"Quando te olhei a primeira vez depois de todos esses anos, o meu coração disparou. E tão de repente eu notei que alguma coisa mudou."
Visenya cresceu vendo o quanto os verdes odiavam sua família e abominavam o nascimento dela e de seus irmãos. Sua...
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Voar era meu lazer preferido. Estar junto das nuvens no céu era mágico, excitante. Mas nesse momento eu não estava nada animada, eu não queria estar voando, pelo menos não para o destino que me esperava.
Porto Real.
Revirei os olhos ao lembrar e Silverwing bufou ao sentir meu descontentamento. Olhei para trás de observei Syrax sozinha - já que mamãe estava no navio com os pequenos Aegon e Viscerys, filhos dela com meu tio, e Joffrey, o dragão desse último ainda era muito pequeno para ser montado -, Daemon voava com com Caraxes, Jace com Vermax, Luke com Arrax e Baela com Moondancer. Rhaena não tinha um dragão, mas Daemon prometeu que ela ganharia um novo ovo da ninhada de Syrax e Caraxes. Estávamos todos na expectativa por ela. Rhaena não estava conosco, para a tristeza de Luke. Ela estava passando um tempo com os avós em Driftmark e nos encontraríamos todos em Porto Real.
Para honrar a linha sucessória de Driftmark- mesmo a contragosto de Rhaenys - Corlys, Rhaenyra e Daemon decidiram noivar Luke com Rhaena, e consequente Rhaenyra pediu que seu filho mais velho Jace, noivasse com Baela. Os quatro sempre tiveram uma ligação linda, que não passava despercebido por ninguém de casa.
Tio Daemon não gostava muito, afinal elas eram suas únicas filhas, mas aceitava, pois sabia que elas estavam felizes e que meus irmãos eram honrados. Minhas primas viviam me importunando dizendo que estava na minha hora de noivar, meu tio sabia que eu não gostava e sempre partia em minha defesa, dizendo que eu era a mais nova das três meninas e que deveríamos esperar mais (eu era mais nova só alguns meses). Eu gostava quando ele me defendia, meu coração se aquecia, pois me sentia sua filha, gostava dessas brincadeiras de implicância com as meninas - elas eram minhas irmãs agora, e eu amava o tio Daemon como um pai e sabia que ele me amava como uma filha.
A vida era boa em Dragonstone, eu sentia falta do meu avô, e de conversar aleatoriamente com Helaena, mas eu não trocaria Dragonstone por nada. Jace herdaria o trono, mas eu herdaria minha casa e isso era o que mais me importava.
Gemi em desgosto quando a Fortaleza Vermelha apareceu em nossa frente. Silverwing rugiu compartilhando comigo meu desagrado por estar naquele lugar.
Ignorei o castelo e peguei caminho para o fosso dos dragões, eu sabia que teria uma carruagem a nossa espera lá, e que eles levariam os dragões para dentro do fosso, mas eu não queria Silverwing acorrentada, não queria que ela ficasse em um buraco escuro. Em Dragonstone ela não ficava, não teria motivos de ficar aqui.
- (Valiriano) Pousar, Silverwing - ordenei é assim ela fez, a porta do fosso por onde os dragões entravam se abriu e servos saíram de lá. Desci e passei as ordens em valeriano - (Valiriano) Não a acorrentem, não a prendam em um buraco. Ela ficará solta. Entenderam?
