Bom pra inicio de conversa deixa eu me apresentar. Meu nome é Karina Hannã, e eu sou estrangeira, não completamente, minha queria mãe (que Deus a tenha) era brasileira, mas foi trabalhar como domestica no exterior porque essa profissão lá era vista com mais “carinho” e eles pagavam mais pelo serviço, e as mulheres lá elogiavam. Limpar a casa na visão gringos era a mesma coisa de ser um morador de rua. Não existe uma sequer mulher que lave o banheiro lá, todas elas têm empregadas, e a maioria por sua vez é brasileira. Minha mãe sempre fez questão que eu falasse as duas línguas (Inglês e Português) ela vivia me dizendo que nunca se sabe quando vamos voltar ao Brasil, afinal ela ainda tinha família aqui. Eu tinha contato com tias e primos pelo Skype, sempre nos falávamos e isso era divertido, eu falava o português com o sotaque dos Estados Unidos, o que toda a minha família achava uma graça. Minha mãe foi violentada aqui no Brasil e descobriu essa gravidez, então correu pros Estados Unidos pra me sustentar, uma coisa que eu achei linda na minha mãe foi isso sabe, ela não querer abortar ou odiar o bebe só porque ela foi violentada, ela queria me criar longe de tudo, e deu certo. Eu estudei, formei o terceiro colegial e fiz amigos brasileiros também. Mas depois de um ano que me formei minha mãe morreu, e eu acabei indo morar com uma tia minha no Brasil, e isso me fez ter meu primeiro emprego. E foi assim que tudo aconteceu. Eu trabalho como garçonete na lanchonete em que Leonardo sempre comia antes de ir trabalhar, não sei se era de propósito mas sempre que eu chegava na lanchonete ele entrava e sentava na mesma mesa. As meninas no começo disseram que ele era estranho e silencioso e que não era pra mim estranhar. Depois de um mês mais ou menos ele me chamou pra sair, as mulheres suspiraram por mim, mas eu confesso ter ficado com medo de que ele fosse fazer algo comigo, pra um cara que não falava nenhuma palavra direito, te chamar pra sair é pra assustar mesmo, só que mesmo assim eu aceitei. E foi a partir deste encontro que nasceu o meu carinho, paixão e amor por ele. Depois disso começamos a conversar, e conversar e então ele me pediu em namoro. Nosso relacionamento foi difícil mas conseguimos passar por todas as barreiras, e até estamos pensando em nos casar, ele fez um jantar formal aqui com meus tios pra pedir a minha mão em casamento e foi lindo demais, ele é muito carinhoso comigo. Nunca imaginei me casar, depois que minha mãe morreu eu não queria mais saber de nada, somente me afundar em tristezas sem fim, e ele me tirou desse mar de lagrimas e me mostrou que a vida em terra firme ainda é suportável, e que todo o amor que eu guardei dentro do meu coração ainda pode ser reacendido pra ele, e foi por ele que eu voltei a viver, foi por ele que as coisas deram certo e definitivamente, é pra ele que eu sempre direi SIM.
Estava viajando em casa com porta-retrato que tem uma foto nossa ao lado de uma foto minha com a minha mãe quando escuto a minha campainha tocar. De primeira penso em não atender, não esperava ninguém hoje, Leo esta estudando e meus tios foram viajar a negócios, impossível ser algum conhecido. Faço um silencio absoluto, e vou caminhando descalça ate a sala. Paro no sofá e espero, se for importante vai tocar novamente. E tocou, mas logo em seguida meu coração dói, ao escutar a voz do Leo rouca e seca me chamar do outro lado da porta.
- Ka, você esta ai meu amor ? – Ele pergunta e eu corro pra abrir a porta.
- Entra amor, desculpe achei que fosse algum ladrão. Não esperava que viesse. – Falo trancando a porta novamente e me virando pra olhá-lo melhor, e ele estava... Chorando ? O que será que aconteceu ?
- Eu também não amor, mas preciso de você. Aconteceu uma coisa horrível e eu não sei o que fazer amor, me ajuda... – Ela fala chorando e eu entro em desespero, ver ele chorando quebra em mil pedaços meu coração.
- Tenha calma e me fala o que houve com você meu amor... – Eu peço e ele tanta se acalmar que é em vão porque a cada respiração é uma lagrima dele que cai. Vou ate a minha cozinha e pego um copo de água com açúcar e dou pra que ele tome tudo. Enfim ele se acalma, e começa a me contar tudo o que descobriu hoje pela mãe dele. Da pra ver a decepção no rosto dele, mesmo amando e idolatrando a mãe dele essa historia mexeu com os conceitos dele e isso me assusta, então eu tento entrar em ação e intervir no caso antes que ele comece a pegar ódio da mãe dele, e alias, sem necessidade.
- Amor, calma. Olha a sua mãe teve os motivos dela pra esconder. E provavelmente tem a ver com aquela tal de Beatriz. Sua mãe sempre morreu de medo dela, e isso sempre foi nítido nela amor. Essas coisas acontecem e você pode fazer um teste pra comprovar isso tudo. – Eu falo mas ele parece ter parado de perceber quando falo o nome da tal mulher.
- Como assim medo da Beatriz ? Minha mãe nunca demonstrou ter medo dela. – Ele fala.
- Ué amor, toda vez que eu vejo sua mãe e aquela mulher parece que ela intimida a sua mãe. Isso quer dizer que ela sabia. E como a na época a Marcela vivia com ela suponho que tenha acontecido isso mesmo que você esta pensando. – Eu falo obvia e ele prece ver um fecho de luz na escuridão. Eu fico feliz por ter ajudado nisso.
- Amor você me deu uma luz. Se a Beatriz usou isso contra a minha mãe é porque eu tenho chances de ser realmente filho do Henrique amor. Eu te amo amor. – Fala já me beijando. Caminhamos ate o quarto se beijando e se despindo e fizemos amor a noite toda. Ele ainda passou o dia comigo conversando e falou da gente noivar realmente e já ir morar junto. Eu concordei claro, e meus tios faltaram só soltar fogos por isso.
Fomos morar juntos e ele estava amenizando com a mãe dele, depois de conversar com o pai e saber que ele já sabia de tudo porque Pedro tinha contado e que estava tudo bem, e que a mãe dele não teve culpa por ter tomado justamente aquele copo que talvez nem fosse pra ela. E não era ! Pedro disse depois que conversou com o garoto e a mira dele era a filha de uma modelo muito requisitada, e por puro capricho e ganância ele fez isso. Mas como quem bebeu o copo foi a Maisa ele acabou abusando dela mesmo, e quer saber a maior bomba de todas que a minha sogra não contou a ninguém: ELA ERA VIRGEM ! Isso mesmo, virgem. E me parece que o cara percebeu isso mas mesmo assim continuou mesmo SEM TER PRESERVATIVO. Hoje em dia, adivinhem ? ELE ESTA PRESO ! isso mesmo, preso. Ele se tornou um ladrãzinho fútil e foi pego.
Mas enfim, voltando ao que realmente interessa, Leo fez o tal exame de paternidade e deu positivo, ele ficou muito feliz e amoleceu de vez com a mãe dele, e ate me pediu pra chamar a mãe dele pra me ajudar com as coisas do casamento junto com a minha tia, afinal nos três sozinhas damos conta da minha parte. Titio, Leo e meu sogro cuidam da deles que na realidade é mais fácil, as meninas também quiseram me ajudar com as coisas do casamento, então vai ser mulherada espalhada pela loja de noiva inteira por esses próximos meses.3 MESES DEPOIS...
Estávamos felizes no nosso apartamento, quando Leo passa por mim quase igual a um furacão. Eu me assusto e dou um pulinho da cadeira da varanda e ele me olha e sorri.
- Oh amor, desculpe não queria lhe assustar. – Ele fala sorrindo.
- Não tem problema, mas o que houve pra ta com tanta pressa ? – Pergunto totalmente curiosa.
- Vou na casa dos meus pais, já passou da hora de mamãe saber que ela não precisa viver na sombra do passado dela. Nosso casamento é daqui três meses e eu não posso adiar mais amor. – Ele fala sorrindo e eu lhe dou um beijo. Estou orgulhosa dele, muito.
- Concordo amor, eu vou contigo. Só um instante que eu vou pegar a minha bolsa. – Falo sorrindo e lhe dando um selinho.
- Ok amor, corre lá. – Ele fala sorrindo e da um tapinha na minha bunda. Eu vou gargalhando pro quarto pegar a bolsa. Saímos de casa logo que eu retorno pra sala.
Chegamos na casa da minha sogra e somos atendidos por um sorridente Henrique. Ele nos pede pra entrar e ficar a vontade. Sorrimos e o cumprimentamos também.
- Ao que devo a honra desta visita inusitada de vocês meus queridos. – Fala Henrique todo animado.
- Queria falar com a mamãe pai, ela esta ? – Leo toma a fala por nos e sorri.
- Esta sim filho, lendo lá na varanda. Vá lá, ela vai gostar de ver você aqui. – Ele fala para o Leo e nos ficamos sozinhos na sala da casa.
- Quer alguma coisa queria ? Um suco ou uma água ? – Ele me pergunta sorrindo. Sempre gentil.
- Aceito uma água, estou com um pouco de sede. – Falo sorrindo.
- Um minuto que eu já trago. O almoço também vai ser servido daqui a pouco. – Ele fala e vai ate a cozinha e me traz a água bem gelada. Bebo em silencio e depois escuto risadas vindas da varanda. Era Leo e minha sogra, e pelo jeito a conversa estava boa. Assim que eles saem da varanda o almoço esta sendo servido, almoçamos todos juntos. Já aproveito pra falar pra minha sogra que na semana seguinte vou ir atrás das coisas do casamento e ela fica feliz. É esses próximos meses não serão fáceis pra ninguém.-----------------------------------------------------
Acabooou os bonus ! Kkkkkk'
Bom no proximo capitulo já viram algumas revelações, declarações e muito mais. E a historia vai prosseguir desses 3 meses depois, que é o tempo que a Mah demorou pra voltar para São Paulo :)
Espero que estejam gostando dessa obra, beijoos
E me desculpem pelo atraso meninas, adoro muito todas vocês ! ☆♡ツ
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Ate Que o Casamento Nos Separe !
RomanceMarcela Guimarães é uma mulher de características fortes casada com Pedro Lanzelotty, um advogado renomado na grande São Paulo, eles tem uma filha chamada Lívia uma jovem de 20 anos cheia de sonhos e segredos guardados em sua mente. Quando Lih resol...