Capítulo Dez

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Vocês comentaram bastante no cap anterior e ai eu resolvi postar logo essse... 
Continuem assim. < 3

- CADÊ VOCÊ? – Eu tive até que afastar o celular do ouvido.

- Eu estou no...

Jéssica tomou meu celular.

- Já se passaram onze minutos, querida. E? – Ela estava rindo. – Ah o contrato... – Ela tirou o celular do ouvido. – Você pode adicionar uma cláusula de passe livre. – Ouvi uma batida forte na porta e Jéssica desligou o celular. – Ela encontrou a gente muito rápido. Depois você me agradece. – Jéssica destrancou a porta e Carolina passou como um furacão. – Farejou bem. – Jéssica começou a rir e eu não consegui segurar minha risada.

- Pensei que você fosse jogar com seu amigo. – Acabei soltando.

- Você pode nos dar licença, querida? – Falou com um tom de deboche.

- Claro, querida. Te vejo em casa. – Jéssica se aproximou e deu um beijo bem no canto da minha boca.

Carolina fechou a porta com um pouco de força e trancou, ela pendurou sua bolsa, depois desligou o celular e tirou os brincos.

- Você tem muita audácia. Eu disse que não gosto de dividir, temos uma cláusula sobre isso, você simplesmente não pode sair quebrando o contrato.

- Eu sei...

- Você não parece que sabe. Você está me testando?

- Não, claro que não. Por que você está agindo assim? Você está me ignorando a duas semanas, além de me ignorar a noite inteira. – Pronto, eu acabei falando. Não devia falar nada, não era um relacionamento, então não devia ter cobranças, mas ali estava eu cobrando a ela.

- Eu sou uma pessoa ocupada, não posso ficar o tempo inteiro com você.

- Eu sei. – Foi tudo que eu respondi. Estava começando a ficar irritada. – Talvez eu ande muito desocupada. – Soltei um suspiro. – Quer saber... – Peguei a corda. – Por que não paramos com essa discussão idiota e vamos logo ao que interessa.

- Você está de brincadeira comigo? Você quer jogar agora?

- O que você quer fazer? Tranças no meu cabelo?

- Eu quero resolver a porra dessa situação. – Ela se levantou e ficou de frente para mim.

- O que temos para resolver?

- Você agindo com ciúmes.

- Eu com ciúmes? De que? Do Christian Grey ítalo-brasileiro?

- De quem? – Ela falou sem entender.

- Você que estava com ciúmes quando quase derrubou a porta.

- Eu só bati normal.

- Ainda bem que essa porta é a prova de pancadas.

- Você devia controlar seus ciúmes, você não é minha namorada.

- Você deveria controlar sua possessão, você não é minha dona. Se eu quiser jogar com outras pessoas, eu vou. Até porque eu gosto de atenção e a Jéssica sabe bem como me deixar entretida.

O que diabos eu estava falando? Por que eu estava agindo assim? Eu nunca fiz nada do gênero, nem falei algo assim antes, mesmo com ciúmes. Não era de expressar ou dizer o que sentia, geralmente eu guardava e chorava no banho.

- Desculpa ter atrapalhado vocês, sua babaca de merda. – Ela caminhou até a bolsa e ia abrir a porta.

- Eu sou a babaca aqui? – Eu a impedi de sair segurando a porta. Talvez mais bruta que eu esperava.

Dominando minha chefe (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora