"Quando te olhei a primeira vez depois de todos esses anos, o meu coração disparou. E tão de repente eu notei que alguma coisa mudou."
Visenya cresceu vendo o quanto os verdes odiavam sua família e abominavam o nascimento dela e de seus irmãos. Sua...
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⁃ Eu não acredito que deixou aquele pedaço de bosta entrar na nossa casa - parei com a mão estendida para bater na porta do quarto de mamãe quando ouvi Daemon berrar lá de dentro
⁃ Ele é meu irmão - ela respondeu altiva, como uma verdadeira rainha
⁃ Ele é um merda!
⁃ Eles se amam, Daemon.
⁃ Se amam? - ele riu debochado - Diz que aquilo é amor? Ele só está usando ela, ela pode até amá-lo, mas ele... Ele está usando ela da mesma forma que...
⁃ Da mesma forma que você tentou me usar a quase vinte anos atrás? - mamãe alterou a voz, gritando com classe, e eu me encolhi
⁃ Eu não te usei! Eu sempre te amei! - ele gritou - Você sabe disso!
⁃ Mas me levou para um bordel, para que me vissem com você e me casassem com você...
Respirei fundo e sai dali. Eu não queria que ninguém brigasse por minha causa, eu não queria trazer discórdia para ninguém. Minha mãe e Daemon sempre se apoiavam, quase nunca brigavam - quando acontecia, nunca era na nossa frente -, todo casal discute, mas eles viviam felizes. Não queria ser o motivo de um desentendimento maior entre eles.
Sei que meu tio odiava os Hightowers e toda sua prole. Eu também odiava. Otto, Alicent, Aegon... Mas Aemond... Aemond era diferente. Ele cuidava de mim, já demonstrara isso diversas vezes, ele não me odiava.
Ele não queria me usar.
Poderia não me amar, mas não me odiava.
Eu poderia estar sendo egoista em relação aos meus irmãos e primas, Aemond vivia chamando Jace e Luke de bastardos e sentia rancor pelo olho perdido. E minhas primas, bom, Rhaena dizia que ele roubara o dragão de sua mãe, que deveria ser dela. Mas se Vhagar não estivesse destinada a ser de Aemond, ela não seria. Ele não teria conseguido domá-la. Um dragão não era era propriedade ou título que era passado de herdeiro para herdeiro.
Eu não queria que minha família o odiasse. Se eu estivesse grávida mesmo, será que odiariam meu bebê? Me odiariam por estar grávida dele?
Eu precisava procurar um meistre e tirar minhas dúvidas, mas eu tinha tanto medo da resposta. Por mais que ela parecesse estar estampada bem na minha cara. A última vez que me relacionei com Aemond, eu não tomei o chá da lua.
Nesse momento Aemond estava na biblioteca, eu praticamente escondi ele ali com medo de que meus irmãos o vissem e começasse algum tipo de discussão.
Segundo meu tio, quem o havia recebido fora minha mãe. Ninguém o tinha visto ainda.
Respirei fundo segurando na parede próxima a mim, eu me sentia fraca, tonta, trêmula. Não havia comido nada naquele dia e a consequência estava chegando. Vômito e falta de alimento não combinavam.