriu — Eu disse que ela ainda precisava descansar, que os pontos em sua perna ainda precisam de cuidados, mas você sabe como sua mãe é.
— Eu acho que nunca vou esquecer essa versão dela. — Rhaenerys sorriu observando a simplicidade da mãe — Eu, realmente, quero ser igual a ela.
— Pode começar aprendendo. — ele sorriu para a menina — Eu posso te ensinar o que eu sei.
— Seria uma honra, sir Eusebius. — a Targaryen sorriu
Encantada com o mundo novo que estava descobrindo, ela acompanhou o marinheiro e deixou o resto para trás.
— Mãe! — Aerion se aproximou da mãe, preocupado com seu esforço — Você poderia se sentar por, ao menos, cinco minutos? — ele recolheu a bengala dela, que estava caída no chão
— Eu pensei ter deixado Daemon em Dragonstone. — ela o encarou após jogar o rolo de corda para um dos marinheiros — Você é o que? Meu segundo senhor?
Ela colocou as mãos na cintura e encarou o filho, o suor escorrendo por seu rosto e corpo.
— Longe de mim, minha senhora. — ele sorriu e ficou ainda mais parecido com o pai, aquecendo o coração da mãe — Só estou zelando pela senhora da minha casa.
— Sua casa é Targaryen, pelo seu pai.
— Meu pai não tem nenhuma terra pra me dar, se pararmos para analisar. — Aerion murmurou — Sendo assim, a Casa Velaryon tem meu foco total. Posso fazer de tudo para protegê-la.
