Capítulo Dezesseis

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Mais um capítulo para alegrar o final de semana de vocês <3
Eu fiz mais dois post hoje no instagram (Link na bio) revelando a aparência da Jéssica e do Vitor. Corre lá para conferir

Não se esqueçam de comentar, curtir e compartilhar.

Cheguei no clube por volta de meia noite e meia, meu intuito nem era jogar com a Jéssica, na verdade eu não sabia meu intuito, eu apenas fui. Eu nunca fui de ir a festas ou estar em locais cheios, eu detestava na real, principalmente sozinha, comecei a me sentir ansiosa quando não achei Jéssica, mesmo depois de ter enviado mensagem e até mesmo ligado.

- Oi poderia me dar algo alcoólico? – Falei com o barman.

- 90% desse bar é alcoólico, pode ser mais específica? – Ele deu uma risadinha.

- Algo doce e com pouco álcool.

Decidi que aquela noite eu iria experimentar algo diferente, eu não gostava de beber porque me fazia perder o controle de como eu agia e eu não gosto de me sentir exposta ou que meus pensamentos saiam da minha cabeça.

- Pronto, docinho como mel. – Ele pegou meu cartão comanda, uma espécie de cartão que fica atrelado todos meus gastos e depois no fim eu pago.

- Veremos. – Tomei o primeiro gole e foi muito estranho, mas não era algo ruim. O segundo e no terceiro eu já tinha me acostumado.

- Caraí, bonzão... – Pensei quando terminei.

- Eu quero mais um. A propósito qual nome dessa bebida? – A música estava alta, então eu acabei gritando.

- Sexy ... the ... – Ele respondeu, mas pela música alta eu só ouvi o sexo em algum lugar. – Prontinho. – Ele ne serviu.

O drink era colorido e gostoso, eu ainda estava ansiosa e nervosa por estar sozinha naquele lugar, então acabei pegando o celular e mandando mensagem para o meu irmão.

"Eu vim sozinha no clube." – Fernanda.

"Mulher... Sua louca... Manda foto." – Vitor.

Fiz uma pose de selfie com meu drink e enviei para ele. Eu realmente sou muito sortuda por ter um ótimo irmão que também é meu melhor amigo. Eu disse que estava me sentindo sozinha e ele disse que estava tudo bem se eu quisesse ir embora, mas que talvez eu pudesse conversar com alguém, que isso poderia me abrir portas.

"Se você não chegar nelas, provavelmente elas não vão chegar em você. A maioria das mulheres querem que você descubra por telepatia que elas te querem." – Vitor.

"Mas provavelmente elas vão dizer não." – Fernanda.

"Tem um monte de mulher aí, se uma disser não, tudo bem, parte para outra. Você está gata, tenho certeza de que não primeira que você chegar vai dizer que sim... Se arrisca gata..." – Vitor.

"Vou tentar." – Fernanda.

"Se for para outro lugar com alguém me manda a foto da pessoa, o nome e para onde vai, senão eu vou dar nessa sua cara branquela." – Vitor.

"Pode deixar, eu não faço sexo casual." – Fernanda.

- Moço... Mais um desses... Eu preciso ganhar coragem.

Avistei em quem eu chegaria, era uma mulher, com algumas amigas, eu realmente me sentia meio intimidada por muitas mulheres juntas, mas eu tentaria. Comecei a seguir na direção dela e foi então que eu comecei a me sentir meio diferente. O drink docinho que mal parecia ter álcool começou a me deixar com a visão turva, eu sentia quase como se tivesse em outra dimensão e me arrependi de ter bebido todos esses drinks sem pensar.

- Desculpa. – Eu tinha esbarrado em alguém e apenas continuei andando entre as pessoas, até chegar na mulher. Parei na frente dela e ela ficou me encarando.

- Fala alguma coisa Fernanda... FALA ALGUMA COISA...

- ... – Minha boca parecia travada, eu estava com o copo nas mãos, então eu acabei colocando o canudo na boca e bebendo um pouco mais. A mulher me olhava assustada. – Oi! – Falei mais animada do que deveria.

- Ham... Oi. – Ela respondeu sem entender. – Você está bem?

- Não muito, meu pai foi agredido por bandidos e a mulher que eu gostava me largou por um cara babaca, mas gostosão, e você?

- Eu... Estou bem. – Ela me encarava sem entender.

- Essa bebida é boa, você quer? – Aproximei o copo.

- Ah não, valeu. – Ela deu uma risadinha. – Você está sozinha?

- Sim, estou. Na verdade, eu não tenho muitos amigos... Meu irmão é meu melhor amigo.

- Coitadinha. Pode ficar com a gente, vem. – Ela segurou minha mão e me puxou para perto das outras amigas. – Meninas ela está sozinha e o pai dela foi agredido por bandidos. Sem contar que a mulher que ela gostava trocou ela.

- Aí tadinha. – As mulheres de juntaram em volta de mim.

Elas me levaram com elas para todos os lugares a noite toda, eu até bebi mais drinks e minha cabeça já estava até girando, quando em algum momento eu me sentei em algum lugar por ali.

- Amiga, vamos embora. – A mulher, que se chamava Giselle, me ajudou a levantar. - Você consegue chamar um Uber?

- Não sei... Cadê meu celular? – Comecei a tatear os bolsos.

- Amiga, está na sua mão. – Ela começou a rir. – Vamos.

Seguimos para fila de pagamento, Giselle pagou o dela e ficou me esperando, ela era muito legal, uma pena eu ter sido uma lerdona e não ter beijado ela. A conta deu mais de trezentos reais e eu estava surtando, verifiquei a comanda diversas vezes e foi então que eu percebi que o drink custava quarenta reais cada um deles e eu tinha tomado oito.

- MEU DEUS!!!! ESSE ANO NÃO VAI TER NATAL PORQUE EU JÁ FIZ A MINHA CEIA NESSE LUGAR!! – Soltei gritos internos.

- Elas estão ali. – Giselle e as amigas iam para o mesmo lugar. – Estamos indo para campo longe ou melhor, campo grande. – Ela riu.

- Minha mãe mora lá. – Pontuei. O celular estava todo embaçado, eu quase não conseguia ler, coloquei a mão no rosto e não senti meus óculos. – CADÊ MEUS ÓCULOS!! – Falei desesperada.

- Você tirou e colocou na sua blusa, aqui. – Ela deu uma risadinha e me ajudou. – Você é muito engraçada, Fernanda. Eu adorei te conhecer, no início pensei que você ia pedir para ficar comigo.

- Eu ia. – Falei enquanto mexia no celular, mas o problema não eram os óculos e sim a bebida. – Irmão... Onde a gente mora? – Mandei áudio para o Vitor, a voz saiu mais alta que o normal.

- Então por que não beijou? – Eu desviei o olhar do celular.

- Eu posso mesmo? – Falei animada.

Ela se aproximou, com seus longos cabelos cacheados, pele negra e um sorriso lindo, roçou seus lábios nos meus de leve e por fim enfiou sua língua na minha boca, meu corpo se arrepiou em resposta, e minha mente estava muito lerda, mas no momento em que me dei conta, comecei a guiar o beijo.

- É isso, porra!! Agora eu vou beijar todo mundooooo! Ninguém mais me tanka.

O beijo não durou muito porque ela teve que ir embora e eu realmente não lembrava onde era minha casa e mal estava conseguindo ler no celular os endereços. Minhas pernas começaram a ficar meio molengas e eu queria chorar. Então eu fui para um cantinho e me abaixei, estava tentando me sentir melhor.

- Se eu não lembrar onde é minha casa eu vou ter que morar na rua. As pessoas vão achar que eu sou drogada quando eu for pedir ajuda... Minha família vai sofrer achando que eu morri. – Comecei a pensar muitas coisas e algumas lágrimas começaram a cair. Meu telefone começou a tocar e eu atendi.

- Alô... Eu estou perdida.

- Pensei que você não bebesse? – Carolina apareceu na minha frente, ela estava com o celular na mão.

- Moça, me ajuda a chegar em casa. – Pedi.

Dominando minha chefe (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora