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Parecia real, mas eu sabia que não era. Eu me lembrava de ter me deitado na cama chorando. Lembrava das mãos carinhos de Aemond afagando meus cabelos e de sua voz doce - apesar da rouquidão da mesma - me dizendo que tudo ia ficar bem e logo estaríamos longe dali. Lembro também de ter pegado no sono com o carinho dele.
Então porque eu sentia o vento frio da janela daquele quarto que não era o meu? Era o quarto de Aemond. Porque eu chorava e sentia uma angústia agonizante? Porque tudo ao meu redor estava embaçado? Como vim parar aqui?
A não ser...
Era um sonho, claro que era. Mas parecia tão real que me assustava. Assustava muito.
As lágrimas do choro desesperado me deixou agitada. Eu não tinha controle de nada. Eu apenas assistia Aemond dizer aquelas palavras que me rasgavam por dentro. O motivo delas me doerem tanto, eu não entendia e não confusa perguntar o motivo delas. Eu só assista, presa no meu próprio corpo desesperado.
⁃ Você tem que sair daqui - ele bradava com ódio - Eu não tenho nada mais para te falar, Visenya.
⁃ Aemond, por favor - eu chorava, e as palavras saíram sem eu querer dizer. Eu nem sabia o que estava acontecendo. - Não é possível! - na verdade eu queria perguntar o que estava acontecendo.
⁃ Sabe o que não é possível? Nós dois - ele gritava e eu entendi que o ódio que ele sentia era mim. Ele não tinha o olhar que ele só dava para mim. Não. Ele me olhava como olhava para qualquer outra pessoa, me olhava com desdém e repulsa. - É impossível que eu um dia tenha me deixado levar por você, uma bastarda, a ponto de nos casarmos e termos um filho. Aquela menina é realmente minha ou você segue os passos de sua mãe?
⁃ Não fala da minha filha! - eu gritava e meu corpo avançou para cima dele, lhe deferindo um tapa estalado no rosto que o fez virar a cara
Aemond respirou fundo, parecia se controlar para não fazer algo extremo comigo. Seu olhar era mortal quando encarou meus olhos e sua mão foi para o cabo da espada em sua cintura. Eu conhecia o meu marido o suficiente para saber que quando ele fazia aquilo, era porque estava se controlando para não atacar ninguém.
Em um movimento rápido ele agarrou meu braço com força. Tanta força que meu corpo sacudiu inteiro. Ele me jogou contra a parede e eu queria reagir, queria perguntar o porque dele estar me falando aquelas coisas e me tratantada daquela forma, mas eu não conseguia. Eu não controlava minhas reações.
⁃ Como ousa me bater, bastarda!? - Aemond tinha um olhar ameaçador seu corpo estava grudado ao meu, e sua mão deslizou até o meu pescoço, pressionando ele. - Eu quero que saia de meus aposentos e não dirija mais a palavra a mim. Seja lá o que tenha acontecido entre nós, tenho certeza que foi apenas pela minha diversão sexual - ele apertou mais meu pescoço, doía, mas eu conseguia respirar ainda. Não entendi o porque de continuar parada, apenas chorando. Porque eu não gritava com ele? Porque não lhe enchia de tapas ou não lhe dava uma bela facada no ombro? - Afinal, deve ser ótimo ter uma mulher como você na cama - falou com desdém olhando meu corpo todo - Mas você não presta para casamento.
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Fire and Love ~ Aemond Targaryen | HOTD
Fanfiction"Quando te olhei a primeira vez depois de todos esses anos, o meu coração disparou. E tão de repente eu notei que alguma coisa mudou." Visenya cresceu vendo o quanto os verdes odiavam sua família e abominavam o nascimento dela e de seus irmãos. Sua...