Após a queda da Valíria, duas casas mantiveram o legado de glória e poder. Os Targaryen viraram reis e rainhas, os Velaryon se transformaram nos guerreiros dos mares. A Serpente Marinha e o Dragão de Três Cabeças seguiram aliados, derrotando seus in...
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Nem mesmo na primeira vez do casal ou em sua noite de núpcias em Dragonstone, após a cerimônia valiriana, Onira se sentiu tão amada e reverenciada como se sentia naquele momento. Daemon estava dedicado a ela e se mostrando devoto, amando-a com cada detalhe do seu ser. Não havia um único espaço de pele no corpo da Lady que não tenha sido beijado pelo Príncipe Rebelde. Com beijos, lambidas e estocadas profundas e cuidadosas, os dois mataram a saudade que tinham um do outro. Enquanto ainda estava dentro dela, Daemon se desmanchou de prazer e fechou os olhos, deixando o sentimento lhe levar. O problema foi que sua mente vagou para o dia em que ela chegou em Dragonstone ensanguentada e quase morrendo. Seus dedos, que estavam por dentro dos cabelos dela, apertaram com raiva e seus olhos deixaram lágrimas silenciosas escaparem.
— Meu amor? — Onira franziu o cenho ao ver o estado do marido — Daemon, abra os olhos. — pediu gentil acariciando seu rosto — Daemon!
Quando ele abriu os olhos, precisou piscar algumas vezes para enxergá-la com clareza. Algumas lágrimas quentes pingaram no rosto dela, que estava embaixo do seu. Onira sentiu seu coração apertar. Nunca tinha visto seu homem chorar dessa forma. Os olhos estavam vermelhos.
— Estou viva. — ela beijou seu rosto, seguindo o rastro de suas lágrimas — Estou aqui com você.
— Eu quero queimar todos eles. — ele rosnou com raiva
— Nós iremos queimá-los juntos. — ela o olhou — Tenha certeza disso.
Daemon a olhou nos olhos e mexeu o quadril, saindo de dentro dela com o corpo mole. Ele observou por alguns segundos seu líquido escorrendo pela fenda e, diferente do habitual, quando colocava seus dedos para impedir que o líquido saísse (numa tentativa falha de ter mais um filho), o príncipe apenas suspirou e arrumou a perna esquerda da esposa sobre a almofada macia, protegendo o curativo em sua coxa.
— Você está estranho. — Onira acariciou seus cabelos
Ele suspirou e afundou o rosto no vale entre os seios da esposa, sentindo sua quentura e seu cheiro. Daemon deitou a cabeça de lado e pôde ouvir as batidas do coração dela. Aquilo lhe deu muito alívio.
— Eu fiz uma coisa. — Daemon sussurrou
— Eu sei que fez. — Onira continuou fazendo carinho em seus cabelos platinados — Só quero que me diga o que.
— Não vai gostar do que eu fiz.
— Diga-me.
— Aemond tentou tirar a mãe dos meus filhos. — sua voz grave causou arrepio na esposa — E nos tirou uma criança.
— O que você fez, Daemon? — Onira franziu o cenho encarando o teto
— Deixei que tirassem uma criança dele. — ele assumiu sem remorso — E tirei a mãe dos filhos dele. A mulher que ele amava.
A mente de Onira demorou a trabalhar, mas quando entendeu sentiu dor.
— Você matou Helaena? — ela perguntou tentando não julgá-lo
