CAPITULO 28 - PODE SE LEMBRAR ?

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NARRAÇÃO DE BRUNO:
Até que o Casamento nos Separe

CAPITULO 28 - PODE SE LEMBRAR ?
NARRAÇÃO DE BRUNO:
Não sei se foi mais dificil ve-la desmaiar ou deixar ela sozinha naquele estacionamento pro filho da puta não fugir. Mas alguém precisava deter esse maníaco e tenho um segredo pra esse imbecil: Ele estrupou a mulher errada.
Se da primeira vez ninguém teve coragem de fazer nada, eu mesmo o faço e paro de uma vez por todas essa desgraçado. Corro imediatamente atras dele que esta tentando sair do estacionamento do hospital as preças, mas com o corte na dobra da perna e no ombro ficou dificil pra ele correr e facil pra mim pega-lo. Assim que me aproximo dele, dou outra facada em sua outra perna o fazendo cair no chão impossibilitado de andar.
- Foi bom forçar mulheres a fazerem sexo com você seu desgraçado ? - Pergunto dando outra facada em seu ombro o fazendo rugir auto de dor. - RESPONDE FILHO DA PUTA, FOI BOM ESTRUPAR A MINHA MULHER ? - Grito claramente alterado e ele continua quieto me vendo com o seu canivete nas mãos apontando pra ele.
- Sabe o que eu deveria fazer com esse canivete neste momento ? - Pergunto me aproximando dele lentamente que tenta se afastar de mim ao mesmo tempo porem sem sucesso nenhum. Ele balança a cabeça freneticamente negando como resposta a minha pergunta. - Deveria arrancar as suas calças e cortar isso que você tem no meio das pernas e enfiar guela a baixo em você pra ter certeza que nunca mais você estruparia alguém. - Falo com um sorriso diabolico no rosto e neste momento Marcela, Pedro e Gustavo me olham desesperados tentando entender o que aconteceu. - MARCELA A BIA TA DESMAIADA CORRE PRO MEU CARRO, AJUDA ELA. - Grito e vejo ela se soltar de Pedro e correr em direção ao estacionamento pegar a Bia junto com dois medicos. 
Depois de ter explicado ao guarda e os medicos o que realmente aconteceu e eles verificarem tudo nas cameras de segurança me liberarem pra entrar novamente na sala de espera da emergencia do hospital. Corro por todos os lados a procura da familia da Bia, assim que vejo Marcela corro ate ela que me abraça apertado como se estivesse com medo de alguma coisa, então começo a me desesperar pela minha pequena e meu filho.
- Como eles estão Mah ? - Perguntei angustiado e ela me lança um olhar estranho fazendo minha espinha toda se arrepiar de medo.
- Fizerem uma cesariana forçada nela. O bebê nasceu bem mas por ser prematuro vai ficar por algumas semanas na encubadora, mas a Bia... - suspirou e derramou uma lagrima. - a Bia esta em coma profundo. Os medicos disseram que a pancada na cabeça foi muito forte e agora só depende da força de vontade dela de acordar, e se ela acordar terá sequelas. - Ela me olha desesperada e eu a abraço buscando um conforto que ninguém além da Bia pode me dar, começo a rezar baixinho pra que ela fique bem logo pra que possa me ajudar a cuidar do nosso filho.
- Eu quero ver o meu filho Mah, preciso... - Falo numa suplica e ela me leva ate uma enfermeira que nos encaminha para a area das encubadoras onde fica meu neném. Assim que a moça aponta o meu eu fico perplexo, é uma menina, uma menina linda que mesmo prematura tem um ar forte e é bem coradinha, eu sinto um alivio enorme por ela estar bem, ela sera meu conforto até a Bia acordar e tudo voltar ao normal.
- Nossa como ela é linda... - Marcela fala com os olhos brilhando na minha menininha.
- Linda igual a mãe dela.. - Suspiro tocando ca caixa de vidro na qual mantém presa a minha menininha. Da uma dó ve-la presa assim, sem poder respirar sozinha, isso me da um pavor e um medo dela não aguentar e morrer. Balanço minha cabeça pra espantar pensamentos negativos e sorrio olhando a minha pequena. - Tudo vai ficar bem meu amor, papai está aqui e ele te ama muito... - Sussurro com a cabeça colada no vidro me despedindo dela. Preciso falar com o medico, saber o estado de Bia e da minha filha, preciso saber se elas vão ficar bem.
Depois de falar com o medico me certifico que daqui 15 dias mais ou menos minha filha já pode sair da encubadora e eu poderei pega-lá. Mas a Bia só se sabe que tera sequelas, se ela acordar. E esse "se" está me matando, eu preciso dela ao meu lado, preciso dela comigo pra me sentir bem o suficiente pra cuidar da minha menina, cuidar das minhas princesas. Pensando nisso peço pra enfermeira me levar até o quarto de Bia, Marcela vai embora porque ainda tem que arrumar o quarto de Enzo mais garante que volta amanhã pela manhã pra saber como ela esta, e me pede pra ligar se Beatriz acordar. Assim que passo pela porta e a enfermeira me diz que já vem com uma poltrona pra eu dormir minha ficha cai, Bia corre risco de vida e eu posso não ve-la nunca mais, e isso aperta meu coração. Vou ao seu lado e pego sua mão. 
- Oh meu amor, tem tanta coisa que eu queria lhe dizer, mas por hora quero que aguente, fique. Por mim, pela nossa menina, fique com a gente... - Beijo sua mão e acaricio o seu cabelo como quando faço quando ela está dormindo na nossa cama, pois é assim que consigo ficar de pé. Penso que ela esta dormindo e que vai acordar independente das sequelas, ela só precisa ficar viva e bem pra fazer a nossa alegria. Logo em seguida a enfermeira entra com a ajuda de um segurança trazendo uma poltrona preta com uma almofada e um lençol pra que eu possa me acomodar por aqui até que tudo fique bem. Depois de muito olhar ela serena naquela cama de hospital, me deitei meio torto naquela poltrona e dormi, tendo varios pesadelos daquele dia horrivel.
[...]
Eu estava acabado, barba grande, cabelos bagunçados e roupas amassadas de tanto dormir e ter pesadelos freneticos com Bia morrendo, Bia sendo estuprada entre outras coisas que ainda me martilizavam bastante. Os medicos estavam pra desistir do caso dela na semana passada, eu pedi pra que eles desse mais uma semana pra que ela pudesse voltar, eles me zoaram e disseram que só por um milagre ela acordaria. Na hora nem me toquei, mas depois de brigar com metade do hospital por isso me toquei que nossa filha foi fruto de um milagre, então ela poderia fazer Bia acordar também. A partir dai sempre falava da nossa filha pra ela, toda vez que o medico vinha a noite examinar saia surpreso por ela ter reagido bem. Marcela esteve aqui ontem, chorou e implorou por desculpas para a Bia, talvez pela forma como a tratou quando descobriu que a Bia na verdade era a sua mãe. Mas nem com isso ela reagia, era só escutar eu falar nossa filha e os batimentos cardiacos dela ficavam rapidos e eu sabia que ela estava me escutando e voltando por nós. 
Hoje completa exatamente um mês que Bia sofreu aquele terrivel acidente, e mesmo demonstrando melhoras ainda não voltou do coma, o medico me ligou agora pouco pedindo pra que eu corresse ao hospital, pois eles quase perderam a Bia. Eu entrei em desespero e estou dirigindo feito um louco por essas ruas. Assim que cheguei no hospital e passo pela moça da recepição ela me fala que o medico esta em sua sala e quer falar muito comigo sobre algo importante, ela me passa o andar pra que eu entre na sala dele. Assim que chego na porta de sua sala dou três batidas, então o escuto gritar entre, Entro e fecho a porta atras de mim e caminho em direção a sua mesa.
- Bom dia Sr. Bruno, não queria atormenta-lo tão cedo mais é realmente importante. - Ele fala serio.
- Sem problemas Dr. Phillip. O que aconteceu com ela ? - Pergunto aflito temendo ouvir o pior, mas ele me surpreende.
- O estado dela já esta se estabilizando. Não sei o que o senhor fez mais ela esta lutando pra voltar, e a quase perda dela hoje resultou em leva-la para um quarto, ela não precisa mais dos aparelhos. - Assim que ele termina de falar eu me levando e vou em direção a enfermeira pedindo o numero do quarto da 
Bia, assim que ela passa corro pelos corredores para encontrar ela e trazer ela a vida. Entro no quarto e fecho a porta ja caminhando perto da cama, pego sua mão a aperto ela pra ela sentir que eu estou aqui.
- Volta meu amor, volte por mim e pela nossa filha, ela precisa de você, eu preciso de você meu amor. Volte por mim, por ela, volte por nós. - Falo e começo a chorar. Eu sei que ela pode me escutar, eu sinto isso, só queria uma resposta dela pra me certificar de que ela realmente esta bem e viva, pois esses ultimos dias tem sido uma droga. Sinto ela apertando a minha mão. 
Assim que ela acorda e vejo que não se lembra de nada do que aconteceu eu corro pra chamar o medico e conto pra ele a situação, ele disse que é temporario e aos poucos ela vai retomando a memoria, mas o pior estava por vir. Depois que o medico disse que faria uma tomografia nela e que logo apos daria alta a ela e a nossa bebê ela entra em estado de choque e parece não se lembrar que estava gravida e desmaia de novo. Eles dão um calmante a ela e a levam pra fazer a tomografia, o medico me olha com uma cara e fala que ela não teria alta hoje, e a esperança de fazer a surpresa foi para o ralo. 
Foram uma semana de muita tortura, todos os dias Bia me perguntava como foi a gravidez dela e como era a menina mas não queria vela porque tinha medo de acabar rejeitando ou machucando ela. Hoje a noite ela recebera alta, e eu vou levar a menina no quarto de tarde pra ela conhecer. É muito dolorido saber que a Bia não se lembra ainda de ter gerado essa menina tão linda, mas o medico disse que ainda esta tudo muito recente e é bem capaz dela começar a recuperar a memoria dormindo e tendo sonhos, eu confesso que depois disso tenho esperanças que ela se lembre logo, mas não vou forçar vou esperar o tempo dela. Agora são exatamente 17:00h e eu estou levando a nossa pequena pra ela conhecer, é uma surpresa e o medico disse que ela estava melhor e que poderia perfeitamente ver a menina, porque ela já se acostumou com a ideia de que gerou e deu a luz a um bebê lindo. 
- Bia esta acordada ? - Pergunto assim que passo pela porta com a menina nos braços.
- Sim sim amor... - Ela falou e se virou pra mim, mas seus olhos foram direto na nossa filha que estava meia euforica no meu colo. - É ela ? - Bia pergunta com lagrimas nos olhos e eu apenas aceno positivamente com a cabeça. - Posso pega-la ? - Perguntou e eu sorri, ela queria tentar e eu estava radiante com isso.
- Claro meu amor, tome... - Falei e ela pegou a menina com o maior amor no mundo e sorriu pra ela.
- Sabe, mesmo não me lembrando de ter ficado com ela na barriga e muito menos de arriscar a minha vida por vocês dois... - Ela da uma pausa e olha pra mim sorrindo e volta seu olhar pra nossa filha. - Depois de pega-la no colo sei bem onde fica meu ponto de paz... Ao lado de vocês, e eu espero me lembrar logo das coisas boas pelo menos... - Ela fala em tom de brincadeira e sorri para mim como nunca havia sorrido antes, um sorriso sincero e o mesmo sorriso ela da para a nossa pequena. 
- Falta só duas coisas agora pra gente realmente ser uma familia... - Eu falo e ela me olha com cara de confusa.
- Que coisas amor ? - Ela pergunta sem entender.
- Uma eu posso falar agora, já a outra é surpresa... Posso falar ? - Pergunto e ela assente ainda com a pequenininha nos braços e não teria hora melhor pra falar disso. - Eu ainda não coloquei um nome nela, será que poderia me ajudar ? - Pergunto e o olho dela brilha e uma lagrima escorre no seu rosto, e algo me diz que ela já tem um nome pra nossa filha.

Ate Que o Casamento Nos Separe !Onde histórias criam vida. Descubra agora