Subimos as escadas com pressa, rapidamente ela abriu a porta e assim que a fechou, Carolina me prensou contra a mesma e me beijou com muita voracidade. Os beijos dela desceram para o meu pescoço e num momento de tesão eu puxei aquela careca com tudo, já estava morta de calor e me recusava a transar com aquilo.
- Bem melhor. – Ela entrelaçou seus dedos em meus cabelos e puxou minha cabeça um pouco para trás. – Vem! – Pegou minha mão e me colocou sentada numa cadeira, que agora que eu havia reparado que estava no meio da sala. – Hoje sou eu quem vou jogar com você.
- Como assim? – Ela me empurrou na cadeira e eu caí sentada, rapidamente ela algemou minhas mãos atrás da cadeira. – Carolina eu não quero apanhar. – Falei com um pouco.
- Devia ter pensado nisso antes de ter ficado de gracinha com a Carla. – Ela andou até uma cômoda no canto da sala e retirou de lá um chicote. – Agora vamos as respostas.
- Eu estou falando sério. – Tentei me soltar.
- Você foi tomar sorvete com ela escondida, não foi?
- Não foi escondida... – Ela levantou o braço e desceu o chicote com força. – Ai! – Gritei, mas só depois que eu percebi que ela acertou a cadeira.
- Eu disse que não era para você ir sozinha.
- Bom, eu não fui sozinha, fui acompanhada dela.
- Se ela me acertar com aquilo, eu vou chorar. – Pensei e logo em seguida fechei os olhos esperando a chicotada.
A dor não aconteceu, o que aconteceu foi sentir Carolina sentando de frente no meu colo e puxa do meu cabelo para trás.
- Eu não gosto de você saindo com ela.
- Eu disse que eu tenho namorada, que a amo muito e que... estou morando com ela agora. – Por um breve momento eu vi os olhos de Carolina brilharem. Ela então me beijou docemente e quando terminamos o beijo, estava sorrindo.
- Eu não quis falar sobre isso, porque você as vezes demonstra medo dos avanços da nossa relação.
- Eu tenho muito medo de tudo acabar, porque eu não sei como eu vou te superar. Tudo isso, nós duas, a vida que construímos em meses, é muito mais intenso e real do que qualquer relacionamento que já tive na vida.
- Eu sinto isso também, mas não tenho medo de viver essa intensidade da maneira que ela deve ser vivida. – Carolina mordeu meu lábio inferior.
- Eu tenho algo para você no meu bolso direito.
- Espero que não seja um anel. – Carolina riu.
- Ihh fudeu. – Pensei nervosa.
- Calma... Então não olha.
- É um anel? – Ela colocou a mão mais rapidamente e retirou a caixinha. – Isso é um pedido de casamento? – Arqueou a sobrancelha.
- Não, claro que não. Estamos juntas a dois meses... Você me acharia louca. – Ri sem graça. – Isso é um pedido de noivado. Se eu não estivesse algemada e me tremendo de medo, talvez eu me ajoelhasse.
- Não é assim que as coisas funcionam para gente, não é mesmo? – Carolina riu. Ela abriu a caixa e tirou o anel de lá, era algo simples, um anel branco e um preto, tinham formato de dragão, na verdade eles representavam o banguela, dragão preto da animação Como treinar seu dragão e o branco era seu par romântico. – Fernanda... Você realmente quer isso, não quer?
- Claro. Eu acho que nunca imaginei que fosse querer tanto viver isso com alguém. – Ela me deu muitos beijinhos e disse sim várias e várias vezes. – Pode me soltar agora, por favor? – Carolina em meio aos risos me soltou e assim que senti meus braços livres, abracei sua cintura e a beijei docemente.
- Vamos para cama. – Ela me puxou. – Quero te chupar.
- Eu estou menstruada. – Falei em meio aos beijos. – Fiquei hoje.
- Que merda.
- Está tudo bem, eu ainda posso te comer. – Puxei ela para me beijar novamente.
- Eu também estou menstruada. – Revirou os olhos. – Parece que nossos ciclos resolveram sincronizar.
- O lado bom é que teremos três semanas, só vamos precisar vencer a ansiedade, os problemas do trabalho e o cansaço. – Brinquei e nós duas começamos a rir.
Como esperado a rotina diminuiu a frequência do sexo e dos jogos, e por mais medo que eu tivesse que isso pudesse afetar nosso relacionamento, mas claramente Carolina era ótima em ajustar nossas agendas para termos tempo de qualidade juntas.
- Benção. – Pedi a minha mãe assim que a vi na porta.
- Deus te abençoe. – Ela respondeu. -Onde está Carolina? – Olhou por cima do meu ombro.
- Ela está vindo, teve um pequeno atraso no trabalho, mas final de semana eu devo ajudá-la.
A questão toda é que todos ficaram muito estranhos com o nosso relacionamento e eu não estava me sentindo confortável em continuar na empresa, foi então que eu pedi demissão. Mais ou menos três meses e decidi iniciar minha empresa com Vitor, abrimos uma loja de produtos sexuais que também oferecia workshops de BDSM, meu irmão e Jéssica por serem os mais experientes faziam essa parte, eu apenas cuidava da parte da tecnologia. Depois de oito meses já conseguimos um investidor interessado em expandir nossa loja com produtos originais. O investidor é o Santiago, irmão mais Velho de Carolina e algo indefinido de Jéssica. Talvez os dois funcionem bem exatamente por isso, por não terem rótulos.
- Oi amor. – Carolina me deu um selinho. – Oi Sogra. – Abraçou minha mãe.
Eu sempre sentia meio estranha com ela me beijando na frente da minha mãe, mas eu não a impedia, até porque não éramos diferentes de qualquer outro casal e não estamos fazendo nada demais.
- O que precisa que eu faça? – Ela parou ao lado da minha mãe.
- Estou terminando, falta apenas a farofa.
- Eu estou ajudando também.
- Pontuei.
- Você provavelmente está apenas olhando, igual em casa. – Carolina riu.
Ela estava se sentindo em casa, depois de um tempo ela começou a vir com mais frequência visitar meus pais, mesmo sem que eu estivesse junto. A mulher que antes tentava barrar nosso relacionamento parecia agora querer que ele desse certo de todas as formas e isso era algo que estava me deixando tão feliz, só me dava mais certeza que Carolina é a mulher certa.
- Mãe, você sabia da novidade?
- Que novidade.
- Carolina e eu vamos casar ano que vem.
- Vamos? – Carolina largou o que estava fazendo para virar para trás e me encarar.
- Vamos. Vamos nos casar em Abril.
- Tudo bem. – Carolina voltou aos seus afazeres.
- É assim que vocês fazem as coisas? – Minha mãe perguntou surpresa.
- Sim. Acho que se fosse de outra forma não daria certo. – Dei uma risadinha. – Daqui a cinco meses, teremos um casamento.
- Nosso casamento. – Carolina me deu um selinho.
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Dominando minha chefe (Romance Lésbico)
RomansaFernanda recebe uma encomenda na empresa onde trabalha, mas dentro do pacote ela recebe diversos itens de BDSM, estaria tudo bem se ela estivesse sozinha no escritório, mas para o seu azar, ou sorte, sua chefe intimidadora, que também é sua crush, t...