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Park Jimin

Ah, as segundas feiras, como eu amava. Sim, eu amo as segundas feiras pois é nesse dia que minhas energias se renovam, o começo de mais uma semana, um novo ciclo.

As pessoas costumam dizer que as segundas feiras são péssimas, eu não acho. Geralmente eu acordo mais disposto a fazer minhas coisas e realizar todas as minhas tarefas.

Na verdade, eu me obriguei a ser pai, mãe e irmão mais velho, responsável por mim e por Namjoon que graças a Deus, cresceu com a cabeça no lugar.

Desde que minha mãe morreu, meu pai nos abandonou 3 meses depois, e vejam bem, eu era um ômega que só tinha 14 anos na época quando ele decidiu me deixar sozinho com o Namjoon ainda filhote, sem saber o que estava acontecendo.

Então desde o acontecimento que eu venho carregando um império sozinho nas costas. Com 14 anos, onde ômegas da minha idade já tinham seus primeiros namoradinhos, iam no baile da escola, brigavam pelo alfa ou ômega mais bonito da escola e eram fanáticos pela boyband do momento. Sério, eu queria estar passando tudo isso, mas as coisas não foram bem assim.

Tive que deixar meus estudos de lado por um certo tempo para poder trabalhar, porque o alfa que se dizia ser meu pai foi embora levando todas as economias com ele.

Não bastava ser um covarde, tem que ser um crápula também.

Mas eu escondia isso de tudo e de todos. Eu não podia deixar que a diretoria da minha escola ficasse sabendo que dois menores de idade abandonados pelo pai viviam sozinhos sem um adulto por perto, era confusão na hora.

Eu também não poderia deixar as pessoas próximas saberem que eu e meu irmão estávamos sozinhos, pois meu maior medo era que nos separássemos, e sabe-se lá quando nós nos rencontrarimos de novo.

Eu não podia deixar.

Foi aí que desenvolvi a habilidade de esconder os

problemas e minhas dores de todo mundo. Bem, menos para meu melhor amigo, Taehyung, que se não fosse ele me ajudar algumas vezes, eu estaria ferrado agora.

É claro que o ameacei de várias formas a não contar aos seus pais o que estava acontecendo. Quando os pais de Taehyung me perguntavam onde meu pai estava eu sempre respondia que ele trabalhava muito, por causa da morte da minha mãe, ele teria que se virar em dois praticamente. É claro também que eles não engoliram a minha mentira, mas era o único jeito, eu só precisava fazer 18 anos logo, esse era meu pensamento na época.

Uma certa noite, com uma xícara de café na mão, às três horas da manhã, eu tive que fazer um mapa mental e um rascunho na minha cabeça de como eu seria dali para frente. Pensei como se Namjoon fosse meu filhote e eu teria que cuidar dele como se ele tivesse meu sangue maternal, então ali eu amadureci mais que depressa.

Eu sempre incentivei Namjoon a estudar, incentivei não, eu ameaçava ele se fosse preciso e sempre dava o exemplo do Kwong, o merda do nosso pai, que eu não queria que ele fosse um alfa igual a ele.

Sim, não demorei muito para dizer ao Namjoon o que o nosso pai havia feito conosco. Eu sei que foi uma atitude péssima minha, mas se eu precisasse amadurecer depressa, ele teria que me acompanhar.

Hoje, Namjoon com seus 17 anos, quase indo para os seus 18 anos, está cursando a faculdade de direito. Meu querido irmão sonha em ser um advogado criminalista e eu apoio demais essa profissão.

Eu e Namjoon somos como unha e carne. Passamos esses dez anos cuidando um do outro. Não era só eu que cuidava dele, mas sim ele cuidava de mim, e cuida até hoje e às vezes eu acho que o irmão mais velho é ele e não eu.

15 Dias com o CEO  |JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora