hospital bed

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🕸 The way i'll love you 🕸
cap.27

(primeiramente, qria agradecer pelos 1K de leiturassssssss, mto obrigada. E também por temos ficado em #1 na tag: tomholland.)

Ando pelas ruas frias de Nova York. A época de inverno é sempre desagradável para qualquer cidadão nova iorquino. Estou voltando da primeira sessão de terapia e vou pensando sobre as conversas e pensamentos que joguei fora, mas logo me recordo de um, em especial:

" – Eu gosto do Peter Parker. "

'Peraí, então eu gosto dele, né? Tipo, realmente gosto dele. Mais do que um amigo. Eu gostaria de namorar com ele, certo?

Sempre fui confusa com meus sentimentos, e não vai ser agora que vou parar. Como é gostar de alguém!?

Vou em direção à um dos parques que ficam perto de meu prédio. Sento em um dos bancos e começo a tentar me distrair com meu celular. Eu o ligo, desbloqueio, vou em minha galeria, vejo fotos que tirei de todos eles discretamente, e percebo o quão lindo são — o quão lindo Peter é —. Percebo que não irei conseguir me distrair com o próprio celular, pois ainda continuo pensando nele.

Olho ao meu redor, as leves gotas das chuvas passadas. Algumas árvores secas, e outras, cheias de folhas esverdeadas. Havia algumas crianças brincando com cachorros, outras com os pais...

Minha mãe...

Decido que não posso evitar, eu tenho que ir visitá-la. Não posso ficar sentada nesse banco molhado e ficar refletindo sobre coisas que são impossíveis de acontecer. Eu vou ao hospital. Eu vou visitá-la, não posso mais ficar me escondendo do que sempre esteve diante a mim. Ela pode morrer a qualquer momento, e vou me culpar pelo resto de minha vida.

Peter Parker's pov:

Como você pode ter tanta certeza!? - Ned me questiona pela décima vez apenas hoje.

– Porque é o óbvio. Parece que você não consegue o enxergar. - o respondo sem paciência.

– Você gosta dela e ela gosta de você. Se juntem e façam acontecer.  - ele forma um coração no ar.

– Ned, ela não gosta de mim. - falo pausadamente.  – Sophie nunca demonstrou interesse por ninguém. E como você mesmo disse, nós não sabemos a orientação sexual dela.

– Talvez, seja porquê você não toma uma atitude. - ele cruza os braços e começar a andar de um lado para o outro. – Primeiro: vocês dividem a mesma cama — tecnicamente —, e vocês já tiveram várias conversas jogadas fora neste exato cômodo. - ele move os dedos, indicando os nossos arredores.

– Mas, nós não podemos simplesmente dizer que ela sente o mesmo por mim. Lembra da noite dos legos!!? - digo o relembrando quando ela praticamente jogou em minha cara que ela não sente nada por mim.

– Vocês se conheciam a menos de um mês. Nós já estamos nessa a três meses.
O baile foi adiantado por causa da neve, por quê você não tenta a convencer novamente!?

– Porque não vai adiantar. A Sophie não quer ir ao baile. E eu não vou forçá-la a fazer algo que não quer.

– Muito cavalheiro da sua parte. Mas, por quê você não faz um baile aqui?

– Aqui? Você quer dizer no quarto? - franzo minhas sobrancelhas.

– Ou no telhado. Mas, faça desta noite memorável. - o garoto sorri.

Sophie's pov:

Já havia chegado ao hospital, fui a recepção e peguei minha licença de visita. A enfermeira me guiou pelos corredores, e logo eu já estava de frente ao quarto dela. 208.

Bati na porta e adentrei ao quarto. A encontrei deitada na cama, parecia que estava sedada, mas percebeu a presença e se virou em minha direção.
Ela tenta sorrir, mas está fraca demais para isso.

Me sento na cadeira ao lado de sua cama e me preparo mentalmente para iniciar a conversa.

– May veem tratando você bem. Parece estar lidando melhor com as coisas. - a mulher diz com dificuldade.

– Ela está fazendo o possível. - tento não transparecer meu nervosismo.
– Ela me colocou de volta a terapia.

– Eu nunca deveria ter te tirado de lá. - ela tenta rir um pouco. – Quase três meses foram o suficiente para você tentar tirar a própria vida. - aquilo me pegou de surpresa. Como ela sabia?

– Pela sua cara, você nem desconfiava. May me contou. Ela ouviu uma conversa entre você e o sobrinho dela.

– Eu não... - olho para os lados, tentando disfarçar as lágrimas que temiam descer. – Eu não queria fazer aquilo. - olho para as minhas mãos. – Achei que seria mais fácil.

– Pensei que sua amizade com o garoto já tinha resolvido bastante dos problemas. - ela olha para o teto. Nem ela ousa me encarar em qualquer segundo.

– Ele é legal. Mas, não funciona como o velho antidepressivo. ‐ as lágrimas ainda teimavam descer e eu as segurava.

– Pensei que namoravam. - a cada segundo que ela encara o teto, o nervosismo toma conta do meu corpo.  – Pela maneira que se olhavam e você nunca saia da casa dele.

– Eu gosto da May, sabe. Ela sempre cuidou de mim, como se eu fosse filha dela. - a voz já se tornava embargada.

– Tinha ciúmes dela. Como minha filha podia gostar dela mais do que a própria mãe? - aquilo já tinha se tornado um momento de dizer sobre suas insegurança e medos mais profundos.

– Isso não é verdade. Nós sempre tivemos nossas intrigas, mas eu nunca deixei de te admirar. - repenso algumas vezes. Não quero dizer que a amo. Não porque é mentira, mas, se torna algo difícil para mim.

– May tinha tudo que você precisava. Eu estava tão miserável, que não percebi o quanto isso afetava você. - a mulher continha lágrimas em seus olhos, assim como os meus.

– Não tinha como você saber. Sempre foi assim, e por incrível que pareça, eu nunca cheguei a me acostumar. - deixo as lágrimas rolarem.
– Aquilo sempre me afetou, e parece até hoje me afetar.  Você me machucou, por dentro e por fora. Você não imagina o quanto de cicatrizes eu tenho nesses braços. - as lágrimas já não haviam mais controle. – Eu me fechei, me reclusei de tudo ao meu redor. Me sentia estranha por nunca sentir interesse por ninguém. Até me lembrar de qual perspectiva do amor eu fui criada. A destruição dele.

A mulher ainda encarava o teto, como se tentasse procurar uma resposta para tudo aquilo que tinha saído de minha boca. Tudo aquilo que eu engoli por todo esse tempo.

– Eu volto outro dia, mãe. - me levanto da cadeira e vou em direção da porta. 
– Tchau. - assim, saio daquele quarto.

Sei que não foi a decisão mais madura que tomei em minha vida. Sair no meio de um argumento. Mas, eu não aguentava  aquele local, aquele ar, os sons que aqueles aparelhos emitiam. Era demais para mim.

•••••

Chegamos a 1K, mds muito obrigada. 
Demoro um pouco para publicar os capítulos novos, porque minha criatividade nunca está 100% e espero as pessoas lerem o máximo de capítulos, para não se perderem na história.
Enfim, muito obrigada. Bjs, rory

The way i'll love you | Peter Parker Onde histórias criam vida. Descubra agora