Capítulo Onze

9.7K 911 207
                                    

- Então vamos marcar essa com dificuldade oito. – Fernando falou. – O que você acha, Lisa?

- Acho ótimo. – Respondi.

A verdade era que eu não estava prestando muita atenção, minha atenção estava em outro lugar no momento, na verdade em uma pessoa específica. Eu não via a hora daquela reunião acabar, eu queria ir até ela, ainda mais depois do que ela me pediu na hora almoço.

Decidi chegar mais cedo, precisava organizar algumas coisas, já que o Fernando ia entrar de férias em um mês e eu iria ficar no lugar dele. Eu particularmente eu estava me sentindo ansiosa. É estranho estar nesse escritório totalmente vazio, mas quando eu ouvi sons de saltos se aproximando, eu percebi que não estava sozinha.

- Você chegou bem cedo hoje. - Carolina virou minha cadeira para que eu ficasse de frente para ela e se apoiou nos meus encostos de braços. - Algum motivo especial? - Ela estava usando um cropped e uma calça de alfaiataria justa e de cós alto, ambos pretos, nos pés ela usava um salto preto. Foi impossível não olhar para os seios dela, estavam bem na direção do meu olhar.

- AHHHHH COMO EU AMO PEITOS!!!!! - Gritei internamente. - Fernanda, foco! Responde ela. - Mentalmente me chamei atenção.

- E-eu tinha umas coisas para fazer. - Respondi.

- Humm... Vamos na minha sala. - Ela se aproximou do meu ouvido. - Que tal usar sua criatividade com a corda que eu tenho no meu escritório.

- N-no horário de trabalho?

- Por que diabos eu estou gaguejando tanto? - Pensei.

- Até a hora do almoço. - Ela me puxou para que eu levantasse e a seguisse.

Carolina ia desfilando na frente, me puxando pelo braço, enquanto a seguia e alternava o olhar em olhar para frente e olhar para sua bunda sem a menor falta de decoro. Passamos pela porta e ela fechou, me empurrou de leve para me sentar na sua cadeira, que acabou correndo um pouco para trás comigo. Ela então abriu a segunda gaveta de sua mesa, que tinha chave, ela tirou a corda vermelha de lá e jogou em mim.

- Seja criativa. - Sentou-se na mesa e mordeu seu lábio inferior, enquanto me encarava.

- ... - Peguei a corda e engoli a seco. - Humm... Você tem um blazer?

- É o que compõe meu look. - Ela deu uma piscadela.

- Ahhhhhhhhhhh! - Soltei um gritinho interno.

- Então você vai ter que usá-lo até a hora do almoço ou, até a hora que eu decidir te soltar. - Levantei da cadeira e fiz um alto som com a corda, depois me aproximei dela e parei bem na sua frente.

- Mestre... - Ela tocou no meu pescoço de leve e foi descendo o toque, até parar no meu pulso. - Eu quero ser amarrada.

Minha respiração ficou até um pouco mais ofegante, aquele tom de voz, os lábios vermelhos e aquele olhar de submissão. Fui ajeitando a corda pacientemente e ela me fazia leves carinhos com as mãos, quase como um gato querendo atenção.

- Tire os sapatos. - Ordenei e assim ela fez. Então a puxei da mesa pela cintura com um pouco de violência, mas eu a segurei para que não caísse ou se desiquilibrasse. - Tire a blusa. - Ela tirou e por um breve momento ela desviou o olhar do meu. - Olha para mim. - Segurei o queixo dela para que ela me olhasse. - Enquanto estiver jogando comigo seu olhar deve ser apenas meu, entendeu. - Ela concordou com a cabeça. - Eu não ouvi a sua resposta.

- Sim, mestra.

- Agora... - A virei de costas. - Se você for uma menina má, eu vou tirar suas calças e usar meu chicote em você mais tarde. - Dei um rápido sorriso e por fim eu iniciei a amarração.

Eu iria unir o útil ao agradável, faria uma amarração de peito (exemplo da amarração é a foto de capa), quando eu vi essa amarração num site gringo, eu automaticamente senti vontade para fazer em Carolina, com certeza ficaria lindo nela. A cada nó e volta, eu podia ver a respiração de Carolina ficar ofegante.

- Verde. - Ela pediu quando eu passei a corda na parte de baixo dos seus seios. Eu não queria apertar muito porque isso poderia deixar ela se sentindo mal, então apertei só mais um pouco. - Verde!

- Não. Eu sou a mestra aqui, dessa forma está bom. - Falei. As vezes nem eu mesma me reconhecia falando com esse tom.

- Sim, mestra.

Fui terminando a amarração e ela ficou linda, me senti muito orgulhosa, a corda estava um pouco apertada, mas não muito, eu queria tirar uma foto, mas eu não podia. Me afastei e fiquei encarando por um longo tempo tentando tirar o máximo de fotos mentais possíveis.

- Não deixe ninguém ver, eu volto na hora do almoço.

Quando a reunião acabou, eu tentei me controlar para não correr até a sala dela, a Fernanda insegura estava de volta e eu não sabia como agir, mas antes de tomar qualquer atitude eu apenas sentei na minha cadeira, respirei fundo e pensei no que um dominador de verdade faria, talvez ele a pegasse pelo braço e a levasse para algum lugar, mas eu não podia fazer isso, talvez eu não precisasse, bastava ir à sala dela e soltá-la.

- Vou almoçar! - Avisei a minha equipe. Me levantei da cadeira com a minha mochila.

- Eu vou com você. - Emerson falou.

- Hoje eu vou almoçar com meu irmão. - Respondi rapidamente enquanto me afastava. Bati três vezes na porta dela. - Sou eu, Fernanda. Você me chamou aqui. - Falei antes que ela respondesse. Não demorou para ela destrancar a porta e me dar passagem. Fechei rapidamente a porta atrás de mim e tranquei. - Tira o blazer! - Ordenei.

- ... - Ela mordeu os lábios enquanto tirava o blazer, provavelmente o movimento a fazia sentir as cordas.

- Vou te soltar agora e nosso jogo vai terminar. - Eu ia puxar para soltar a corda e percebi que ela não estava olhando para mim. - O que eu falei sobre olhar apenas para mim. - Segurei seu rosto com um pouco mais de brutalidade para ela me olhar. - Por que está tão envergonhada? É por que está excitada e não quer que eu perceba? - Obvio que eu sabia que ela estava excitada, ela gostava daquilo.

- Eu... ainda estou excitada, mestra.

- Ainda? - Arqueei uma das sobrancelhas.

- Sim, mesmo depois de ter... - Ela se aproximou do meu ouvido para falar como se fosse um segredo. - Me masturbado pensando em você.

- Se mantem firmeeeee sua virjonaaaaaa. - Surtei internamente tentando não demonstrar que minhas pernas estavam tremendo.

- Quando eu soltar as cordas o jogo vai acabar. - Falei e ela concordou. Eu soltei a corda e vi a amarração ficando frouxa e se desfazendo aos poucos. Com isso eu ia vendo as marcas que foram deixadas e aquilo era muito sensual. - Uau... marcou bem a sua pele.

- Sim. - Ela pegou o celular e tirou uma selfie. - Gosto de ter o registro. - Carolina vestiu uma blusa social verde escura de seda e colocou a parte da frente por dentro da calça, aquela blusa esconderia as marcas da corda. - Vamos almoçar. - Ela pegou a bolsa.

- Juntas?

- Não, separadas. - Revirou os olhos. - Claro que juntas, Fernanda. As vezes parece que você me evita.

- Não, é que as pessoas podem comentar.

- Comentar nós duas descendo juntas de elevador? Você é mais paranoica que eu. - Ela riu.

- É só que... deixa pra lá. - Desisti de falar sobre aquilo.

- Eu tenho uma coisa para te perguntar. - Carolina segurou a maçaneta, mas não destrancou. - Quando vamos transar de novo? Já faz duas semanas e você nunca mais chegou em mim, mesmo quando eu estou apenas de calcinha no seu colo.

- Ah... quando você fica se esfregando em mim de calcinha e sutiã é porque você quer transar e não tá daquela forma porque está fazendo muito calor no Rio de Janeiro? - Falei chocada.

Dominando minha chefe (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora