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📙 Narradora 📙
Katsuki se sentia sufocado por ter que guardar tantas coisas para si mesmo e não podendo se abrir com ninguém, pois em sua cabeça as pessoas que o ouviriam o achariam fraco e que ele não poderia se tornar o herói número um .
Estava irritado e queria sair daquele cômodo para descontar a raiva em algo, mas sabia que tinha que ficar ao lado de Akari e esperar sua mãe chegar para poder ver a menina .
Como estava sentindo a bunda doer e ficar "quadrada" por estar sentado no chão, se levantou e se sentou nos pés da cama e se segurou para não chorar de vez e não fazendo barulho para não acordar a de cabelos castanhos.
Mas mal sabia ele, que ela já estava acordada e ouvia atentamente seus soluços de dor.
Bakugou preso no mundo de seus imparáveis pensamentos não sentiu dois braços curtos , mas fortes, envolverem seu pescoço e o puxar para se deitar . Só voltou para a realidade quando teve cafunés em seu cabelo e seu rosto sendo "esmagado" pelos seios da garota.
Pensou em xingar e sair dali, mas o abraço estava tão aconchegante e quente que não conseguiu mexer um músculo sequer para sair do lugar.
Parecia que a menina o chamava para ficar mais perto dela; para poder ficar agarrado nela e poder descansar a mente perturbada .
Não a abraçou de volta pois não conseguia se mexer, apenas aproveitou o calor tão gostoso que Akari lhe proporcionava .
O aperto se intensificou quando a menina também começou a chorar.
Tentou parar de deixar as lágrimas saírem de seus olhos e afastar os pensamentos ruins. Mas quando teve braços a rodeando e fazendo um carinho leve em suas costas as lágrimas vieram com força .
Apertou mais o loiro e fechou o olhos com força sentindo tudo o que era ruim sair do seu corpo com aquele abraço.
E Katsuki se sentia assim também, mas o ódio de Akemi ainda era maior.
Como Akari não veria suas lágrimas e nem o seu rosto, o de olhos vermelhos como rubis se permitiu chorar no colo dela.
Isso seria um segredo eterno para o mais alto. Ninguém poderia saber que ele foi vulnerável e chorou na frente de uma pessoa. A pessoa que ele detesta.
Fez carinho nos cabelos castanhos escuros dela e saiu do aperto dela , a colocando rapidamente com a cara enterrada em seu peitoral musculoso e quente , e permitiu que ela chorasse nele.
Com ele.
Agarrada a ele.
Dividir os próprios demônios com ele.
Sem saber o que fazer com a menina , deu leves tapinhas em sua cabeça e fungou alto parando de chorar e pedindo aos céus para sua voz não falhar.
— Ei, idiota..._ a chamou, a voz falhando um pouco e o entregando que está chorando.
