Twelve

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Eu estava nervosa. Não, nervosa não, eu estava em pânico. A minha ansiedade e desespero faziam o ventre doer ainda mais em cólica, e aquela dor me deixava sem ar.

Eu tentava a todo custo não pensar que poderia ter um bebê dentro de mim. Um bebê que veio de um erro, um erro que nunca deveria ter acontecido. Eu tentava não pensar que era um bebê, assim eu não me apeguaria.

Eu não podia me apegar.

O que seria de mim e dessa possível criança?

Um dos motivos pelos quais eu não queria a confirmação. Eu não queria saber se era realmente verdade ou não, porque se fosse, se realmente tivesse uma vida ali, eu não ia ter coragem de concluir o ato. Iria me sentir a maior filha da puta do mundo, então era melhor eu continuar na dúvida, tomar um chá e rezar para os deuses me ajudassem.

E eu já rezava.

Estava ajoelhada em frente as velas acesas que rodeavam a escultura perfeita da Árvore-Coração - árvore essa espalhada em cada parte dos sete reinos, mas como aqui em Dragonstone não tinha, fizeram uma escultura para que pudéssemos rezar, pedir e agradecer -. E dessa vez eu pedia, implorava, para que Gilly estivesse errada e eu não estivesse...

Eu não gostava nem de pensar na palavra.

Eu pedia aos Sete, pedia aos deuses antigos, pedia aos deuses valirianos...

Se eu levasse uma possível gravidez a diante, ninguém iria querer se casar comigo. Não que eu estivesse desesperada por um casamento, não estava, mas um dia isso ia acontecer e eu sabia que ninguém aceitaria uma mulher com um bastardo - por mais que vários homens tivessem bastardos espalhados, para uma mulher era motivo de desonra. Eu via como tratavam minha mãe as vezes, Alicent e Otto principalmente. -, independente se eu fosse da casa Velaryon ou Targaryen. Minha família podia me exilar, mesmo eu achando que minha mãe nunca fosse chegar a tal ato extremo. Não podia arriscar.

Eu pedia para os deuses que nenhuma dessas desconfianças fossem verdadeiras, mas também pedia para que se fossem, que me dessem uma luz, um caminho. Que me mostrassem que eu estava fazendo o certo ao tomar um chá que acabasse com tudo.

Eu conhecia os efeitos colaterais de tal chá. Eu podia ficar infértil, estéril, podia nunca mais gerar um herdeiro. Ou ter muitas dificuldades para engravidar novamente. Mas que escolha eu tinha?

Olhei as chamas das velas querendo nesse momento queimar e morrer. Não bastava ser renegada por Aemond, eu tinha que ter um possível bebê dele dentro de mim?

    ⁃    Me deem um sinal, me confirmem se estou fazendo o certo - eu pedia feito uma tola

Eu nunca tinha parado para rezar aqui, ou pedir nada. Porque diabos eu achava que alguma divindade iria aparecer e me dar uma resposta?

Fire and Love ~ Aemond Targaryen | HOTD Onde histórias criam vida. Descubra agora