NARRAÇÃO DE LIH:
Depois do acontecimento com a minha mãe e a Bia e o casamento do Léo resolvemos que ficariamos mais dentro de casa por um tempo, eles estavam preocupados com a minha gravidez e mamãe precisava dar mais atenção ao orfanato. Depois que minha gravidez ficou mais avançada, eu não pude mais ir ao orfanato, todos falam que eu não posso fazer nenhum tipo de esforço, e mesmo que tenham marcado cesariana, o medico me disse que eu posso ter um parto normal pre-maturo, pois só o bebe define a hora que ele esta pronto para nascer. A barriguinha da Bia estava linda, ela vem nos visitar toda a semana, pois essa coisa de trabalhar gravida não é legal, mas ela não pode se dar ao luxo de sair do emprego logo agora que pode ser promovida, e estavamos torcendo pra essa promoção sair essa semana e ainda a fizemos prometer que ela viria nos contar assim que saisse a decisão do seu amado chefe. Meu pai agora esta com a minha mãe, mas eles ainda não vão se assumir porque minha mãe quer começar do zero, uma nova chance de fazer o certo desde o começo, e eu acho isso bom pra eles apagarem de uma vez o passado e se apegarem mais ao presente e ao futuro que eles ainda vai vir.
Hoje era sabado, e geralmente final de semana Bia e Bruno veem em casa para passar o dia conversando conosco, porém hoje estavam todos no andar de cima, e eu sozinha sentada na sala. Parece até que foi combinado porque assim que a campainha toca e eu me levanto para abrir a porta, sinto um liquido escorrer pelas minhas pernas, e se eu estiver correta do que vi nos videos e nas aulas que tivemos, minha bolsa estourou. Eu começo a ficar afobada demais com isso e acabo chegando a porta em um estado de nervos que achei que não seria capaz de piorar, até ver o rosto de Beatriz tomar um tom mais preocupado assim que vê a possa que se formou no meu pé. Sem tempo para trocar de roupa Bia faz o que qualquer pessoa no lugar dela faria, mete os pés pelas mãos.
- Bruno leva ela pro carro com cuidado, eu vou subir e chamar o pessoal. E você não faça nada brusco para a neném aguentar ate o hospital. - Bia fala tudo tão rapido que se eu estivesse realmente em condições riria da situação toda, mas assim que sinto essa vontade imensa de rir, sinto uma contração.
- AAAAH, VAAI LOOOGOO BIIIAA... - É a única coisa que consigo pronunciar depois da manada de dor que senti, e já vi que minha sesariana foi pro saco, vai ser parto normal mesmo.
- Prefere ficar sentada ou deitada ? - Bruno me pergunta todo delicado, acho que ele esta com medo de mim e da reação que eu posso ter se caso eu sentir mais alguma dor.
- Pode ser sentada mesmo... - Respiro e sinto outra dor, - AAH... Deitada, me coloca deitada mesmo... - Falo quase que implorando, e ele todo delicado me coloca deitada no banco do carro, e neste momento vejo Gustavo abrindo o outro lado da porta do carona e colocando minha cabeça no seu colo e fechando a porta em seguida. O caminho para o hospital é longo, mesmo Bruno andando feito um louco pelas ruas lotadas de São Paulo, parece que o tempo não passa e eu fico cada vez mais parada nele. As dores estão aumentando a cada minuto e isso esta me deixando irritada e preocupada tambám, espero que ocorra tudo bem.
Assim que termino a minha oração Bruno estaciona o carro dele no hospital e me desceram com calma para me carregar até uma cadeira de rodas. meu medico se assustou quando me ve entrando.
- Livia ? Sua cesariana já foi marcada e seus ultimos exames estão prontos. - Ele fala me olhando.
- A bolsa estourou doutor, ele quer nascer agora... - Eu falo suspirando sentindo a dor.
Assim que ele me escuta falando já me encaminha para a sala de partos, corre com todos os preparativos e fica de dois em dois minutos olhando a minha dilatação até que estou pronta para ter o bebê. Vejo Guh entrando no quarto todo vestido com a mesma roupa dos medicos e se sentando na cadeira ao meu lado, ele pega na minha mão e a beija, eu sorrio pra ele antes de toda aquela dor e tortura começar. Foram meia hora de pura dor e angustia mais não conseguia fazer força o suficiente pra colocar ele pra fora, me sentia exausta e precisava de um minuto pra recuperar meu folego ao menos pra tentar de novo, mas nem meio minuto se passou e a cabeça dele começou a apontar e novamente eu estava fazendo força, mas dessa vez eu estava sentindo muita dor. Era como se eu estivesse sendo partida ao meio, uma das dores mais fortes que eu já senti em toda a minha vida, que depois de mais ou menos vinte minutos passou e eu consegui escutar o som que eu jamais esqueceria em toda a minha vida, o choro do meu neném.
- Bem Vindo ao mundo meu amor... - Falo assim que consigo pegar ele no colo.NARRAÇÃO DE GUH:
Eu não fazia a menor ideia de que a bolsa da Lih tinha estourado, tinha acabado de sair do banho quando Beatriz quase arrebentou a porta com as mãos dizendo que a bolsa dela tinha estourado e que tinhamos que leva-la ao hospital porque o bebê iria nascer a qualquer momento. Nunca me imaginei colocando uma roupa tão rapida em toda a minha vida, acho que em 10 segubdos eu consegui ficar pronto e ir até o carro de Bruno que deitava a Lih no banco de tras, coloquei no meu colo e seguimos a caminho do hospital, depois dai foi uma tortura sem limite nenhum, ela gritava tanto que eu estava quase tirando ela daquele quarto pra leva-la embora dali logo.
- Tão demorando pra chamar ela não é ? - Perguntei já agoniado sentado naquela sala.
- Tenha calma querido, ela precisa de mais uns dedos de dilatação apenas. - Fala a minha sogra calma, mas vejo que ela também esta preocupada com a Lih.
- Eu sei, mas não aguento mais ouvi-la gritando desse jeito, sem poder fazer nada a respeito. - Falo já querendo socar as paredes daquele lugar quando vejo o medico vindo.
- Gustavo ? - Ele pergunta.
- Sou eu doutor, como ela esta ?
- Calma, vim te chamar para se arrumar, ela quer que voce assista ao parto.
- Ok doutor, vamos logo.
Assim que me arrumo entro na sala e pego na mão da Lih, pra que ela veja que eu estarei aqui com ela sempre. A hora de nascer e ela gritava e apertava a minha mão de dor. Quando finalmente meu filho veio ao mundo eu me senti maravilhado e preenchido pelo som do seu choro, é o som mais lindo e fascinante que já pude ouvir, e jamais me esquecerei disso. A enfermeira tirou ele da mão da Lih e colocou nos meus braços.
- Oi meninão, bem vindo ao mundo meu filho. Tem muita gente aqui que ama você... - Falei fazendo carinho na mãozinha dele que segurou meu dedo e fez um barulho tão fofo que eu nem acreditei que aquilo estava acontecendo.
- Já decidiu o nome dele amor ? - Perguntou a Lih toda manhosa.
- Já sim amor, espero que goste. - Olho-a sorrindo. - Enzo, Enzo Guimaraes. - Falo sorrindo e os olhos dela brilha, vejo pelo seu rosto que ela amou o nome, então vai ser esse mesmo Enzo Guimaraes, meu filhão.
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Ate Que o Casamento Nos Separe !
RomansaMarcela Guimarães é uma mulher de características fortes casada com Pedro Lanzelotty, um advogado renomado na grande São Paulo, eles tem uma filha chamada Lívia uma jovem de 20 anos cheia de sonhos e segredos guardados em sua mente. Quando Lih resol...