CAPÍTULO 13: Ódio é um ótimo fabricador de megeras

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Ella Rodrigues

"Feliz 2025, perdedores!

Como forma de distraí-los da decepção, devido ao fim do querido e odiavavelmente curto recesso, vim aqui agraciá-los com um pequeno mimo - esperado por muitos fãs, ressalto.

Dessa vez, não falarei sobre as subcelebridades da nossa pacata cidade. Não, não. Eu trago verdades maravilhosas sobre a realeza. Sim, isso mesmo que vocês leram.

E quem melhor para representá-la do que a garota mais falsamente amada de Sunset Ville, a Ella Rodrigues? Ou melhor, Isabella Rodrigues.

É, pelo visto, nossa querida 'princesa' esconde muitas coisas de seus súbitos! Mas, fiquem tranquilos que essa é só a ponta do iceberg que vossa alteza já fez... Esse nome ainda é cotado para diversas matérias no nosso meio jornalístico.

Não tenho informações suficientes para explicar o porquê da riquinha ter escondido algo tão simples, mas aqui fica a questão:

Se (Isab)Ella Rodrigues foi capaz de guardar a sete chaves algo tão simples como um nome, o que ela não teria a esconder por trás de todas as roupas caras, comportamento sistemático e mediocridade?

Deixem suas sugestões nos comentários.

Bjs do seu alguém qualquer!

PS: Você não perde por esperar, Isabella Rodrigues. :)"

A tela do celular brilhando é única coisa que vejo. Até rolo um pouco mais a página da fofoca disfarçada de notícia de colegial, mas é só aquilo.

Acabou.

Seja quem for que fez isso, só soltou a primeira faísca e vai voltar para aumentar o estrago. Ah, disso eu tenho certeza.

— Docinho, você está bem? — A voz de Angel é como um pequeno sussuro ao meu lado, mas isso nem se quer me tira alguma reação.

Meu maxilar está tão travado que poderia quebrá-lo de ódio, porém, a maior vítima é o celular sendo praticamente esmagado por minhas mãos que se prendiam àquela tela maldita.

— Me dê isso antes que quebre. — Não contesto quando Yoko tira o aparelho das minhas mãos. Talvez seja o melhor no momento, ou o jogaria numa das paredes dessa escola.

Eu me sentia completamente exposta.

— Eu. Vou. Matar. Essa. Vadia. — Grunho com os punhos cerrados e tenho certeza que minha visão estava embaçado por lágrimas de ódio.

Ah, se ela quis começar esse joguinho sujo, agora terá que aguentar a minha mais pura raiva. Ninguém me enfrenta. Ninguém.

— Docinho, sei que não é o momento, mas... Como sabe que é ela? — Rio com escárnio pela ingenuidade da minha amiga.

— Somente uma mente feminina seria tão vingativa com outra mulher, Angel. Falo com experiência. — Desencosto dos armários com a intenção de ir até o coração de onde essa confusão toda começou: o jornal da escola.

Aqueles jornalistas de meia tigela terão muito a se explicar.

No meio do caminho, sinto olhos curiosos em cima de mim, pertencentes a alguns idiotas que passavam por nós, como se eu fosse alguma espécie de atração de circo. Reviro os olhos e olho para cada um deles.

— Estão olhando o quê? Sou puta de esquina agora? — Não me importo em ser rude e não demora para os mais medrosos fugirem, e os corajosos desviarem o olhar.

Ela é Ella || ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora