Daily Bugle, babysitters and May's old truck

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Quando já estávamos a caminho do trabalho tanto de Peter quanto meu, May sempre fazia questão de nos introduzir em uma história ou informação da vida de ambos.

- Sabe Sophie, Peter trabalha no Clarim Diário. - May conta mais uma informação sobre o sobrinho.

- Sério, não sabia. Como é lá? - faço a pergunta direcionada à Peter, que está apenas calado olhando a vista pela janela da velha camionete de May.

- Normal, eu acho. Rende uma graninha, mas não é grande coisa. - Peter responde entediado com o emprego que se posiciona.

- O que você faz lá? - o pergunto, querendo ou não, eu odeio o silêncio que as vezes abriga no automóvel.

- Fotógrafo. - por essa eu não esperava, pensei que ele era o "financiador mirim", sei que ele é bom com contas.

- Sophie, sabia que Peter tira fotos do Homem Aranha! - May diz empolgada com as fotografias do teiudo que anda pela cidade.

- May! - Peter a reeprende, acho que ele não gosta muito dessa informação sobre ele fotografar um cara que solta teias por aí e salva pessoas de assalto.

- Tá tudo bem, conheci ele uma vez, ontem na verdade. - conto o fato engraçado sobre o aranha ter me impedido do meu "não suicídio".

- Sério!?E-e como foi? - pela primeira vez Peter se demonstra interessado em algum assunto que foi mencionado no veículo.

- Eu diria normal, mas um pouco engraçado e vergonhoso. - respondo com sinceridade, querendo ou não aquele momento eu sempre vou lembrar como uma velha piada.

- Por que? Por que seria vergonhoso, digo engraçado, deixa pra lá. - Peter tropeça nas palavras, algo que consigo me identificar, nem sei como estou mantendo esta conversa de pé.

- Foi porque eu estava sentada na beira do telhado, o aranha pensou que eu estava cometendo algum tipo de suicídio ou algo assim. - respondo, tirando um riso de May que estava apenas escutando nossa conversa sobre o vigilante mascarado.

- Bem, odeio interromper a conversa dos jovens, mas chegamos no seu destino Peter, te vejo mais tarde, okay? - May nos interrompe, o que pareceu uma eternidade de viagem, durou apenas minutos.

- Okay, te vejo mais tarde, May e te vejo na escola, Sophie. - Peter despede de nós indo em direção ao prédio com uma grande placa com nome Clarim Diário bem destacado e vários pedaços das últimas notícias de NY.

O resto do caminho foi tranquilo, May continuava a contar histórias que me fazia soltar risadas, ela parece ser uma boa tia, na verdade, uma INCRÍVEL tia. Quem me dera se minhas tias ou até mesmo minha mãe fossem assim, acho que eu não teria tantas intrigas se tudo fossem diferente e se elas fossem mais "May" durante nossas relações.

- Então, já contou para sua mãe sobre o emprego? - May me pergunta me olhando através do espelho e parando a velha camionete na frente da casa.

- Ainda não, na verdade eu não sei se deveria contar. - acho que para todos os moradores daquele prédio, a minha relação com minha mãe já era bastante óbvia para os vizinhos e para o resto do edifício.

- Hey, sei que sua relação com ela não é uma das melhores, mas talvez você deva contar para ela, se as coisas não forem muito bem... Você pode ir para meu apartamento, a porta sempre estará aberta se precisar de qualquer coisa. - May, May.... Você não faz ideia de como eu queria que você  fosse minha mãe. Meus olhos chegam a marejar em pensar sobre o local que deveria chamar de "lar" ser um completo inferno.

- Obrigada, May. Você não faz ideia de quanto isso me ajuda, odeio ter que sair agora, mas qualquer coisa eu apareço lá na sua porta, se não for nenhum incômodo, é claro.

- De nada querida, e claro que não é incômodo nenhum, pode sempre ir para lá quando precisar. - May me entrega um sorriso como forma de conforto e logo devolvo.
Despeço de May e vou em direção à casa, talvez trabalhar de babá não seja tão ruim assim.

The way i'll love you | Peter Parker Onde histórias criam vida. Descubra agora