54. Caminhos

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Gavi

Fico vendo a mulher que amo indo embora de mim e não tem nada que eu possa fazer. Quando não consigo mais enchergar o carro dela limpo as lágrimas que desciam descontroladas dos meus olhos e respiro fundo.

-Eu não acredito que você fez isso cara. Eu pensei que você gostasse dela de verdade. -o Pedri fala do meu lado me puxando para dentro de casa e fechando a porta.

-Eu não fiz nada, eu tava indo tomar banho quando ouvi a campainha e depois um batulho aqui em baixo, coloquei a cueca e vim ver quem era.

-Ah fala sério Gavi, vocês estão quase pelados, conta outra. -ele fala.

-Eu tô falando, eu amo aquela garota e nunca faria nada que fosse a magoar, principalmente a trair, eu não fiz nada.

Nessa hora ouço a Isabel atrás de mim e uma onda de raiva percorre por todo o meu corpo.

-COMO VOCÊ ENTROU NA MINHA CASA? -grito indo na direção dela que se afasta me mim.

-A para de mentir Gavizinho, você sabe muito bem como entrei aqui. -ela fala sorrindo se fazendo de maluca.

Eu quero matar essa garota fingida, sem noção do caralho, que entrou na minha casa e acabou comigo a minha vida.

-EU NÃO VOU PERGUNTAR DE NOVO. -falo gritando mais alto e indo ainda mais para perto dela e serrando os punhos- COMO VOCÊ ENTROU AQUI? FALA PORRA.

-Ta maluco Gavi. -o Pedri fala me segurando e tentando me afastar.

-Me solta, o único maluco aqui é ela ,eu não vou bater nela não. -falo  empurrando ele para longe de mim e chego mais perto ainda da Isabel que agora estava encostada na parede um pouco encolhida de medo. -Fala logo caralho, como você entrou na minha casa.

-Gavi, isso é loucura, a garota está se tremendo toda, para de mentir. -O Pedri fala

-Eu não te mentindo, fala logo. - Grito e dou um soco tão forte na parede do lado dela que a parece quebrar e a minha mão chega a sangrar. -FALA CARALHO.

-Eu não aguentei mais ver você com essa garota, ela não é ninguém, isso tinha que acabar logo. -ela fala - Como te disse daquele dia, eu gosto de você e falei que vinha te ver, então peguei a chave da sua casa escondido da sua mãe antes de vir, e foi bem na hora que vocês estavam se falando, acho que foi o destino.

O destino vai ser a minha mão na cara dela e depois eu ser preso se ela continuar falando, minha mãe tinha me ligado hoje mais cedo se desculpando denovo e acabamos conversando, acreditei nas desculpas e não sei se tem o dedo dela nessa história.

-Nossa, tu é uma grande filha da puta em. -o Pedri fala. -Pra alguém que estava com medo até que falou bastante coisa.

-Essa porra dessa garota aqui não tá com medo de nada não, ela invadiu minha casa, ela acabou com a minha vida. Ela tem é muita sorte deu não ser um completo filho da puta agora. -falo, enquanto o Pedri se aproxima mais uma vez me tirando de perto dela e agradeço por ele estar ali comigo agora.

-Vai embora logo garota, você não tinha nem que ter aparecido aqui pra começo de conversa, vai logo antes que eu chame a polícia.- o Pedri fala e ela nem se meche, só solta o pano que estava se enrolando.

-O que você acha que tá fazendo sua mocreia, você viu a namorada dele que acabou de sair? Ela é legal, engraçada, gentil e com todo respeito uma grandíssima gostosa e tu parece uma lombriga do inferno, se toca. -o Pedri fala.

Eu não sabia se ria ou se ficava com ciúmes.

-Quer a Le pra tu? Sai fora qu ela é minha. -falo.

-Não, obrigado. Só a enchergo como amiga, mas uma belíssima amiga.

O Destino - Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora