Os dragões gêmeos.
As antigas histórias dos deuses eram contadas em todo lugar, contando a história do mundo. Como o casal real, o deus do sol e a deusa da lua, deram origem ao planeta, junto com seus irmãos, a deusa dos mares, o deus da terra e das plantas, assim por diante.
Monumentos de adoração eram construídos para eles em todos os lugares, onde suas histórias eram contadas em pinturas, manuscritos, esculturas e verbalmente.
O mais recente, entretanto, era a história do Dragão Divino, que surgira de águas cristalinas, uma benção concedida pelos próprios deuses. Ele foi venerado e reverenciado em um templo construído em uma montanha.
Um dia, mesmo sendo macho, o Dragão teve um filho, um ovo que protegia com sua vida dia e noite. Ele saiu de seu templo para formar abrigo em um vulcão, onde seu filhote se formaria. Porém, naquela região, ele era relativamente desconhecido e, graças à cobiça humana e um descuido, o ovo foi roubado. O Dragão, enfurecido, queimou uma cidade inteira, buscando por seu ovo.
O rei deste local ofereceu o próprio filho como sacrifício para o Dragão, dizendo que ele poderia substituir o ovo roubado.
O Dragão não parecia muito satisfeito, mas aceitou aos seus próprios termos. Ele deu uma de suas escamas para o jovem príncipe, dizendo que ele iria lhe gerar um novo filho.
Com isto, o dragão se casou com o príncipe, tendo com ele diversos filhos com sangue de dragão em suas veias. Mas, um dia, o príncipe roubou e vendeu as escamas do dragão para outras pessoas, tornando assim possível que os homens que tiverem contato com as escamas capazes de gerar filhos.
Eles teriam a Marca do Dragão como uma comprovação. Com o tempo, o Dragão Divino desapareceu, levando consigo suas escamas mágicas e os chamados "Filhos do Dragão" se tornaram uma cobiça em todo lugar.
Com o tempo, a história vinha se perdendo, em algumas versões, o príncipe se oferecia em casamento para aplacar a fúria do Dragão e lhe matava para roubar suas escamas. Em outra, ambos eram mortos por saqueadores, que roubaram as escamas do Dragão e venderam.
Milênios mais tarde, ocorreu o nascimento dos gêmeos Tarakona, que foi celebrado por toda a família, pois, não apenas um, mas ambos carregavam a Marca do Dragão. Convidaram todas as pessoas de renome para a comemoração, desde familiares até quem não tinham o mínimo de contato, apenas para se gabar da sorte que tinham.
A festa durou dois dias inteiros, com pequenas pausas de descanso, mas a música nunca parava.
Os gêmeos logo foram levados por seus pais para o santuário dos 'Filhos do dragão', onde passariam pelo teste oficial. Uma folha encantada era colocada sobre a marca; se fosse falsa, a área ficaria irritada e o bebê começaria a chorar. Se fosse verdadeira, nada aconteceria e sua comprovação seria sucedida.
Seus pais eram convencidos, enquanto o teste era feito, eles compartilhavam sorrisos e olhares esnobes na direção da população que foi até as portas do santuário assistir.
Tudo certo, os gêmeos eram legítimos filhos do dragão.
Ao longo de sua educação infantil, eles eram ensinados principalmente sobre a religião. Adoração à imagem do dragão, que os abençoou com aquele dom, e os deuses; principalmente a deusa da Lua, que era a responsável pela fertilidade. Mas o que mais aprendiam era sobre como deveriam casar e ter filhos para espalhar os genes do dragão.
Type adorava aquele ambiente. Todos eram acolhedores e agradáveis com eles, nunca lhes faltava nada. Talvez fosse um pouco calmo demais, controlador demais, mas não tinha muito o que reclamar, era tudo o que conhecia.
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Lugar de Imperador.
FanfictionO imperador Mew Suppasit iria finalmente se casar com um homem especial, capaz de gerar filhos. Seria o maior casamento do reino. Isso, é claro, se o noivo, Type, não tivesse fugido um dia antes da cerimônia, restando para seu irmão gêmeo, Gulf, ass...