Lados Da Sua Alma

Oitenta E Quatro 🧁

“Eu sinto nossa distância física e emocional, mas não é como se não houvesse mais nada pra acontecer entre nós, é como se nosso tempo não fosse agora, mas ainda pode ser depois. Eu tenho vivido a vida sem esperar que você volte, mas confesso que amaria te ver aqui de novo” 

@onlypoems0 – Tik Tok 

֍

Yumi 

Agora tenho certeza de uma coisa: meu corpo reage ao Kim Namjoon. 

Não tenho certeza se a intenção dele é continuar, provavelmente sim, mas apesar do resultado químico causado, também tenho certeza que não quero que isso continue. 

Não sei se com mais encontros isso vai mudar, mas por hoje... 

— Eu... To’ com frio. 

Não foi uma desculpa. 

O fim da tarde foi chegando e o sol só cumpria metade do seu papel.

Ele ainda iluminava o céu, mas não aquecia. 

O vento frio indicava a noite chegando. 

Eu realmente estava com frio. 

Por um momento, achei que Nam ficaria chateado comigo cortando o clima. 

Ao invés disso ele sorriu. 

De forma doce como se não se importasse com a minha fuga. 

Não sei porquê achei isso, deve ter sido o pico de adrenalina.

Nam tirou as mãos de mim, tirou a jaqueta e vestiu sob os meus ombros.

— Está na hora de eu te levar pra casa.

Eu assenti. Recolhemos tudo e fomos pra casa. 

• • •

Ele andava rápido demais e eu queria olhar tudo em volta. 

— Nam? Pode ir mais devagar? 

Ele desacelerou — Ta’ com medo de cair gatinha? 

— Não, só quero admirar mais o caminho. 

— Por que não vira de frente pra mim? Vai admirar mais coisas. 

Eu ri. Na verdade, eu gargalhei. 

— Se eu fizer isso e você der uma freada minha testa vai parar na sua. 

— Ou a sua boca. 

Ponto pro Nam. 

Ele era atacante demais. 

— Não pode me beijar, é uma das regras do Yoon. 

— Seria um acidente e não um beijo. 

Não consegui ver a expressão dele, mas só pelo tom de voz ele estava sendo malicioso. 

Nam atacante. 

— Não pode me beijar Kim Namjoon — Usei o tom brava de brincadeirinha.

— Por que seu irmão não deixa? 

— Isso aí. 

Ele parou a bicicleta na frente de casa e eu desci. 

— Vou tentar lembrar disso, mas às vezes não sou muito bom em guardar as coisas — Ele sorria cinicamente.

Tudo nele era irônico. 

A voz, o sorriso, a postura e até as covinhas.

Sempre enxergava o Nam meigo demais, mas agora ele tem me mostrado outro lado.