CAPITULO 15 - A VOLTA POR CIMA

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NARRAÇÃO DE MAH:
Meu Deus, eu me quebrei completamente com esse vídeo. O que eram aquelas fotos, e porque Beatriz e Pedro estavam juntos naquela intimidade toda ? Será que ele mentiu pra mim esse tempo todo pra ficar com a minha irm... a Beatriz ? Ai, nem sei mais o que pensar, só preciso de um tempo e sei bem quem pode me ajudar.
Fui direto pra casa de Maisa, mãe do Leo. Ela era a única que poderia me ajudar neste momento. Bato na porta duas vezes, então um Leo triste abre a porta. Assim que me vê da espaço pra que eu entre e logo fecha a porta atrás dele.
- O que houve tia ? Não era pra você estar na sua festa agora ? – Ele me pergunta com uma fisionomia espantada e eu apenas choro, ele me abraça e passa as mãos pelos meus cabelos na intuição de mostrar proteção e carinho. – Calma tia, o que aconteceu tia ? – Ele pergunta agora totalmente preocupado, a única vez que Leo me viu chorar foi por causa de Pedro, e acho que ele deve ter imaginado isso agora.
- Beatriz... Vídeo... Me ajude... – Digo desmoronando em seus braços. Não consegui completar as frases, as lagrimas tomaram conta de mim por completo me fazendo esquecer ate mesmo de respirar. Ai meu Deus, como isso dói.
- Espera aqui so um segundo... – E ele sai gritando a Maisa. Maisa foi um apelido carinhoso que demos a ela, na verdade o nome dela é Maria Isabela, e o apelido juntou os dois nomes dela. Assim que olho para o corredor e vejo uma Maisa muito preocupada vindo ate mim.
- Oh minha amiga, o que houve ? Leo me disse que estava em prantos aqui na sala. – Ela fala me abraçando e eu já não me agüento de tanta dor e choro tudo o que tenho pra chorar no ombro dessa minha amiga. E ela compreensiva me deixa chorar à vontade ate que eu me acalme e possa contar o que aconteceu neste dia (que era pra ser o melhor) tão cansativo.
- Preciso usar o banheiro. Estou uma droga ! Já te conto tudo. – Digo depois de secar as lagrimas. Vou ate o banheiro e limpo meu rosto e respiro fundo. Saio e vou ate a sala onde tem um Leo e uma Maisa muito atentos esperando eu contar. – Vou começar a falar e por favor, se souberem de algo a mais que envolva a Beatriz ou o Pedro me contem... – Digo olhando pra eles. Leo tem sua fisionomia seria e Marisa tem um rosto compreensivo. E assim vou contando tudo, do inicio ao fim, e quando acabo de relatar tudo Leo esta furioso como nunca vi antes.
- Maaaaaldita, como ela pode ? Nem quero saber o que a Lih e o tio Pedro fizeram com ela. – Ele me olha e vejo ódio e rancor em seu olhar, algo me diz que Beatriz fez algo errado.
- Como assim o que Pedro fez ? Ir embora com ela seria uma ótima escolha. – Falo e vejo que Leo e Marisa me olham agora sem expressão nenhuma.
- Olha minha amiga, existem muitas coisas que você precisa saber sobre essa mulher, mas tem o mais importante que você na realidade não poderia se esquecer é que Pedro te ama. Ele não seria capaz de fazer isto com você, pois o amor dele por você é verdadeiro. – Maisa diz me olhando como se eu pudesse ver a sua alma.
- Não sei de nada gente, esta muito recente essas coisas pra mim e eu tenho um orfanato pra cuidar, tenho crianças pra colocar la e aulas em uma escola pra dar... Isso vai acabar me matando deste jeito. – Falo me jogando no sofá sem saber o que fazer.
- Olha tia, porque você não descansa um pouco e amanha com calma você conversa com a Lih e vê o que vai fazer... Ate mesmo pra você não se arrepender depois. – Leo diz se sentando ao meu lado. Olho pra ele com carinho e o abraço, não sei o que seria da Maisa sem o Leo, ele é único e prestativo. Karina esta com o partido dos sonhos nas mãos, espero que ela cuide dele.
- Concordo com o Leo, vai ser melhor assim. – Conclui Maisa me olhando. Esses dois são os meus tesouros depois da minha filha.
- Tudo bem então, mas preciso de uma roupa apenas pra dormir... Sabe, esse vestido esta desconfortável.. – Olha pra Maisa com um sorriso amarelo, ela se levanta e vai para o corredor dos quartos, Leo me da boa noite e vai se deitar e eu aproveito pra falar com a Lih e dizer onde estou e que estou bem.
Falo com a Lih e ela me conta que o Bife ficou pra ajudar a arrumar a casa e não cobraram nada, e que Beatriz já foi embora. Não perguntei de Pedro e nem queria saber dele por enquanto, ainda esta muito cedo pra ter uma conversa com ele. Maisa volta com a roupa e eu me troco e vou para o quarto de hospede tentar dormir um pouco, mas foi muito difícil. A cada momento que eu tentava fechar meus olhos eu lembrava daquele maldito vídeo e de todas as palavras que estavam escritas lá, todas as fotos e ai me surge a duvida, a foto dela e de Pedro foi no escritório dele e Pedro se desfez do seu escritório depois que Lívia completou seus 15 anos, então essa foto foi tirada a muitos anos atrás e não agora. O escritório de Pedro é agora uma sala confortável de visitas e cheia de livros. Eu não consigo acreditar que o meu Pedro, aquele homem que eu venerava e amava fez aquilo, não ele não... Com esse pensamento e em meio as lagrimas adormeci um pouco.
Acordei e o sol nem tinha iluminado o dia, fui ate o banheiro e me olhei no espelho e suspirei, “estou acabada” pensei comigo mesma. Troquei de roupa e peguei meu salto na mão, fui ate a cozinha e não tinha ninguém acordado alem da empregada, a comprimento e aviso que estou saindo. Ela me acompanha ate o portão e eu peço pra que ela avise a Maisa e o Leo que eu já fui e que mais tarde ligo pra avisar qualquer coisa. Resolvo ir caminhando pra minha casa, preciso pensar nas coisas, afinal ainda tenho que conversar com a Lih, o Guh e o Pedro, mas não agora. Não com tanta coisa na minha cabeça. Chego no portão da casa da Lih tão rápido que nem deu tempo de secar as poucas lagrimas que caiam do meu olho, respirei fundo o entrei olhando tudo ao redor, não tinha mais nada fora do lugar, a sala voltou a ser somente sala, as escadas estão em perfeita ordem e tudo esta no seu devido lugar. Nem parece que deram uma festa aqui ontem. Vou subindo as escadas agradecendo a Deus por todos ainda estarem dormindo, vou ate meu quarto na ponta do pé pra não esbarrar em nada e fecho a porta do meu quarto com uma pequena batida que só quem esta no meu quarto poderia ouvir. E então tenho uma visão que a anos não via. Pedro esta saindo do meu banheiro com a roupa de ontem desgrenhada, a barba por fazer um pouco maior que o normal e seus olhos vermelhos e meio inchados, denunciando que ele chorou. O olho de cima a baixo sem entender o que ele estava fazendo dentro do meu quarto, mas já imaginando o que ele queria.
- Pedro. O que esta fazendo aqui ? – Falo e minha voz acaba saindo friamente como se eu estive com muita raiva dele. Ele da um passo a frente e me olha nos olhos.
- Eu passei a noite aqui esperando você. Será que podemos conversar ? Tenho que explicar algumas coisas a você. – Ele fala com receio e minha primeira reação é ficar em silencio. Ainda não é hora pra conversar.
- Olha Pedro, ainda não to preparada pra conversar sobre esse assunto. Prefiro sinceramente deixar ele como esta. Chega de mexer nesta historia, só vou sair mais machucada dela. – Falo olhando pra ele exausta, mas ele não parece feliz com isso.
- Eu sei mas eu preciso que você saiba... – Eu interrompo a frase dele na mesma hora.
- Que você não fez isso ? Sabe quantas vezes eu ouvi isso de você Pedro ? Inúmeras vezes. E nos morávamos juntos, agora estamos separados e saiba que esta difícil dar mais um voto de confiança pra você. – Falo já derrubando lagrimas. Posso ate mesmo estar sendo dura com ele, e a Beatriz pode mesmo ter editado aquelas fotos, mas fui sincera, no Pedro e na Beatriz não sei mais se posso confiar, não sei mais de nada na verdade.
- Não diga isso. Já errei muito com você, eu confesso isso. Mas você sabe que eu amo você Marcela, não sabe ? Eu amo muito você meu amor... – Ele fala chorando também, e devo dar uma ênfase nisso porque é a primeira vez que o vejo chorando assim, tão vulnerável e com medo.
- Olha Pedro, sinceramente. Eu não sei mais de nada... – Falo e me sento na cama.
- Por favor, me diga como fica a gente nessa situação ? – Ele pergunta preocupado, então tomo coragem pra olhar pra ele. Respiro bem fundo antes de tomar a decisão.
- Eu preciso de um tempo pra mim Pedro, não posso continuar com você assim. Tenho meu orfanato e a escola que vai voltar as aulas. Por enquanto melhor cada um viver no seu canto e talvez o tempo nos ajude a superar e poder sei lá, talvez tentar de novo. – Falo e abro a porta pra ele, antes mesmo dele formular uma resposta. – Agora por favor, me deixe sozinha um pouco. – Olho pra ele com a porta aberta.
- Eu não vou desistir de você Marcela. Não vou desistir do nosso amor. – Ele sussurra ao passar do meu lado na porta.
- Tchau Pedro, até um dia. – Falo olhando pra baixo.
Ele sai e eu a fecho. Essa foi a decisão mais difícil que eu tomei ate agora. Mas decisões difíceis sempre têm com coisas boas, então hora de descansar pra ir ao orfanato. Antes pedi pra Lih ir lá e mostrar as crianças os aposentos delas, e o resto do orfanato. Eu só iria na parte da tarde. Resolvi descansar primeiro.
Acordei depois de umas 3 horas dormidas e fui tomar um banho, deixei todo o peso daquele dia horrível ir ralo a baixo no banheiro. Sai, sequei meu cabelo no secador e troquei de roupa. Passei um corretivo debaixo do olho pra não parecer uma defunta pra ir falar com as crianças e pra elas não ficarem assustadas comigo no primeiro dia de convivência. Pensar nessas crianças, que elas precisam de mim, do meu apoio e do meu carinho me fez ficar renovada de uma forma mágica, como se elas só por estarem a minha espera era um ponto de esperança pra mim. Ainda mais agora que eu me identifico com elas e sei que passamos pela mesma coisa, eu tive uma pessoa que cuidou de mim por anos, e elas terão a mim, que vou cuidar delas ate elas decidirem que podem se virar e morar sozinhas. E com esses pensamentos nem percebo que o taxista para em frente ao orfanato. O pago e desço do carro, respiro fundo e penso “ nova fase, nova vida.” E é assim que pensarei daqui pra frente.
Entro no orfanato e pelo horário eles devem estar no refeitório terminando de almoçar junto com a Lih, e estão mesmo. Fico olhando a Lih de longe cuidando de toda aquela criançada que nem se da conta que eu cheguei, ate olhar pra porta e me saldar com um sorriso de orelha a orelha, confortante.
- Crianças, quero atenção de vocês só um minutinho. Quero apresentar pra vocês a professora e diretora do orfanato Luz do Dia, Senhorita Marcela... – Ela diz sorrindo e todas as crianças daquele local sorriem pra mim e batem palmas gritando um uníssono...
- BEM VINDA TIA MARCELA... – Isso me emociona e eu sorrio encantada.
- Obrigada crianças, mas podem me chamar de tia Mah tudo bem ? – Pergunto sorrindo.
- SIIIIIIM TIA MAH ... – Elas gritando de novo e eu sorrio, chamando a Lih com a mão pra conversar com ela. Ela pede pras crianças se comportarem e vem me seguindo.
Entramos na minha sala, e sentamos no sofá que tinha na sala.
- Filha queria lhe pedir um favor... – Olho pra ela que sorri ainda.
- Claro mãe, qualquer coisa... – Ela me fala sorrindo, o que me faz sorrir também.
- Eu queria que você me ajudasse aqui... Eu vou lhe pagar mas é que tenho minhas aulas na parte da manha e não posso ficar aqui. E como sei que o consultório só abre a tarde, você poderia ficar com eles pra mim ate mais ou menos o horário do almoço ? – Pergunto esperançosa, e ela aumenta o sorriso.
- Claro minha mãe, fico com eles sim. E olha eles são uns amores. Educados e comportados, mas tem uma energia que minha nossa, nem lembrava que existia. – Ela me diz sorrindo e eu a abraço. Logo depois ela se despede de mim e vai para o consultório de psicologia e eu fico com as crianças que agora estão em uma aula de matemática. Eu preferi que as aulas fossem dentro do orfanato, ao ar livre pra eles terem uma noção boa do tempo e que as aulas são importantes pra eles também.
No meio do meu serviço recebo um e-mail de um endereço desconhecido, mas o nome não me era estranho.
“ Olá Marcela, aqui é a Lurdinha amiga e ex vizinhas de você e da Beatriz. Fiquei sabendo que ela voltou ai pra São Paulo e eu tenho uns assuntos a tratar com ela, se puder, por favor, avisá-la e pedir pra que entre em contato comigo estarei grata. Beijos, Lurdes Guedes.”
Agora sim, me lembrei. Ela era a amiga pobre mais próxima que a Beatriz tinha, claro que a Lurdinha tinha pais separados e seu pai era podre de rico, mas mesmo assim a Lurdes sempre quis morar com a mãe e não no luxo do pai, que por sua vez sempre lhe dava presente e coisas de valor, mas que não compram o amor de um ser humano de alma e coração bom. Tive uma ótima idéia, vou responder seu e-mail.
“ Olá Lurdinha, aqui é a Marcela Guimarães. Eu gostaria de saber se você esta aqui em São Paulo, e se estiver se tem um tempo e um dia pra conversar comigo. O assunto tem muito importância pra mim e acredito que você pode me ajudar. E assim também já entra em contato com a Beatriz. Um abraço, Marcela.”
Envio o e-mail e termino de arrumar a lista de crianças que tenho no orfanato, não posso perder as contas nunca, pois se uma criança sumir ou voltar para as ruas, à responsabilidade será somente minha. Quando da o horário de dormir, os professores de matemática e português os levam ao dormitório e dormem lá pro orfanato ter um adulto por perto quando abrir, enquanto eu vou pra minha casa terminar toda a seqüência de aulas, passeios e possíveis adoções, tem que estar tudo computadorizado se não me perco totalmente.
Assim que chego em casa vejo Lívia sentada no sofá com um semblante serio, o que me preocupa bastante pois ela nunca esta seria. Ela me encara e me chama pra sentar com ela no sofá, e já vi que a conversa será longa.
- Mãe nada de trabalho, tem uma conversa pendente entre nos duas... – Ela diz seria me olhando e eu ate sei que conversa é essa.
- Ai filha tem tanta coisa pra fazer do orfana... – Sou interrompida por uma voz doce mas ao mesmo tempo impaciente.
- Não. Eu disse NADA de trabalho dona Marcela. Ande vamos conversar, se fechar pra tudo e se afundar no seu projeto não vai amenizar nada... – Ela fala dessa vez me olhando com um brilho de esperança nos olhos e como negar isso a ela ? É ainda não sei.
- Ok minha filha. O quer saber ? – Pergunto novamente sabendo que essa conversa vai durar mais de horas.
- Primeiro, como esta se sentindo com a noticia de que você é adotada e o que vai fazer com a informação ? – Ela me olha seria, bom vamos nessa então. Respiro fundo.
- Bom, a primeira vista não sei. Eu não faço a menor idéia de onde começar a procurar a minha identidade sabe, não sei o verdadeiro nome da minha mãe e não quero ver Beatriz novamente, isso não seria nada bom para a vida que ela tanto preza. – Falo jogando minha cabeça pra trás, praticamente de mãos atadas.
- Ué mãe porque a senhora não abre agora este notebook e procura por todos os orfanatos do Rio de Janeiro. Pode ser que tenha algum registro lá. – Ela me olha como se achasse a solução para todos os problemas, na realidade só diminuía a minha sobrecarga, o que pra mim já era ótimo. Fiz o que ela falou mais não tinha nada, nenhuma criança recém nascida deu entrada em algum orfanato no ano em que eu nasci. – Mãe, já sei. – Lívia fala do nada, me fazendo levar um pequeno susto.
- Fale então filha.. – A olho empolga com esperança já.
- Porque você não vai no Rio de Janeiro fazer uma visita lá na onde a senhora morava, e pergunta para as vizinhas de lá se elas sabem de algo. Elas poderiam falar né, explica a sua situação. Sei lá, foi uma hipótese. – Ela fala calmamente o que me da realmente esperanças. De que eu saiba de algo.
- Minha filha, você é um gênio, deveria ter pensado nisso antes, com certeza elas sabem. Moravam lá bem antes de a dona Alissa ir morar lá. – Vejo nos olhos da Lih uma interrogação, então concluo minha frase. – Alissa era o nome da minha mãe, ou melhor, a mulher que cuidou e me educou. – Falo sorrindo pra ela e me lembrando do rosto de Alissa, oh pai. Como queria que ela estivesse viva.
- Mas mãe, como fica a outra parte da historia ? – Ela pergunta novamente me olhando seria.
- Que parte minha filha ? – Pergunto com um grande ponto de interrogação na testa.
- Oras mamãe, o papai. Você sabe que ele ama a senhora e que nunca faria isso... – Ela fala e eu fico em silencio. Não quero falar desse assunto com ela, e muito menos que eu e Pedro não estamos mais juntos. – Ué mãe, não me diga que... – Ela deixa a frase no ar.
- Sim filha, seu pai e eu conversamos e eu não quero mais. Pelo menos não agora, ta tudo muito recente sabe, eu preciso de um tempo sem ele pra processar as coisas que eu vi ali. – Falo com os olhos marejados e a voz embargada pela vontade enorme de chorar.
- Eu poderia me intrometer e lhe convencer, mas se papai aceitou sua condição é porque ele sabe o que esta fazendo. – Ela me olha triste, mas compreende meu lado também, e isso me deixa de certa forma mais tranqüila.

UMA SEMANA DEPOIS...
Depois de resolver as coisas do orfanato e auxiliar a Lih sobre horários, lista de nomes e tudo o que precisava estou aqui no aeroporto indo pro Rio de Janeiro, em busca das minhas memórias e do meu verdadeiro passado.
- Assim que chegar lá mande mensagem mãe, avisando que esta tudo bem. – Fala a Lih apoiada no ombro do Guh no aeroporto.
- Pode deixar minha filha agora deixa a mamãe ir se não ela perde o vôo. – Falo sorrindo e correndo pra porta de embarque do avião.
- Tchau D. Marcela. Boa viagem. – Grita o Gustavo e eu só tenho tempo de acenar.
Assim que me acomodo no avião suspiro. Agora falta pouco pra saber a verdade sobre meu passado.

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Meninas lindas,  o vídeo da mídia é a música de Josh Groban - Higher Window se vocês tiverem um tempo procurem a tradução dela,  é como se fosse o Pedro cantando pra Marcela!
Beijos,  da autora.  :*

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