THE WORKSHOP

15. The workshop begins

Becky's pov

Acordamos cedo e nos preparamos para sair. Aquela seria uma semana intensa com 12 horas de workshop por dia com todos os atores, mas especialmente comigo e com a Freen já que precisamos construir intimidade e nos acostumarmos ao toque uma da outra. Mal sabiam eles que naquele ponto eu já havia tocado cada pedaço do seu corpo e já havia decorado a posição de cada pintinha em sua pele.

- Bom dia pessoal! – dissemos em um sonoro coro ao avistar o resto do elenco.

- Nossa, 6 da manhã e vocês tão animadas... bom dia meu casal! Como foi o final de semana? Vocês se conheceram um pouquinho? Me contem tudo! – Disse Nam com muita animação.

- A gente conversou muito sobre as personagens, estamos muito seguras de como queremos interpretar agora. Aproveitamos para nos conhecer também, P'Freen é muito legal – respondi tentando ao máximo disfarçar o que realmente tinha rolado.

- E os beijos? Já estão treinando? – ela completou com um risinho.

- Ensaiamos o que era necessário para as primeiras cenas, então até o momento apenas mordidas nos lábios – Freen respondeu com muita segurança.

Logo o diretor da série chegou e começou a fazer algumas dinâmicas para que o grupo se conhecesse melhor. A partir dali nos trataríamos como os personagens para que nos acostumássemos uns com outros.

Os amigos de Khun Sam estavam sempre juntos, os atores fariam os meus pais também, o núcleo da empresa formou outro grupo e no primeiro momento eu e Freen nos dividimos para nos familiarizarmos primeiro com os nossos grupos de amigos e colegas de trabalho.

Foi uma manhã muito divertida, todo mundo era muito profissional e as cenas saiam com fluidez. Por volta das 12:30 fizemos um intervalo para almoço, ainda sem sair dos personagens almoçamos. Freen era tão diferente como Khun Sam, nesse primeiro momento ela se mostrava fria e exigente com todos, mas especialmente com Mon.

Freen era uma atriz tão incrível. Era impressionante como ela conseguia se manter tão séria e não sorrir em nenhum momento. Voltamos do almoço às 14:00 e o diretor liberou o resto do elenco, permanecendo apenas eu e Freen para que ele pudesse reservar mais tempo para nós.

- Meninas, a maioria das cenas não terão roteiro pré definido. Só mostrarei a marcação e direi ação e corta. O resto eu quero que vocês improvisem para que seja o mais natural possível – ele falou para nós duas enquanto nos olhava sentadas no chão.

- Entendi, faremos o máximo para passar toda a naturalidade exigida – eu respondi.

- Agora quero que você Freen levante e que vende os olhos de Becky, agora Becky tome uma certa distância e jogue o seu corpo para trás. Quero que você confie em Freen, esse será o pilar de vocês.

Fun fact: eu já confiava em Freen então fui para trás sem pensar duas vezes e ela como esperado me segurou em seus braços.

- O dia a dia de vocês será assim, baseado na confiança plena. Eu gostaria de pedir para vocês fazerem tudo o que puderem juntas, tanto no workshop tanto no seu tempo livre, só assim vocês construirão um relacionamento forte.

Após alguns minutos de explicações, iniciamos a segunda atividade.

- Becky, eu quero que você abrace a Freen o mais forte que conseguir e que seja um abraço demorado. Freen, eu quero que durante o abraço você sinta o cheiro de Becky e depois me faça uma descrição.

Assim fizemos, nos abraçamos por longos minutos, Freen cheirava o meu cabelo tentando capturar o máximo de perfume possível.

- Ela tem cheiro de baunilha e jasmim, é muito bom e doce – Freen respondeu.

A tarde continuou com atividades parecidas onde deveríamos tocar, cheirar, abraçar uma a outra. Também precisamos segurar e puxar uma a outra pelos braços e pernas para completar algumas brincadeiras que o diretor havia trazido como a de carrinho de mão humano. Se fosse com outra pessoa, com certeza seria a tarde mais estranha da minha vida, mas com Freen me senti muito confortável e tudo fluiu muito bem. Conseguimos completar todas as atividades que o diretor propôs sem tornar o clima estranho e sem graça.

- Meninas, vocês estão de parabéns! Imaginei que o final de semana ajudaria a construir intimidade, mas sinceramente vocês já estão ótimas, como se já tivessem se conhecido a muito mais tempo. Sendo assim, amanhã podemos iniciar com o ensaio das cenas, dependendo de como os outros atores se saírem, segunda-feira podemos adiantar o inicio das filmagens – ele afirmou com muita empolgação.

- O final de semana realmente foi essencial, foi uma excelente ideia fazer isso! Muito obrigada por pensar em cada detalhe, o ambiente foi muito propicio para nos conhecermos – eu afirmei.

- Espero que não tenha sido incomodo dividir a mesma cama – ele completou rindo bastante.

- Não foi... nós demos um jeito – completei enquanto olhava para Freen que evitava contato visual por motivos óbvios.

Já se passavam das 18:00 e saímos do estúdio com uma enorme sensação de dever cumprido. Conforme prometido, Freen me levou para casa em seu carro para que eu não precisasse chamar o meu pai ou um táxi.

- N'becky, quis te beijar o dia todinho e fico tão feliz que finalmente posso – ela disse enquanto se aproximava do meu rosto.

- Epa, peraí... devemos treinar apenas as mordidas certo? Não foi isso que você disse para P'Nam? – respondi provocando-a.

- Tudo bem... mordida – ela disse logo antes de morder meu lábio inferior, uma, duas, três, quatro vezes até que cedi e a beijei.

- Isso não é uma mordida, Mon! Isso é beijo de língua – ela disse me provocando enquanto limpava a minha boca – amanhã fala com a sua mãe para que você irá dormir lá em casa, vamos no cinema após o trabalho – completou.

- Não vejo a hora de ficar duas horas em uma sala escura com você – provoquei enquanto me despedia com um selinho.

Cheguei em casa e encontrei a minha família jantando, resolvi adiantar algumas coisas da universidade para não ficar atrasada. Assim minha mãe me deixaria sair no outro dia sem problemas. Por P'freen ser mais velha, minha mãe já confiava nela como uma irmã mais velha e ajuizada para mim. Mal sabia ela...