Capítulo Seis

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Carolina me visitou mais vezes, vez ou outra ela parecia chateada ou triste, mas nunca me dizia o que era. Por mais curiosa que eu estivesse eu respeitava seu momento. Realmente percebi que ela não gostava de filmes, geralmente dormia ou ficava no celular.

- Estou com dor de cabeça. – Ela me entregou as bolsas e entrou. – Eu trouxe japonês.

- Vo-você quer um remédio? – Eu ainda estava me acostumando esse jeito dela.

- Não, eu já tomei. Seu irmão está em casa?

- Não, ele saiu com uma das ficantes dele. – Comecei ajeitar as coisas.

- Você não sai?

- As vezes...

- Com outras mulheres?

- Ah... Bom, recentemente eu não tenho saído com ninguém.

- Recentemente... Que piada... Acho que já tem uns dois anos que não beijo ninguém. – Pensei.

- O que você quer ver hoje? – Ela ligou a TV. Eu gostava da forma que ela se sentia livre em mexer nas coisas da minha casa, isso me dava a impressão de que ela se sentia confortável na minha presença.

- Não quer ir para o quarto depois? – Não tinha nada de maldoso nisso, ela simplesmente vinha para cá depois do trabalho dormir e admito que eu adorava isso.

- Essas sonecas noturnas estão acabando com meus horários. – Ela reclamou, mas se você quiser podemos nos deitar.

- Podemos ficar aqui também. – Acabei rindo.

Comemos e fomos nos deitar, claro que ela não recusou, pouco depois pude ouvir sua respiração pesada contra meu pescoço. Era quase como viver um sonho, mesmo eu me sentindo insegura o tempo inteiro ao lado dela.

- Eu não estou dormindo. – Ela falou sonolenta duas horas depois, provavelmente havia acabado de acordar. – É estranho estar com fome?

- Não, dormir da fome e comer da sono. – Dei uma risada.

- Eu concordo. – Senti ela roçar o nariz no meu pescoço.

- ... – Tentei me acalmar, meus pelos começaram a se arrepiar. – A-acho que seria melhor... Você comer algo.

- O que eu quero não posso comer agora. – Senti seus lábios roçarem no meu pescoço.

- AHHHHHHH! – Gritei internamente.

- Eu posso preparar. – Tentei mudar de assunto. Nós nem tínhamos nos beijado ainda. Na verdade, eu nem sei exatamente que tipo de relacionamento é esse.

- Você sabe fazer croque madame? – Ela levantou a cabeça e me encarou profundamente.

- Será que isso é alguma posição sexual? – Estava tentando não demonstrar minha inexperiência e meu nervosismo. – Eu vou fingir que vou no banheiro e vou pesquisar.

- Eu preciso ir ao banheiro. – Levantei rapidamente e cheguei ao banheiro.

Comecei a pesquisar no Google o que era, foi então que vi que era algo literalmente de comer. Fechei meus olhos e me senti muito burra, além de me sentir uma pessoa muito maldosa. Carolina era naturalmente uma mulher sexy, além de ser intimidadora e muito decidida, minha mente de um adolescente virgem de dezesseis anos estava sexualizando tudo que ela fazia e falava e a culpa era totalmente minha. A mulher estava claramente sendo inocente e provavelmente não estava vindo aqui por nenhum motivo além da vontade de me conhecer, como eu havia sugerido anteriormente.

- Eu não sei fazer esse croque aí que você quer. – Ela estava sentada na cama, estava fazendo um coque frouxo.

- Desconfiei. – Ela riu. – Eu vou embora, já está tarde. Como está sua mão?

Dominando minha chefe (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora