Lados Da Sua Alma

Setenta 🧁

“Algumas pessoas só entendem tarde demais que a vida não oferece duas vezes a mesma pessoa” 

Livro: Todas as dores que de que me libertei e sobrevivi

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Antes 

— Já pensou o que vai produzir pra apresentação de música hyung?

— So-Hee e eu vamos apresentar um dueto. Ela no violoncelo e eu no sax. 

Kook fez uma careta — Que coisa mais sem graça. 

— Fazer o quê, não somos tão criativos e eu não tenho saco pra ficar com ela fora dos horários das aulas.

— Quanto mais o tempo passa, mais eu a conheço e menos eu entendo você ter namorado com ela. 

Tae suspirou impaciente — Isso já faz tempo. 

— Eu sei. Ela é bonita, mas é tão chatinha. Tem todas as coisas que você não gosta. 

Agora Tae sorriu. O jeito do Kook o conhecer melhor que ele mesmo ainda o impressionava. 

— Todas as coisas que eu não gosto? — Perguntou desafiando ao Kook. 

— Mimada, valoriza mais a aparência do que qualquer outra coisa e acha que o mundo deve fazer as vontades dela. Deveria pensar em alguma coisa e fazer sozinho, você é criativo hyung e quando se trata de música é onde o seu coração está. 

— Bom, ela é a minha dupla então não tem muito o que ser feito... E vocês o que estão pensando em produzir? 

— A noona teve uma ideia brilhante — O rosto do Kook se iluminou — Vamos produzir um curta da história do Michael Jackson na música, desde a primeira aparição no Jackson five até os últimos ensaios para a turnê que ele não fez e no final vamos mostrar o impacto que ele teve para o Pop. 

Tae sorriu — Por que isso é tão a cara dela? 

— Não vai ser um vídeo comum, vamos gravar a maioria das cenas. 

— Vão gravar? 

— É... Eu vou ser o Michael em algumas vezes, ela também... Vamos até ensaiar uma coreografia. 

Tae sorriu de forma nostálgica — As músicas do Michael são as únicas que ela aceita dançar — Ele respirou fundo — E faz isso lindamente.

— Estou animado em produzir o curta, vou ficar com vergonha quando ele for exibido, mas....

A voz do Kook ficou distante e Tae já não ouvia mais o que ele falava. Tudo o que ele ouvia era o som que o relógio fazia a cada segundo e as horas marcavam 18:00. 

— Acha que é mesmo um encontro? — Perguntou Tae perdido nos pensamentos.

Kook ficou impaciente quando viu que Tae não estava prestando atenção no que ele falava, mas não o culpou. Ele sabia que o amigo ainda estava perdido. 

— Não, o Nam hyung não gosta dela assim.

— Mas e ela? Precisava ver como ela olhava pra ele. Ela chegava mais cedo só pra ficar olhando pra ele de longe. 

— Você conhece o Nam hyung, não? 

— O que quer dizer?

— Não acha que ele é o tipo de cara que as garotas se apaixonam facilmente?

Tae fez um bico e ergueu as sobrancelhas — Por que eu ainda falo com você? 

— To’ sendo sincero. Por mais que eles não se gostem romanticamente agora, se ela ficar muito tempo perto dele não acho que seja algo impossível de acontecer e tem ela também...