06. O presente

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Letícia

Termino de comer meu iogurte, tomo banho, me arrumo e ligo para o Gabriel chamando ele para vir para o meu quarto, ele chega aqui em menos de cinco minutos. Como nossos quartos são um em frente para o outro consigo ouvir ele fechado a porta e vou logo abrir a minha para ele entrar.

- Bom dia, dormiu bem? -pergunto animada.

-Dormi sim, só tinha imaginado que quando eu te chamei para vir ver os jogos copa comigo você realmente iria ver os jogos mas você me abandonou.

-Olha o drama, você me convenceu a vir porque falou que eu veria um monte de jogadores gatos, então saiba que a minha parte eu tô fazendo, ontem mesmo vi um de vários ângulos diferentes. - falo rindo e nessa hora meu celular apita. -viu só, estou vendo um jogador agora!

-Letícia, tu é muito safada, para de iludir o menino. -ele fala rindo. -ele não te conhece direito vai acabar se apaixonando por você como sempre acontece com todo garoto que você fica.

- Você está do lado dele ou do meu? -digo brincando -E outra ele sabe que eu não quero nada sério e ele também não quer nada comigo, é só um casinho.

- É sempre assim eles nunca querem nada sério até você aparecer.

-A gente só transou, não tem nada de mais nisso. -falo

-Te conheço desde sempre, e é sempre assim você transa com o cara, eles ficam loucos por você e depois você vem com essa de "eles sabem das minha intenções" e eu que tenho que ficar ouvindo um bando de louco implorando para falar com você.

-O que eu posso fazer se meu chá é bom? E eu nunca minto sobre as minhas intenções, qual foi, o que tem demais querer curtir a vida, pra que ter um se eu posso ter cem. E outra ele pode ter quem ele quiser, eu te garanto que ele não viu nada demais em mim.

- Você está se subestimando, mas espero que esteja certa.

-Eu geralmente estou.

-Convencida, vem vamos almoçar que eu estou com fome.

-Vamos. - falo pegando minha bolsa.

Nós fomos em um restaurante que tinha perto do hotel e depois fomos dar uma volta por Doha, aqui é lindo mas é quente demais até para mim que sou do Rio de Janeiro. Fomos a uma pracinha no centro, em um shopping que tinha perto e em umas lojinhas que tenham ali perto, resolvemos jantar no centro mesmo e quando já estava de noite voltamos para o hotel, quando ia subir a moça da recepção me chamou e falou que tinham deixado uma coisa para mim. Olhei rápido para o Gabriel e pensamos exatamente na mesma coisa, deve ser a carta para saber se fui aprovada ou não na faculdade, eu fui até a moça que me entrega uma bolsa que estava pesada demais para ser uma carta, abri a bolsa já no elevador e lá dentro tinha uma camiseta vermelha, quando a levanto vejo que é a camisa da seleção espanhola com o número nove e o nome do Gavi. O Gabriel que agora me olhava rindo perguntou:

O Destino - Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora