Capítulo Trinte e três

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Aquela noite inteira parecia irreal, dançar agarradinha com a Carolina, ter aquelas conversas e estar numa festa de rico onde até caviar eu comi.

- O que você conversou com a Aline?

- Vou ajudá-la a tirar cada centavo que ele tem, inclusive os escondidos. – Ela deu uma risadinha. – Mas acho que devíamos falar sobre as coisas que você disse a ela.

- Você ouviu, o contexto é simples, ela foi transfóbica e eu não quero ela perto do meu irmão.

- Não é o Vitor quem precisa decidir isso?

- Sim, mas eu não podia fingir que não ouvi nada.

- Eu entendo, só tenta conversar com ele com calma.

- Tudo bem. – Suspirei.

- Agora vamos, quero que conheça minha mãe.

Seguimos até onde estava a mãe dela e pelo caminho passei pelo irmão, ele estava ao lado de Aline, visivelmente bêbado animado, enquanto ela tentava fazer ele beber água. Eu até pensei em ir até eles, mas Carolina segurou minha mão com mais firmeza para que eu não soltasse da sua mão.

- Deixa eles.

A mãe dela estava sentada, bebendo água, Carolina me contou que ela teve câncer de mama e estava se recuperando ainda, mesmo após um ano e meio.

- Oi, mãe, como você está se sentindo?

- Um pouco cansada, mas estou muito feliz.

- Mãe, essa é Fernanda, minha namorada. Essa é minha mãe, Elizabeth.

- Oi, querida. – Ela ia se levantar, mas eu a impedi e fiquei da mesma altura que ela. – Pode me chamar de Beth. Senta um pouco, vocês estavam dançando há um bom tempo.

- Só ficamos nos mexendo, eu não sei dançar. – Dei uma breve risada e me sentei só lado dela, Carolina fez o mesmo.

- Estou feliz que você pode vir, mesmo com alguns acontecimentos. Fiquei feliz em ver meus quatro filhos aqui hoje. – Ela segurou a mão da filha. – Eu sinto sua falta, minha filha. Faz tempo que não vai me visitar.

- Eu tenho andado ocupada. – Carolina falou. – Mas vou tentar te visitar mais vezes.

- Eu vou adorar e leve a Fernanda com você, adoraria de conhecer um pouco mais dela.

Por volta de nove de noite, muitas pessoas começaram a ir embora, até porque aparentemente a festa estava acabando. Ficaríamos hospedadas na casa em que estava acontecendo o casamento.

- Onde você vai ficar? – Perguntei ao meu irmão.

- A rua é a minha casa. – Ele me abraçou.

- Que lindo, poeta pinguço, mas eu estou falando sério. Onde você vai ficar?

- Ele vai ficar comigo. – Aline prontamente falou com um tom meio rude.

- Ihh ela tá brava. – Vitor riu.

- Temos um quarto aqui para ele?

- Temos? – Carolina falou.

- Temos! – Era mentira, mas duvido que naquela casa enorme não teria um quarto para meu irmão e caso não tivesse, eu daria um jeito.

Dominando minha chefe (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora