Festival da Fogueira.

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Capítulo 5.

Quando Mew acordou e, mais uma vez, não encontrou seu mordomo e seus servos de companhia, seguiu direto para a porta – trancada – batendo contra a madeira.

— De novo, jura? — Perguntou, frustrado.

— Bom dia para você também — Gulf estava sentado no chão com uma xícara de chá na mão e a folha com os preparativos para o festival na outra.

— Você é extremamente irritante e desmiolado, não pode ficar fazendo isso! — Bateu contra a porta novamente.

— Eu ainda estou sendo amigável e não escondi a chave, como você faz! — Gulf replicou, batendo contra a madeira também — Considere isso um ato mais maduro que o seu.

— Deuses, você é insuportável — Mew resmungou, passando a mão nos cabelos — Não deveria estar cuidando do festival?

— É o que estou fazendo — Respondeu ao tomar um gole do chá de lavanda.

Ele estava cercado de pergaminhos, papéis e livros, montando de forma detalhada e esquematizada os preparativos do festival.
Sem ter mais o que discutir, Mew, mais uma vez, se preparou sozinho para o dia. Era até um pouco relaxante finalmente ter um tempo sem diversas pessoas ao seu redor, embora fosse cansativo fazer tudo sozinho, sendo que havia se acostumado a ter tudo sempre pronto para si.

— Não estrague as coisas amanhã, esse festival é importante — Falou enquanto se aproximava da porta.

— Vou fazer algo impressionante, não se preocupe — Gulf bufou.

— Do jeito que você é, acho difícil — Ironizou, mas não recebeu uma resposta.

— Você ficaria surpreso — Sorriu.

Como sempre, no horário do almoço, a porta estava destrancada e ele se dirigiu ao salão de refeições, mas não encontrou o imperador Genitor no local.

— Onde Type está? — Perguntou aos servos do local enquanto se dirigia para sua cadeira.

— O imperador Genitor saiu, vossa majestade — Um dos guardas do local respondeu.

— Saiu? Como assim saiu? — Mew virou para o guarda.

— Ele pegou um cavalo no estábulo e ordenou que o deixássemos sair. Na sua ausência, não havia como contestá-lo.

— E ele saiu sozinho? — Mew sentia uma vibração abaixo de sua pele com aquela possibilidade, mas não sabia o que era, nem como se sentir em relação àquilo.

— Sim, majestade, ele foi sozinho.

Mew imaginou Type cavalgando pela cidade sem escolta, carregando o símbolo imperial na cela do cavalo e não se surpreenderia caso ele fosse atacado ou sequestrado, pois não havia guardas para protegê-lo ou os servos de companhia.

— Devemos fazer algo, majestade? — O guarda perguntou.

— Não — Mew deu de ombros, ignorando aquela sensação estranha em suas entranhas — Deixe que ele faça o que tiver que fazer e, se tivermos sorte, ele não voltará.

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