37. Love You in My Mind

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20 de Dezembro de 2022

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20 de Dezembro de 2022

São quase duas da tarde quando o avião pousa em Belo Horizonte. Tanta coisa aconteceu nesses últimos dias que... sinceramente. O Brasil foi eliminado pela Croácia na Copa do Mundo e a Argentina foi a campeã. Confesso que eu não gostei nadinha e chorei pra caralho quando aconteceu.

- Tá tudo bem?

- Tá sim. Só me preparando pra enfrentar o péssimo clima entre minha mãe e meu pai.

- Se você precisar de um tempo a sós com ela eu saio, tá? Não tem problema nenhum.

- Tudo bem, Theus. Obrigada. - Encosto no ombro dele enquanto aguardo a aeromoça autorizar o desembarque.

Envio uma mensagem pra minha mãe avisando que acabamos de pousar e que logo logo estaremos em casa. Ela reafirma o almoço/café da tarde que fez: empadão de frango com catupiry.

- Po, mó saudade de comer empadão. Sogrinha acertou muito!

- Uhum. A Bruna sofre vendo vocês comendo porcaria.

- Férias, po. Férias pode, preta.

- Tô de olho, tá?

Se tem uma parte que eu odeio no aeroporto, é a de pegar as bagagens na esteira. Você fica que nem um boneco de posto tentando pegar enquanto a esteira segue andando. E, de quebra, ganha uma porrada no dedo mindinho.

O Matheus tá tirando foto com os torcedores e se tem uma coisa que eu admiro, é a boa vontade dele. Ele lê cada coisa na internet que porra, eu já teria pirado. Mas ele não. Ele sorri, é da resenha e releva qualquer fala de qualquer um em troca do bom humor.

Pego o carrinho com as malas e ando até o lado dele. Matheus me abraça pela cintura enquanto conversa com um dos torcedores. O maluco me olha de cima a baixo e eu me sinto desconfortável. Ignoro a situação e pego o celular pra dar uma olhada na hora.

- Valeu, Matheus. E parabéns, hein? Tá bem de mulher.

- Matheus, fica quieto. - Seguro o braço dele quando ele tenta falar algo. - Tá tudo bem. Vamos pra casa.

- Tudo bem? Tudo bem o caralho! O maluco te olha daquele jeito e me mete uma dessas? Tá doido, porra!

- Matheus. Olha pra mim. - Peço e viro o rosto dele. - Já foi. Deixa isso pra lá.

Selo nossos lábios e ele assente. Os punhos ainda estão cerrados, mas ele caminha junto comigo. Pegamos um táxi e dou o endereço da casa da minha mãe. Matheus ainda tá quieto.

M A R R I A G E | MatheuzinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora