Capítulo trinta e sete

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Com a chegada do carnaval a cidade estava cheia e animada, todo mundo conhece o carnaval do Rio. Carolina me avisou que iríamos a uma festa a fantasia no clube que ela é sócia. Ela perguntou qual fantasia eu iria usar, então eu disse que iria fantasiada de Gambit, do X-Men, para ir combinando ela disse que iria fantasiada de Vampira.

- Eu te encontro a noite. – Carolina me deu um beijo.

- Aonde você vai? – Tirei meus fones.

- Vou no ... – Eu acabei não ouvindo o que ela estava falando porque eu estava quase morrendo no jogo.

- Desgraçado! – Falei com o boneco que me matou.

- Você me ouviu Fernanda?

- Sim.

- Então eu já estou indo, até mais tarde.

- Tudo bem. – Voltei a prestar atenção no jogo.

- Não esquece que você precisa estar pronta antes das oito. – Carolina me deu mais um beijo. – Não é para ficar jogando o dia todo.

- Eu não vou.

- Te amo.

- Também te amo.

Basicamente para resumir a situação, desde que vim passar três noites na casa da Carolina, essas três noites viraram três semanas e agora estou a um mês aqui, acho que me acomodei fácil e parece que ela também. Não chegamos a conversar sobre dividir as despesas, até porque nem se eu quisesse eu conseguiria pagar metade desse lugar, mas sim, eu queria ajudar.

- Finalmente uma vitória depois de várias derrotas. – Me espreguicei na cadeira.

- Eu preciso estar pronta antes das oito? – Comecei a pensar na última coisa que Carolina falou. – Vamos jantar hoje? – Peguei o celular para ver qual era o evento de hoje. – A festa é hoje! – Saltei da cadeira. – Caralho, eu nem comprei a roupa do Gambit! Ai meu Deus, a Carolina vai me matar. – Comecei a andar de um lado para o outro. – O que eu faço agora... pensa sua lesada, pensa! Eu posso ir de... – Corri para o guarda-roupas e fui ver o que daria para fazer. – Ela vai me matar com toda certeza. – Falei assim que avistei a única roupa que seria possível fazer uma fantasia.

Quando Carolina chegou, ela estava deslumbrante, perfeita naquele colã verde e amarelo da Vampira, com as botas amarelas de cano alto, com as mechas brancas na frente e com os cabelos castanhos, acredito que tenha usado algo que quando lavar vai sair. Ela estava perfeita, a fantasia sexual da minha adolescência estava ali na minha frente e eu bom, pela cara de decepção dela, com certeza não sou nenhuma fantasia sexual dela, nem aqui e em nenhum dos multiversos.

- Você é o dono da Havan? – Ela arqueou a sobrancelha.

- Não, eu sou o professor Xavier.

- Cadê sua fantasia de Gambit, Fernanda?

- Bom... ela está na loja, porque eu esqueci de comprar.

- Você montou essa fantasia hoje?

- Mais ou menos.

- Como você fez essa careca em horas?

- Na verdade foi em trinta minutos vendo vídeo do youtube. Demorou mais para passar a base, mas eu prometo que vou te comprar uma nova.

- ... – Carolina soltou um longo suspiro e por fim começou a rir. – Eu não acredito nisso. Até que a careca está boa, mas qual a desculpa para você estar andando?

- Você está fazendo minhas pernas mexerem com seu poder de telecinese que você roubou da Jean Grey.

- Você pensou em tudo, não é mesmo?

Dominando minha chefe (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora