45. Nervosismo

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Letícia

-Eu tô até agora chocado que você morava aqui, por que nunca me falou que era rica? Minha mãe ainda te acusou de ser interesseira. -O Gavi fala quando entro no condomínio.

-Eu não sou rica, meu pai que é. E esse condomínio foi o primeiro que ele comprou quando abriu a empresa e deu certo, e não gosto da sua mãe não preciso dar satisfação nenhuma para ela.

-Isso é papo de gente rica.- ele fala rindo

-Disse o jogador de futebol profissional que joga na Europa. -brinco e ele ri também colocando a mão na minha coxa.

Estaciono o carro na garagem, pego minha mochila e descemos do carro, quando chego na porta para abri-la olho para o lado e não vejo o Gavi, então olho para trás e ele ainda está perto do carro.

-O que foi, amor? -pergunto quanto chego nele.

-Eu tô com medo, e se ele não gostar de mim ou se ele achar que não sou bom o suficiente pra você, as vezes eu acho isso também e ele é seu pai então é óbvio que ele vai achar isso.

-Amor, olha pra mim. -falo segurando o rosto dele. - Você é incrível, a melhor pessoa que já conheci e não acredite nem por um segundo que você não é o suficiente para alguém por que você é perfeito em cada detalhe e eu tenho muita sorte de ser eu quem esteja do seu lado. E se ele não gostar de você, o que eu acho muito difícil, quem liga. Eu vou estar com você e é só isso que importa.

- Você promete? -ele pergunta passando as mão pela minha cintura.

-Prometo, a gente é pra sempre, lembra?  -Falo olhando nos olhos dele.

-O pra sempre com você é pouco tempo. -ele fala e me beija. 

- Não pesa não? -Pergunto enquanto vamos para a porta, agora de mãos dadas, nunca tinha visto ele tão nervoso, aprecia que ele iria fugir a qualquer momento.

-O que?

-O fardo de ser o melhor namorado do mundo. -falo e ele ri.

Abro a porta de casa e meu pai estava sentado no sofá, ainda com a roupa social que usava para trabalhar, fecho a porta e vou correndo nele que me abraça forte.

-Eu tava com saudade de você. -falo em português

-Eu também estava, filha, com muita mesmo.

-Seja gentil, ele está nervoso -falo para ele, quando nos soltamos.

-Eu sempre sou gentil. -ele fala rindo

-Pai.

-Ta bom, já entendi. -ele fala colocando as mãos para o alto como se estivesse de rendendo.

Volto a falar espanhol só que devagar por que meu pai não sabia falar espanhol muito bem.

-Pai esse é muito namorado Pablo Gavira, mas pode chamar ele de Gavi, e amor esse é meu pai Theodoro Bitencourt.

Falo e o Gavi aperta a mão dele e fala em português com um sotaque muito forte.

-Vai se fuder, senhor Bitencourt. -Depois do Gavi falar isso eu começo a gargalhar muito.

-Que isso menino! Isso é coisa dela né? É sua cara ensinar essas coisas, Letícia -meu pai fala sem saber se ria ou ficava bravo.

-Eu não fiz nada. -falo ainda rindo.

E volto a falar em espanhol, só que como falamos rápido meu pai não entende direito.

-Gatinho, quem te ensinou isso?

O Destino - Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora