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Park Jimin

Eu sei que depois de algum tempo sozinho refletindo, eu irei colocar toda essa merda para fora. Eu sou uma pessoa que se eu estiver com dor, porém ter uma pessoa com uma dor pior que a minha, eu vou esquecer a minha dor e tentar ajudar a curar a dor do meu próximo. Eu levo muito a sério esse lance de amar o próximo, porém não me arrependo disso.

Todos os meus sentimentos estão confusos. Eu queria abrir a cabeça do Taehyung e fazer ele entender que já é um homem adulto, e que ele não está sozinho nessa. Queria pegar a mão do meu chefe, fazer ele sentar numa cadeira e eu de frente pra ele, falaria tudo o que está entalado na garganta. Mas antes que isso aconteça, eu respiro fundo umas sete vezes.

Às vezes, eu sentia falta de alguém próximo. Alguém que segure minha mão e diga que vai estar tudo bem.

Sinto falta da minha mãe, dos conselhos malucos e maternais. Muitas vezes eu queria pegar uma almofada, vestir um pijama, deitar na minha cama e chorar por horas e depois tirar aquele sono gostoso.

Eu aqui, olhando para a cafetera me dispus a contar as gotas de café que caíam na jarra de vidro, só assim para que eu não enlouquecesse.

Agora voltando o assunto da noite com o mascarado, ele me tirou do chão, me fez sentir coisas que eu jamais pensei em sentir na vida. Parecia que eu o conhecia a anos, que ele sabia onde e como tocar meu corpo. E tem o meu chefe que está atrás de mim sentado com Taehyung e Yoongi na mesa.

Os três falavam de um assunto que eu não prestava atenção, mas o cheiro, o cheiro dele, que é o mesmo cheiro do mascarado, está me deixando louco. Eu gostei de estar nos braços de Jungkook hoje, porém não imaginava que ele sentia alguma atração por mim. Jurava que a atração escondida que eu tinha por ele era só entre mim e minha imaginação, eu jamais poderia imaginar que era recíproco.

Mas, alguém como Jeon Jungkook, se envolveria com um ômega cheio de problemas como eu?

- Você precisa acordar para a vida, Taehyung - falei do nada chamando a atenção dos três para mim, fazendo cortar o assunto que falavam e ficarem em silêncio - O que aconteceu hoje, não pode voltar a se repetir.

- E o que aconteceu? - Taehyung já se levantou alarmado, e enquanto o café passava, me virei de frente para eles, que tinham olhares atentos em mim.

- Félix foi atrás de mim na empresa. E eu dei uma surra nele, mais uma vez, Tae.

- Pensa na surra - Yoongi falou tentando quebrar o clima tenso que criei - Uma surra bonita.

- Ji, eu sinto muito... - Taehyung começou a chorar.

Mas eu tinha que ser firme com ele agora ou ele nunca vai acordar.

- Lágrimas não vão te adiantar de nada Taehyung, só depende de você dar o basta. Quantas surras terei que dar no Félix pra ver se ele acorda de vez e te deixa em paz? - perguntei e o vi abaixar a cabeça - Quantas vezes vou precisar te manter longe dele para que ele venha cometer um ato que ele vai se arrepender pro resto da vida? Hoje foi um tapa na minha cara, e amanhã?

- Ji, ele te bateu?! - Taehyung gritou no meio da cozinha e pareceu que só naquele momento viu a marca no meu rosto, o ômega chorou mais ainda.

Eu sei, ele não tem culpa, mas ele precisa agir.

- Bateu - dessa vez foi Jungkook que levantou-se da cadeira e parou do meu lado - Um alfa que bate em um ômega Taehyung, não merece perdão. Cadeia para esse tipo de alfa é pouco e se ele encostar em Jimin mais uma vez, o próximo encontro de vocês será no velório dele.

- Eu sei. Meu Deus, eu não sei nem o que dizer - Tae voltou a sentar sob o olhar de Yoongi enquanto Jungkook continuava ao meu lado - Eu já terminei tudo com ele mas não é fácil. Ele não me deixa em paz.

15 Dias com o CEO  |JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora