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CAMILA

- Shortie? - estava quase a preparar uma pequena mala, quando ouvi o Daniel – ela não adormece... - acabei por me rir, olhando para o Daniel que, agora, se sentava em cima da cama. A Audrey tinha ficado connosco durante a tarde. sendo que é a véspera do casamento da Bea e do Lewis e, tanto um como o outro, tinham alguns preparativos para finalizar e nos pediram ajuda.

- Andá cá - estiquei os meus braços na sua direção e depressa o Daniel me passou a menina – acho que podemos começar a pedi-la mais vezes emprestada para estagiar – ele riu-se, aproximando mais o seu corpo do meu. Coloquei a Audrey sobre o meu tronco, fazendo com que ela depressa se aninhasse entre as minhas mamas – ela deve perceber que vamos ter com a mãe – dei-lhe um beijo no topo da cabeça, dando pequenos passos pelo quarto.

- Ela não te está a aleijar? - virei-me para ele, ajeitando a Audrey nos meus braços.

- Não - acabei por me rir, já que ao mínimo esforço ou a uma posição menos normal em que eu esteja, agora, são motivos de preocupação do Daniel.

- Ela está a ficar igual ao Lewis – olhei para a Audrey, dando-lhe um beijo no topo da cabeça. Se, quando nasceu era igual à mãe, agora está a ficar a fotocopia perfeita do Lewis – pode ser que os gémeos também fiquem parecidos comigo... - comecei a mexer no cabelo dele, recebendo as suas mãos na minha cintura – imagina ela a brincar com os nossos filhos... - acabei por bocejar, já que o sono me começa a afetar e ainda tenho uma viagem para fazer - estás com sono?

- Um bocadinho, mas podes continuar a sonhar com essa vida – desde que descobrimos que vamos ter dois bebés, que me sinto mais ansiosa e com um certo medo, mas tranquiliza-me quando o Daniel começa a imaginar a nossa vida com eles e o partilha comigo.

- Ficaste com mais medo, não ficaste? - apoiou-se na cama com as mãos, olhando-me de forma séria.

- Só quero que eles se mantenham saudáveis até ao fim da gravidez... - confessei – porque quando estiverem cá fora, o pai deles tem braços grandes – rimo-nos os dois, recebendo os seus lábios nos meus. A Audrey estava muito sossegada, agarrada ao folho da mina camisola do pijama – temos de pensar numa desculpa para eu amanhã não andar a beber nada...

- Se quiseres contar à Bea e ao Lewis... - entreguei-lhe a menina, já que me tinha de despachar. Havia combinado com a Bea que passaria a noite com ela e a Audrey e, assim, arranjar-me em conjunto com ela pela manhã.

- Vou ter de ir – fechei a mala, olhando para o Daniel que se tinha deitado com a Audrey sobre o seu peito. E mal posso esperar para que seja assim com os nossos filhos - amanhã não te atrases... és o padrinho da noiva.

- Vou sair de casa às oito – levantou-se, com a menina nos braços, e ficou junto a mim - como é que é suposto eu dormir sem ti?

- Fechas os olhos e adormeces – dei-lhe um beijo, agarrando na mala logo de seguida - trá-la para baixo, por favor - ele saiu do quarto à minha frente, levando a Audrey de imediato para o meu carro e colocou-a na cadeirinha.

- Vê se ficou bem presa, que eu não tenho prática nisto.

- Falas como se eu a tivesse, também... - acabei por verificar que a Audrey estava bem segura e, surpreendentemente, tinha adormecido.

- Vai com cuidado – agarrou-me pela cintura, aproximando-me dele – e liga-me quando chegares.

- Mais alguma coisa?

- Podias ficar aqui... - juntou os seus lábios com os meus, fazendo-me passar os braços por cima dos seus ombros.

- Não iria ser igual – disse-o quando separou os nossos lábios - além de que é a minha oportunidade de ter uma noite de miúdas.

Always, DanielOnde histórias criam vida. Descubra agora