Ate Que o Casamento Nos Separe !

CAPITULO 16 - SOFRENDO

 

NARRAÇÃO DE PEH:

Já havia se passado uma semana do aniversario da Mah, e eu ainda não tinha ido falar com ela. Eu ate tentava falar com ela, ligava no celular mas ela não atendia, ligava na casa da nossa filha e ela nunca estava. Isso começou a me irritar, e pensei comigo mesmo “se eu já estava ficando irritado, imagine ela que esta querendo esse tempo pra ela pensar” então resolvi deixar que ela absorva as informações dela e me ligue pra que possamos conversar. Estava em um dia cansativo revisando papeis e alguns casos que eu teria que representar naquela semana quando escuto alguém bater na porta, não imagino quem seja pra minha secretaria não ter ligado, mas como não consigo me concentrar mando entrar. Assim que a porta se abre vejo um Leonardo muito estranho entrar na minha sala. Seu semblante era preocupado e cauteloso e isso me deixou com medo de que fosse algo com Marcela ou minha filha.

- Aconteceu alguma coisa Leo ? – Pergunto já aguniado.

- Sim, mas prefiro que fique sentado... – Ele me olha e eu assento para que ele continue. – Não sei se esta sabendo mais a tia Marcela esta indo atrás do passado dela, esta querendo descobrir o que aconteceu e quem era a sua família. – Ele me olha diretamente nos olhos.

- Sim sei. Mas o que tem isso ? Ela já descobriu algo ? – Pergunto me sentindo feliz por ela.

- Ainda não. Mas a Lih achou uma forma dela descobrir algo concreto sobre a vida dela. Mas isso vai custar um tempo da tia Marcela. – Ela fala me olhando novamente nos olhos e eu fico sem entender.

- Como assim tempo Leonardo ? Não me enrole, fale de uma vez homem. – Falo sentindo meu corpo tencionar.

- Ela esta indo hoje viajar para o Rio de Janeiro, vai ficar onde ela morava, pra conversar com as amigas da mãe dela, pra saber se alguém sabe como ela chegou na família, se eles se lembram de quem a deixou abandonada naquela Vila. E só volta daqui um mês. – Ele fala me olhando e eu levanto possesso. Como assim ela vai viajar e não me fala ? Ela não se preocupa mesmo comigo ? Não acredita mesmo em mim ? Nossa, estou triste e acabado com essa noticia.

- Tomara que ela consiga algo. – Falo quase inaudível mas Leo ainda sim entende.

- Sim, tomara. – Ele fala e toca meu ombro, quando volto meu olhar em sua direção ele tem nas mãos um papel em forma de carta ou sei lá o que. Percebendo meu olhar ele volta a falar. – A tia Mah teve em casa ontem, e me deixou esta carta, ela disse que assim que ela fosse pegar o avião que eu lhe entregasse isso. É para o senhor ler somente a noite na sua casa. E guardar a resposta pra quando ela voltar. – Ele me entrega o papel e eu assento pra ele. Leo me da um sorriso confortante e sai da sala.

Fiquei a tarde toda pensando em o que poderia estar escrito naquela carta, e dando o horário de ir embora, eu sou o primeiro a sair. Me despeço de todos e caminho ate meu carro, assim que me acomodo lá dentro meu celular apita numa mensagem, meu coração se enche de esperanças pensando em ser ela, mas fecho a cara assim que abro a mensagem de um numero desconhecido.

“ Oi, não dava pra ir ai na empresa hoje porque existem muitas pessoas daí com raiva de mim por causa da festa daquela bastarda, mas gostaria de conversar com você ainda hoje na cafeteria perto da sua empresa. Sei que esta saindo agora, to te esperando lá, e por favor não jogue pedras antes. Beijos, Beatriz.”

Me praguejo do inicio ao fim do caminho por estar indo, mas ela precisa de um fim, uma parada e só eu vou conseguir trazer a paz para todos nos. Paro o carro e olho pra cafeteria e me deixo praguejar mais uma vez, antes de entrar e encarar Beatriz novamente. Mas penso em Mah e no quanto ela ficaria feliz se eu desse um ponto final nesta historia maluca, então tomo coragem e abro a porta e corro meus olhos a procura dela. A vejo numa mesa bem ao fundo, quase escondida eu diria, caminho ate ela, conforme me aproximo mais, ela abre um sorriso capaz de iluminar toda essa cara de sonsa que ela tem, agindo como se não tivesse feito exatamente nada de errado. E essa é uma das atitudes dela que me irritam tanto, que ela não faz noção.