Capítulo vinte e dois

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Cheguei antes do previsto u.u Espero que gostem... Continuem comentando e hablando nos comentários, compartilhem e me sigam nos Instagram (link na bio) que eu volto sexyta feira ;)

Eu estava sentada no canto oposto da banheira, abraçada com meus joelhos, enquanto ficava assoprando as espumas. Eu chorei por um breve momento, meu medo era dela falar algo, me odiar ou descobrir que eu sou estranha fisicamente nua.

- Você vai ficar longe de mim a noite toda? – Ela perguntou.

- Eu... estou com vergonha e me sentindo péssima.

- Por quê? – Ela se aproximou de mim, ficando de frente. – Fernanda, você é linda.

- Você só está falando isso para me agradar.

- É obvio que não. Eu sinceramente também estou me sentindo mal, eu não queria ter visto seu corpo nessas circunstancias, eu queria que você se sentisse confortável e me mostrasse sozinha. Eu não tenho como apagar o que eu vi da minha memória, ainda mais porque é algo que eu gostei, mas eu realmente sinto muito, eu nem percebi que tinha um espelho ali. – Carolina segurou minhas mãos. – Eu queria sentar entre as suas pernas e ganhar um abraço, será que eu posso?

- Você vai se sentir confortável fazendo isso? Você sabe que eu estou pelada.

- Nossa você toma banho pelada? Que safadinha. – Carolina brincou. Ela ficou de costas e se aproximou lentamente, até ficar entre as minhas pernas e eu abraçá-la.

Apoiei meu queixo em seu ombro e ficamos daquela forma, conversando por um longo tempo. Decidimos sair quando a água começou a esfriar, ficamos na cama deitadas e conversando, rindo e isso era tão gostoso, me lembrou exatamente quando passávamos as primeiras semanas.

- Eu tenho um presente de Natal para você. – Carolina me entregou uma linda caixa com fitas.

- Ah, não precisava. – Falei sem graça. – Eu comprei uma lembrancinha para você e você me deu em uma caixa toda chique.

- Mas eu não comprei pensando nisso. – Eu abri a caixa com cuidado e lá eu vi um iPhone de última geração. – Eu sinto muito, não posso aceitar. – Devolvi o presente.

- Você prefere Android? – Ela parecia ter ficado chateada.

- Não, eu ia amar e usar qualquer coisa que me desse, mas esse celular é muito caro.

- Mas você disse que precisava de celular e como você trabalha com tecnologia pensei que seria melhor te dar um bem moderno.

- Não é isso, esse celular custa sei lá dez mil...

- É presente, não tem preço.

- Eu não posso aceitar, isso é completamente fora do meu orçamento.

- Você prefere que eu te dê um celular mais barato?

- Não, eu prefiro que não me dê presentes caros. Eu vou me sentir em dívida.

- Você está exagerando.

- Lembra quando você surtou com um café e um bolinho? Aquilo foi exagero, isso aqui é ser racional.

- Eu não posso mais devolver, Fernanda. Ah quer saber, fica logo com ele e pronto, eu não vou aceitar de volta. – Ela levantou as mãos e saiu da cama. Geralmente quando ela queria que eu concordasse com algo, ela agia de maneira impaciente e saia de perto.

Levei um bom tempo para configurar o celular, parei apenas quando a comida chegou. Eu tirei algumas fotos para testar e realmente, ele era ótimo, mas eu ia sentir falta dos meus aplicativos grátis.

- Nossa que mesquinhos, praticamente tudo aqui é pago. Até o word é pago, como vou escrever minhas ideias?

- Você escreve? Deixa eu ver?

- São apenas ideias.

- Hum... Ou será que são ideias pornográficas?

- Claro que não. – Falei nervosa.

- Você escreve pornozinho de bonequinha 2d? Deixa eu ver.

- NÃO! - Sai de perto dela, estava com vergonha. Eu não escrevia nada demais, mas eu tinha vergonha das pessoas lerem o que eu escrevia.

Carolina começou a rir, mas logo ela parou de implicar comigo, depois de comer, ver algo na TV e avisar meu irmão que eu iria passar a noite com Carolina, fomos nos deitar de conchinha para dormir.

- Nanda... – A voz de Carolina, um pouquinho mais grave pelo sono, me despertou.

- Hum?

- Eu queria ter falado isso mais cedo, mas eu fiquei com medo de te constranger.

- O quê? – Deitei de frente. Eu estava sendo a conchinha menor, na verdade eu até preferia ser.

- Quando estávamos na banheira e eu me sentei entre as suas pernas, seus peitos tocaram minhas costas de um jeito muito sensual e eu fiquei com tesão.

- Aí que vergonha. – Coloquei minhas mãos no rosto.

- É por isso que eu não queria falar. – Ela riu, mas logo em seguida ela retirou minhas mãos do meu rosto. – Podemos fazer isso mais vezes?

- O quê?

- Tomar banho juntas.

- Eu acho que sim.

- Amanhã eu vou te convidar e se você se sentir confortável você aceita, se não, tudo bem. – Apenas concordei. – Vamos dormir que amanhã você tem um cronograma apertado e eu não quero atrapalhar. – Fiquei de costas novamente e ela me abraçou.

- Se você não estiver com um cronograma, você pode ir com a gente.

- Seu irmão e a Jéssica não vai se chatear?

- Claro que não.

- Até porque você transou com ela.

- Sim, mas ela não vai ligar.

- Então você transou mesmo com ela? – Carolina apoiou o braço na cama para ficar um pouco mais alta e me olhar.

Carolina era ardilosa, esperou um momento de descuido para que eu soltasse sem perceber. Durante o café da manhã eu fiquei calada, ela estava ao meu lado, nossa frente estavam Vitor e Jéssica, ambos de óculos escuros, provavelmente porque beberam todas noite passada.

- Como foi a noite vocês? – Carolina perguntou.

- Boa. – Jéssica respondeu.

- Eu estou acabado. – Vitor massageou as têmporas. – Quase desisti de ir ver a escultura da mão hoje.

- Se quiserem descansar podemos ir amanhã. – Falei.

- Pelos planos do cronograma, eu vi que vocês tinham um dia sobrando. – Carolina falou.

- É que nós queremos aproveitar a virada do dia 31 numa festa e descansar dia primeiro. – Respondi.

- Ah faz sentido.

No fim fomos todos ver a escultura da mão, Vitor e Jéssica eram praticamente zumbis, Carolina por sua vez parecia animada, mesmo tendo dito que já havia visto aquela escultura algumas vezes quando veio a Punta.

- Você está chateada? – Perguntei a Jéssica enquanto Carolina e Vitor tinham ido comprar lembranças.

- Sim e não.

- Eu juro que não sabia.

- Eu sei que não, se soubesse não teria transado comigo.

- É, eu não sou esse tipo de pessoa. Eu sinto muito.

- Na verdade foi melhor assim, seria pior passar a semana inteira com você e depois você ir correndo para ela. – Jéssica parecia muito decepcionada.

- Jéssica, você realmente queria ter um relacionamento comigo?

Dominando minha chefe (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora