CAMILA
- Mas achas mesmo que estou bem? - voltou a olhar para mim, revirando os olhos – Daniel! - atirei-lhe com uma das minhas almofadas, fazendo-o rir.
- Porque é que estás tão preocupada com a roupa que vais usar? - veio na minha direção, agarrando-me pela cintura.
- Vamos jantar com a Beatrice e o Lewis...
- Em casa deles.
- Nem que fosse debaixo de uma árvore, há um certo padrão que aqueles dois estabelecem – levantou a sobrancelha esquerda, fazendo-me rir - não sejas assim. Eu fico nervosa por estar ao pé deles.
- Cami...
- É verdade! Eu adoro a história deles e sabes aquela sensação de quando olhas para determinadas pessoas e ficas nervoso? - apenas me assentiu que sim – eu meio que me sinto assim com eles.
- Estou a ver que tenho uma groupie como namorada.
- Não sejas assim – empurrei-o, indo na direção do espelho junto da porta - não, isto é demasiado elaborado para ir jantar a casa de alguém.
- Camila! - comecei a ir na direção das escadas, sendo interrompida pelo Daniel – nem penses – agarrou-me pela cintura, levantando-me do chão e começando a ir na direção da porta - só aceito sair daqui contigo assim vestida, além de que se não sairmos agora vamos chegar atrasados – pousou-me no chão, novamente em frente do espelho - até porque estamos a combinar – olhei-nos ao espelho, sorrindo ao ver-nos lado a lado. Não pela roupa que, embora ele estivesse com umas calças pretas e uma camisola larga branca, não escolhi a minha a reparar nisso. Mas porque, ao ver-nos assim, há algo que se acende no meu coração e me dá a certeza de que não posso falhar com o Daniel.
Pelo brilho nos olhos dele quando me olha, pelo sorriso com que me preenche, pelos beijos que sossegam o meu coração, pelos abraços que me protegem. Por ele.
- Vamos lá então! - agarrei a minha mala preta, abrindo a porta de minha casa. Ele, depois de agarrar na caixa com o bolo de chocolate que tinha feito e na sua garrafa de vinho, ficou parado a olhar para mim, com o seu pescoço inclinado e um sorriso enorme – que foi? Anda lá!
- Eu continuo a achar que ficas sempre melhor sem roupa – veio na minha direção - e que tenho de melhorar o meu guarda-roupa para parecer minimamente bem ao teu lado, quando isso acontecer.
- Quando isso acontecer – passei o meu braço por cima do ombro dele, colocando a minha mão na sua nuca – vamos estar com o equipamento da equipa, de certeza – assim que ele se riu, eu fiz o mesmo e os lábios dele juntaram-se aos meus logo de seguida.
- Eu tenho o carro ali – disse-me, quando chegámos à rua.
- Nem penses, vamos no meu – apontei para o meu carro, que estava mesmo em frente do prédio.
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Always, Daniel
FanfictionDaniel Mudar de equipa é sempre um enorme desafio. E esta mudança só me veio provar que não seria diferente. Pela pressão com que entro dentro do carro, a vontade que tenho de mostrar que apostarem em mim para esta equipa foi uma boa decisão... e o...