Capítulo Trinta e dois

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Olá, eu ia postar apenas segunda, mas resolvi antecipar devido a alguns acontecimentos.
Primeiro quero dizer que o livro deve ser lançado na Amazon entre dia 22/04 a 24/04, também vai acontecer um sorteio de Dois E-books diretamente no meu perfil do instagram (link na bio) e outros sorteios dos meus livros já lançados (que não estão no wattpad) durante essas próximas 4 semanas.
Espero que estejam gostando e comentem sobre o que estão achando, não esqueçam de compartilhar com quem vcs gostam, porque coisa boa a gente divide. Amo vocês <3

Quando meu irmão veio até nós, eu abracei apertado, estava com saudades e ele retribuiu da mesma forma. Aline falou com todos, exceto com Carolina, o que era bem compreensível, já os dois irmãos de Carolina foram para cima de Jéssica como se ela fosse a última gota de água do deserto. A cerimônia começou pouco depois, todos devidamente em seus lugares e observando o juiz de paz falar e falar. Carolina durante os votos do pai revirou os olhos umas dez vezes e eu apenas observava.

- Vamos, eu quero beber. – Carolina entrelaçou nossos dedos e me levou para o bar. – Eu vou querer um Martine. – Ela pediu.

- Eu vou querer um sexy in the city.

- A série de TV? – Ela franziu o cenho em confusão.

- Não, a bebida.

- Ah... Sexy on the Beach. – Ela falou. – Tem certeza que vai beber? A bonita sabe que passa mal e fica de ressaca.

- Só um.

Pegamos os drinks e ela disse que iria dar uma volta para socializar com os parentes, perguntou se eu queria ir ou preferia ficar com meu irmão. Eu decidi que ficaria com meu irmão, já que Jéssica estava tendo que dividir a atenção com dois dos irmãos de Carolina.

- Você não quer beber nada? – Meu irmão perguntou a Aline.

- Não, por causa dos remédios.

- Ah sim, verdade. Acha que ele vai falar algo?

- Com certeza, ele deve tá de roendo por dentro, já que você não é um homem de verdade.

- Que desgraçada transfóbica de merda! – Pensei.

- Oi irmão. – Eu toquei no ombro.

- Oi Fernanda, pode fazer companhia para a Aline? Eu vou pegar algo para beber.

- Não! Eu não quero nem que ela exista no mesmo planeta que eu. É um desperdício ter que dividir meu oxigênio com essa pessoa... Por mim ela e o Andrea iam pra lua e se explodiam. – Eu respirei fundo.

- Claro. – Respondi com um breve sorriso.

Vitor saiu a passos largos e aquilo fez com que eu me questionasse porque ele era amigo daquela mulher, ela parecia ser tão asquerosa quanto o Andrea.

- Qual é a sua com meu irmão? – Eu não consegui me aguentar.

- Eu não... Entendi sua pergunta.

- Eu não sei o que para você define um homem de verdade, mas sinceramente, meu irmão é esse homem. Porque eu sei que ele nunca trairia a mãe do filho dele, ainda mais numa posição tão frágil quanto ela estava, ele jamais deixaria o filho dele desamparado, mesmo se houvesse um divórcio. Meu irmão, é um homem de verdade em todos os sentidos e sinceramente, você não o merece, não merece nem a amizade dele. Tenho certeza que ainda está se perguntando o que você fez para eu estar falando todas essas coisas e é exatamente por se perguntar isso que eu estou falando. – Virei minha bebida de uma vez. – O Vitor é um homem adulto, ele é capaz de tomar decisões e sabe quem deve ou não ficar na vida dele, mas no que depender de mim, eu quero você fora da vida dele, de todas as formas. Foram longos anos lutando para ele conseguir ser quem ele é hoje e se amar, eu não vou deixar você destruir isso. Ah e pode contar para ele exatamente o que eu falei, sei que meu irmão é sensato. – Virei para sair de perto dela, porque eu estava ficando muito irritada e dei de cara com Carolina me olhando de olhos arregalados. – Você vem?

- Ham... Eu preciso conversar com a Aline. Te encontro daqui a pouco. – Ela me deu um selinho. – Respira. – Sussurrou.

Sai a passos largos e fui para um lugar vago, bebi água, mas eu estava muito irritada, ainda mais por Vitor se permitir a ficar perto de alguém assim. Ele era o próximo que eu iria conversar, procurei por ele olhando pelo local e o avistei conversando com uma mulher, então não ia atrapalhá-lo.

- Está se divertindo? – A voz grossa e o som da cadeira arranhando no chão, fez minha nuca ficar arrepiada, quase como um gato fica quando está com medo.

- Sim, senhor. Parabéns pelo casamento.

- Obrigado. Me surpreendeu um pouco ela trazer você. – Ele cruzou as pernas e se encostou na cadeira. – Mas acredito que você tenha sido um dos motivos dela ter se sentindo confortável em vir.

- Acho que não foi por minha causa e sim por causa das ameaças dele. – Pensei.

- Acredito que ela ficou feliz em ver os irmãos.

- Pelo menos dois deles.

- Deve ter ficado muito nervosa quando ela disse que viriam para uma festa de família. Não é uma pergunta. – Ele me impediu de falar. – Eu no seu lugar também estaria nervoso, conhecer a família rica da minha namorada, eu ia estar tremendo de medo.

- Eu vim tremendo a viagem toda, acho que não tem mais tremedeiras reservas. – Pensei.

- Acho que minha filha realmente gosta de você, mas a questão é... Será que eu gosto de você?

- Como vai gostar ou não se ele nem me conhece.

- Puxei sua ficha, não tem muita coisa, sua família também não tem nada, só uma casa na zona oeste. Seu irmão, nasceu mulher e fez transição... Carolina sempre gostou de andar com os diferentões, então não estranhei muito.

- Mas essa não é minha ficha. – Falei.

- Não?

- Isso são coisas triviais, saber quem eu sou leva tempo e só assim dá para saber se vai gostar de mim ou não.

- Eu concordo com isso, por isso um ponto importante para que eu goste de você é te conhecer, mas para conhecer eu preciso que minha filha volte ao círculo familiar. Você vai ficar responsável por isso.

- Entendi... – De longe avistei Carolina vindo na minha direção, ajeitei meu óculos com o dedo indicador da mão esquerda e dei um breve sorriso. – Acho que se essa conversa acontecesse a sei lá quatro meses atrás, eu faria de tudo para consertar a relação de vocês, mas isso não é responsabilidade minha, não posso consertar o que eu não quebrei e nem sei exatamente como se quebrou. – Me coloquei de pé. – Eu quero que goste de mim e saiba que eu quero fazer sua filha feliz, mas não vou ficar tentando comprar isso com favores ou fazendo o que você quer, quero que seja natural e verdadeiro. Mais uma vez, parabéns pelo casamento. – Me afastei dele e fui em direção a Carolina. – Quer dançar comigo?

- O que meu pai falou?

- Nada demais.

- Tem certeza?

- Absoluta.

- É que ele está te encarando.

- Está tudo bem. – Sorri para ela. – Só me prometa que se eu morrer de uma forma suspeita durante a madrugada, você vai mandar investigar o Hitman.

- Quem é Hitman?

- Seu pai.

Dominando minha chefe (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora