lucky got me a job

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[...]
Após todo o acontecimento com o aranha, resolvi voltar ao apartamento, mas no caminho encontro Ned, o garoto que puxou assunto comigo na cafeteria.

- E aí, Sophie, tudo bem? - o garoto me cumprimenta.

- Ei Ned, não sabia que morava aqui. - fico surpresa ao vê-lo no prédio, mesmo se ele morasse aqui, juro à mim mesma que nunca o vi nos corredores do prédio.

- Ah, eu não moro aqui, mas o Peter sim. Vim visitá-lo. - o garoto me diz e me sinto estúpida por ter pensado nisso, mas nunca vi Parker nos corredores. Apenas cogito que nunca saio do meu apartamento muitas vezes ao dia.

- Bem, faz mais sentido. Hum, eu já vou indo, tchau Ned, te vejo amanhã... Na escola. - MEU DEUS como eu sou tão burra, nem consigo manter uma conversa com alguém sem ser embaraçoso.

- Tchau Sophie, até! - o garoto fala e vai em direção ao apartamento do amigo.

Adentro ao meu apartamento, me considero uma pessoa que vive sozinha. Minha mãe sai ao trabalho todas as manhãs e volta tarde, sempre discutimos quando ela finalmente tem um tempo a sobra, por isso gosto de ficar sozinha.
Vou ao meu quarto e penso em arrumá-lo, não gosto muita da parte de organização, mas é o mínimo que posso fazer para não ser cobrada mais tarde pela outra presença que ainda existe neste ambiente.

Pov's Ned Leeds

Bato na porta do apartamento de meu amigo, não sei se ele está patrulhando sendo seu outra persona, mas ele me prometeu que iríamos construir a Death Star juntos. Encontrei Sophie, uma garota da minha escola que todos a acham quieta até demais, mas é algo comum para quem não consegue se adaptar, antes de encontrar Peter, eu me sentia uma formiga no meio de todas aquelas pessoas que andavam para lá e para cá pelos corredores cheios da Midtown.

May abre a porta com um sorriso no rosto, logo dá um espaço indicando que posso entrar.

- Peter deve estar em seu quarto, pode ir lá. - May abre o caminho até o quarto de Peter.

Chego na porta e dou batidas na porta ouvindo um "entre" do garoto, logo entro no quarto e vejo-o deitado na cama com uma toalha sobre a testa.

- Tá tudo bem, cara? - o pergunto

- Sim, tá sim, é só uma dorzinha de cabeça, vai passar. - Peter responde contraindo suas sobrancelhas.

- Encontrei a Sophie no corredor, acho que ela não sabe que mora aqui. - rio um pouco da situação.

- Talvez, ela quase nunca sai do apartamento dela. Vi ela hoje no telhado, pensei que estava tentado cometer suicídio...

- E ela tava? - digo em um tom preocupante.

- Bem, ela me disse que só estava relaxando, então eu acho que não, e vem cá, por quê está tão preocupado com ela? - o garoto indaga.

- Não sei, as vezes me vejo nela, toda vez que a vejo ela está sozinha parecendo preocupada com algo ou com os olhos inchados, só não quero que ela esteja sendo uma formiga leeds 2.0. - o respondo com sinceridade.

- Talvez eu saiba o porquê, a mãe dela briga com ela maioria das vezes, dá pra escutar daqui de tão alto. - ele responde tentando trazer um pouco mais de sentido a história.

- Mais um motivo, ela já é sozinha e ainda lida com esses problemas em casa, eu quero ajudá-la nisso.

- Beleza, eu ajudo se quiser, mas então vamos construir essa Death Star hoje ou não?

- Claro, né.

Sophie's pov

Dei uma pequena organizada na escrivaninha, lavei as louças e varri um pouco a casa, depois voltei ao meu quarto e fui olhar os desenhos de hoje, logo lembro de Michelle e percebi que tinha começado um pequeno skechting dela, lembro-me de terminá-lo amanhã.

Escuto a porta da frente se destrancar, logo percebo que meu momento de paz acabou, fiquei tão concentrada sobre tudo que acontecia quando ela chegava que já consigo ouvir o tranco da porta se abrir.

- Sophie, cheguei. - a escuto gritar, vou em direção dela pegar as sacolas de compras.

- Você tem noção do quanto o preço das coisas subiram, assim não dá pra continuar sobrevivendo. Você deveria arrumar um emprego para ajudar sua mãe, não posso ficar bancando esta casa sozinha, fora o aluguel. - a ouço reclamar mais uma vez sobre nossa condição financeira e sobre os preços inacreditáveis dos alimentos.

- Eu sei mãe, acredite eu estou tentando, mas não é fácil achar empregos na minha idade, você sabe ainda sou menor. - tento esclarecer o óbvio (mais uma vez). - Talvez eu consiga um de babá, já fiz a entrevista, e o salário é muito bom.

- Que maravilha, ótimo, agora vamos esperar que você consiga. - ela diz animada e apenas retorno com um sorriso falso, só nessas horas que ela não me trata como uma inútil.

>na manhã seguinte <

Acordo com o som irritante do despertador, logo percebo uma notificação no celular que me deixou um pouco mais alegre, eu consigui o emprego.
Começo hoje às 8:00hrs e termino o turno às 12:00hrs, bem no horário da escola. Saio tropeçando pelas roupas e trocando elas ao mesmo tempo, desço as escadas e vou em direção da cozinha, bebo um pouco de café e saio porta a fora, até tropeçar em alguém:

- Oh, me desculpa, eu estava com pressa não vi você aí. - logo vou me desculpando pelo empurrão não proposital.

- Não tem problema, querida. - vejo May, uma das minhas vizinhas, uma das melhores por sinal.

- May, oi, bom dia. Desculpa, estou pensando que estou atrasada, sabe primeiro dia de trabalho. - a desculpo novamente, espero não ter más impressões com ela.

- Parabéns, não precisa se desculpar, meu sobrinho também ficou assim no primeiro dia dele. Posso te dar uma carona se quiser!?.

- Bem, eu geralmente iria recusar, mas como não quero chegar atrasada, eu aceito. - vou poupar metade do caminho, é uma grande vantagem.

- Ótimo, vamos descendo, meu sobrinho também vai, espero que não incomode, é que ele se atrasa um pouco.

- Ah, problema nenhum. Pode me deixar perto da biblioteca? Eu acho o caminho mais curto. - já estou abusando demais da gentileza de May, talvez eu tenho que me corri...

- Oh não, não. Vou lhe deixar no seu trabalho, apenas me diga onde é, não vou deixar uma moça sair sozinha nessas ruas, Nova York está ficando perigosa. - May interrompe minha linha de pensamentos, talvez eu não esteja pedindo demais ou talvez sim, e ela não quer confessar.

- Bem, pelo menos temos o Homem Aranha, né. - digo na tentativa de iniciar outra conversa, gosto de May, por mas que não nos falamos muito, ela parece ser uma pessoa muito gentil.

- Oi May e.... Sophie!? Ah, oi Sophie. - vejo Peter atrás de nós.

- Ah Peter, por pouco eu iria sair pela aquela porta sem você. - May reclama sobre o atraso do menino.

- Peraí, ele é seu sobrinho? - como não reparei, eu não sei, talvez eu seja um pouco cega.

- Ah, sim. Vocês se conhecem? - bem, não sei a resposta exata, talvez, eu já o vi algumas vezes nos corredores mas nunca conversei com ele.

- Sim. Sophie estuda na Midtown, já nos vimos algumas vezes. - Peter a responde e nem me dá tempo suficiente para elaborar uma resposta com várias palavras sem sentido e que no final, May não conseguiria entender nada e ficaria sem uma resposta concreta.

The way i'll love you | Peter Parker Onde histórias criam vida. Descubra agora