Capítulo Quatro

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- Vitor eu acho que fiz merda. - Falei assim que meu irmão atendeu. Eu estava no uber a caminho do endereço que ela me passou.

- O que houve? - Ele basicamente falou no mesmo tom.

- Eu estou indo encontrar com ela... num bar na zona sul. O que eu faço?

- Como assim o que você faz? - Eu pude ouvir ele rir. - Faz o que você fez para que ela acreditasse.

- Eu não sei se consigo.

- Por quê?

- Eu fingi que estava jogando RPG e eu me imaginei como um personagem superconfiante que todas as mulheres gostam dele.

- Caralho, eu nunca pensei que algum dia o RPG ia te fazer comer mulher. - Ele começou a rir muito.

- Vitor, eu to falando sério, eu não sei como vou agir. - Eu estava em desespero.

- Olha, pelas coisas que você fala sua chefe tem cara de ser uma mulher muito dominadora fora da cena, de repente por isso ela tenha ficado muito interessada em você, a personalidade de vocês é bem diferente, talvez ela queira, alguém que seja mais submissa fora de cena e mais dominadora durante o jogo.

- Eu não sei, ela não parece o tipo de pessoa que sai com alguém como eu.

- Pode não parecer, mas está... não é necessariamente um encontro, mas já é algo.

- Eu cheguei, eu te ligo depois. - Agradeci ao motorista e desci do carro. Fiquei um tempo admirando o local. - Eu devia ter ido trocar de roupa. - Murmurei. - Eu falo como se tivesse roupas para vir em lugares assim.

Era nítido que aquele bar era para pessoas que tinham um poder aquisitivo maior que 2/3 da população carioca. Era uma espécie de bar, a parte da frente era aberta, com algumas plantas, enfeitando as muretas. Logo na entrada havia alguns jovens dançando e gravando em seus celulares, eu apenas escondi meu rosto para entrar, não gostava de aparecer em vídeos ou tirar fotos.

- Boa noite, você tem reserva? - Eu fui parada por um segurança na porta.

- E-eu... acho que não. Eu vim encontrar uma pessoa. - Peguei meu celular, mas antes que eu pudesse mandar mensagem o outro segurança foi até o ouvido dele e sussurrou algo.

- Desculpa, foi um mal-entendido. Pode seguir, a senhorita Welber está te esperando na ala VIP. - Ele me deu passagem e abriu a porta.

Uma mulher se aproximou de mim e se identificou como hostess e pediu para guardar minha mochila e o casaco, por mais que eu estivesse um pouco relutante entreguei a ela, fui então seguindo para onde ela apontou onde seria a área VIP. Havia algumas pessoas dançando na pista de dança e estava tocando 7 rings da Ariana Grande, eu ia me esquivando e caminhando adentro do que agora eu descobri ser uma boate e não um bar. As luzes coloridas e brilhantes as vezes faziam meus olhos ficarem sensíveis, mas quando eu a vi sendo banhada pela luz rosa da boate, enquanto estava sentada numa poltrona vermelha e bebendo um drink azul, com suas longas unhas pintadas de bordô, eu parei por cerca de trinta segundos para observar aquela cena e tentar tirar o máximo de fotos mentais que eu pudesse. Quando ela me avistou pude ver um sorriso brotando em seus lábios, quase como se estivesse gostando da minha reação ao vê-la, ela fez um pequeno gesto com o dedo indicador me chamando e meu corpo se moveu, quase como se estivesse hipnotizado por aquela mulher.

- Se súcubos, mulheres demônios, segundo uma lenda, que sugam energia sexual dos homens enquanto dormem, existissem com certeza eles teriam a aparência dela. - Pensei quando cheguei próxima dela.

O segurança me deixou passar e eu não sei porque permaneci em pé apenas olhando para ela sem dizer uma palavra, Carolina não pareceu se importar com meu silencio, apenas permaneceu me olhando, enquanto lentamente levava o canudo a boca e bebia um gole de seu drink, para depois passar suavemente a língua pelos lábios e foi uma resposta automática eu morder meu próprio lábio inferior.

Dominando minha chefe (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora