alone

471 57 0
                                    

🕸 The way i'll love you 🕸
cap.17

- Ela mandou você ir buscar roupas lá, a May vai com você e eu também. - Peter me responde.

- Por que vocês tem que ir? - arqueio as sobrancelhas.

- Bem, isso eu não sei. Ela só pediu. - Peter seca as mãos e sai do cômodo.
- May, Angeline quer você lá na casa dela.

- Ah, okay. Sophie, vem querida. - May pega em minha mão me guiando até a porta.

- Peter, o que está acontecendo!? - o pergunto já assustada com a confusão.

- Olha, eu queria te responder, mas eu não sei. - Peter me olha preocupado.

◇◇◇◇

- Mãe, eu estou aqui. May e Peter também. - digo assim que entro no apartamento que já estava ficando velho.

- Oi, Sophie. May! Que bom vê-la novamente. E você deve ser o Peter, o "namoradinho" da Sophie. - o estranho comportamento de minha mãe me causava dúvidas, algo não estava certo.

Ela queria May aqui por uma razão, da qual, eu não sei exatamente. Chamar Peter para vir junto não fazia sentido, ela sempre ficava estressada quando o nome dele vinha ao assunto que durava segundos.

Pedir para ele me deixar preparada não faz sentido. Será que ela descobriu do que aconteceu no telhado? E se ela descobriu... Ela vai me expulsar, xingar,   brigar comigo e colocar a culpa nos vizinhos.
Mas, como ela saberia!? Peter contou para ela!? Não, não tinha tempo, assim que chegamos, ele foi pegar o sorvete e voltou para o quarto.

Será que ele contou para May, e ela contou para minha mãe!? Eu apenas o ouvi dizendo que eu não estava tendo um dia bom. Será que só com essas palavras, May desvendou um código entre tia e sobrinho!?

- Sophie, por quê não leva Peter ao seu quarto, enquanto eu converso com a May? - minha mãe me tira de meus devaneios. Eu não escutei o que aconteceu após ela se "apresentar" para Peter e tê-lo chamado de meu namorado. 

- Vamos, Sophie. - Peter coloca sua mão em meu ombro e me desperta novamente. 

- Então esse é seu quarto!? - Peter diz assim que entra no cômodo bagunçado.

- Não age como não tivesse o visto antes. - respondo com um tom de grosseria na voz. 

- É. Não tinha reparado em muita coisa...

- Peter, você já havia falado sobre os legos da prateleira. Você sabia de cada detalhe daqui. Para de agir assim. - a última frase soou mais alto que eu esperava.

- Desculpa. - é apenas o que ele diz.

Meu humor é algo complicado de se conviver. A razão sobre eu nunca ter amizades próximas a mim é por esse  motivo.

Elas sempre diziam o quanto rude eu era as vezes, e como isso os afastavam de mim pelo comportamento.

Eu nunca liguei.

Na verdade, no começo sim. Eu chorava todas as noites por esse motivo, me sentia sozinha e sem amigos. Eles me excluíram de tudo que faziam, até de trabalhos escolares.

Eu aprendia a lidar com isso, nunca me sentir uma merda por causa do eles pensavam de mim. Todos sempre me olhavam com desprezo, como se eu fosse um extraterrestre que havia invadido o seu habit.

Aprendi a ser forte sozinha, aprendi a controlar minhas crises sozinha. Tudo que sei hoje e tudo que aprendi até hoje foi como ser forte sem a ajuda de ninguém.

Como ser forte sozinha.

- O que você está fazendo? - me desperto dos pensamentos e olho para Peter que estava a abrir a porta.

- Achei que quisesse ficar sozinha. - Peter me olha e se vira para a porta novamente.

Pela primeira vez, eu não queria ficar sozinha. Eu queria Peter ao meu lado. Eu queria abraçá-lo e nunca mais soltar, por ter medo dele ir embora.

Eu queria ele ao meu lado. Eu não queria que ele me deixasse.

- Por que você pensou nisso? - o pergunto.

- Achei que tinha ficado bem óbvio quando você gritou comigo aqui. - Peter larga a maçaneta e direciona seu olhar para mim.

- Não... Olha, desculpa. Eu não sei o que deu em mim para te tratar dessa maneira. Eu só estou confusa. Por favor, fica! - nunca me imaginei em uma situação dessas, implorar para alguém ficar.

- Tá tudo bem. - Peter caminha em minha direção.

Sento na cama e faço um gesto para o garoto sentar ao meu lado.
Ele veem e se senta e logo o abraço, deixando toda a angústia sair em forma de lágrimas.

Peter se surpreende, mas logo retribui o ato. Me abraçando mais forte quando sente minhas lágrimas molhar sua camiseta.

Talvez eu tenha algum motivo por não ter caído daquele telhado.
Talvez o motivo seja alguém.

Talvez esse alguém seja ele.

••••

para saberem que não pretendo ignorar os transtornos e a personalidade  " solitária " da Sophie, porquê ela têm amigos agora.

Sophie ainda vai sofrer, até aprender a lidar com essas emoções.

The way i'll love you | Peter Parker Onde histórias criam vida. Descubra agora