The way i'll love you | Peter Parker

Love

TW: menções a suicídio, depressão.

🕸 The way i'll love you 🕸
《cap.14》

- Eu acho que eu gosto da Sophie.

- Esse é meu garoto. - Ned bate no ombro do amigo.

- Não sei, depois de ontem a noite...

- Cara, ela te rejeitou. Sem chance.

- Por isso eu vou fazer ela gosta de mim.

- Você não pode fazer ela gostar de você, idiota. - Mj aparece atrás de mim.

- O que?

- Ela odeia romances. Os pais separaram quando ela era mais nova, ela nunca se interessou por ninguém, tipo ninguém. - Mj senta na cadeira vazia.

- Como você sabe disso? - Ned a questiona.

- Porque ao contrário de vocês, eu não convido ela para montar legos. Ela me contou.

- Somos péssimos amigos. - olho Ned que esta em minha frente com uma expressão decepcionada.

- Talvez você consiga conquistar, mas vai rápido. - Mj diz.

- Por que? - levanto as sobrancelhas em confusão.

- Porque o Andrew já está de olho nela.

- Do time de vôlei!? - Ned pergunta.

- Ela ama vôlei! - exclamo.

- Só porque ela gosta de vôlei, não quer dizer que ela vai sair com ele. - Mj diz tornando sua atenção a mim.

- Não sei se você está ajudando ou piorando a situação. - digo.

- Tem o baile de inverno em quase um mês. - Ned avisa ao amigo.

- Mas...

- Cala a boca. - Mj me avisa e vejo Sophie entrar na sala.

- Oi gente. Você acredita que o Andrew me convidou para o treino de vôlei. - Sophie nos cumprimenta.

- Pensei que você não conhecia ninguém. - digo e recebo uma batida em meu ombro vindo de Ned.

- Eu não conhecia. Conheci ele na aula de biologia. - Sophie se explica e senta ao meu lado.
- E isso soou rude, Parker. Eu não preciso dizer quem eu conheci ou não.

- Mj, você é uma péssima influência. - Ned a confronta.

- A culpa não é minha que vocês são babacas. Vem Sophie. - Mj levanta levando a amiga consigo.

Sophie's pov:

- Fala logo. - Mj me confronta.

- Minha mãe está agindo mais estranho, achei um papel de exame na mesa da sala. Algo sobre um tumor, mas não deu tempo de ler mais. - conto a garota o que veem me incomodando a alguns dias.

- Calma, Sophie. Pode não ser dela.

- Tinha o nome dela escrito. Eu não sei o que fazer! E se ela estiver morrendo. - meus olhos começam a marejar e Mj me envolve em um abraço.

- Vamos pensar positivo, So. - Mj diz durante o abraço.

◇◇◇◇

Sento a beira do telhado, mas dessa vez é para pensar. Se isto estiver acontecendo com ela, eu não vou ter com quem morar. Meu pai não vive mais aqui a um bom tempo, nunca tenho notícias dele.

Sentindo as lágrimas caindo de meus olhos, olho para a cidade abaixo de meus pés e penso:

E se eu pular?

Sempre tive pensamentos suicidas e eles nunca pararam, me sinto sobrecarregada e não consigo contar isso à alguém.

Meus pais nunca entenderam meus sentimentos. O divórcio deles foi algo que me afetou quando era criança, as brigas, os gritos. Todas essas coisas ainda continuam recuando em minha mente e me persegue até hoje.

Será que o amor deles era verdadeiro?

Não, não era. Nenhum amor é. Ninguém é capaz de amar alguém incondicionalmente. O amor romântico é impossível de existir.
O amor adolescente é pior. Ele é cobiçado, orgulhoso.

Você nunca irá ver duas pessoas conversando sobre hobbies ou gostos, mas sobre relações sexuais.
Eu acho isso bastante nojento, sendo sincera. Não acho que uma relação deveria ser resumida em sexo. Mas ter um outro sentimento envolvido no meio: amor.

Nunca me interessei por ninguém. Nenhuma pessoa me chamou atenção nesses últimos anos. Apenas acho que o amor não é para mim.

Talvez eu me torne uma tia dos gatos ou eu já esteja morta até lá.

Com essa última frase, sinto meu corpo enfraquecer e deixo o equilíbrio do meu corpo ir para frente, caindo daquele terraço.