25. The light at the end of the tunnel

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Becky's pov

Durante a ida para casa não poderia deixar de pensar no que Freen havia acabado de confessar. No fundo eu sabia que havia algum motivo maior pela preocupação dela tão grande todas as vezes que surgia o assunto dessas fotos. Eu não poderia deixar aquele idiota manipular ela daquela maneira.

- Pai, tenho uma pergunta hipotética. Caso alguém tenha um conteúdo que cause constrangimento a outra pessoa quais seriam as consequências se ela publicasse isso sem autorização? Estou escrevendo um trabalho sobre isso - menti para não levantar questionamentos.

- Filha, é ilegal compartilhar conteúdos que pertecem a outra pessoa sem autorização. Se causa constrangimento então, é passível de pena e compensação monetária para vítima. Outra coisa, existe o direito ao esquecimento então a vítima pode requerer que todo esse conteúdo desapareça da internet.

- Entendi. E se a pessoa deu consentimento pois estava sob pressão?

- Se a pessoa não assinou um documento oficial, não tem isso por escrito ou se não haviam testemunhas esse consentimento não vale nada. Principalmente pois a vítima estava sob pressão - ele concluiu sem tirar os olhos da estrada.

Não poderia deixar de sorrir. Como eu amo o direito e a justiça, mal poderia esperar para contar para Freen que havia um jeito de sairmos dessa situação. Antes disso, precisava reunir as provas das ameaças de Fred tirando print de tudo. Ele vai se arrepender de ter se metido nessa história, mal sabe ele que os advogados Armstrong basicamente tem o direito correndo nas veias há séculos.

Assim que chegamos em casa, vi que havia uma mensagem de Freen no meu celular. Era uma print de uma mensagem de Fred que ela havia acabado de receber:

"Freen, para de fingir que não sente mais nada e volta pra mim. Eu nunca vou aceitar você com mais ninguém, principalmente com aquela guria que faz seu par romântico. Se você não quiser ficar comigo, irei assegurar que não ficará com mais ninguém".

Prontamente salvei o print na pasta que havia acabado de criar na minha galeria de fotos "Fred Exposed" e mandei uma mensagem de volta para confortar a Freen:

"Freen, depois que esse cara passou a te perseguir eu não me sinto em paz em saber que você está sozinha aí nesse apartamento. Estava consultando com meu pai e perante a lei temos muitos recursos, eu preciso que você tire print de todas as conversas em que ele te ameaça".

Ela respondeu:

"Eu sinto muito medo. Não consigo dormir".

"Eu vou pedir para um motorista te pegar aí em 15 minutos, venha passar uns dias aqui em casa. Se Fred aparecer próximo a sua casa enquanto isso, eu juro que vou aparecer em programa criminal na televisão."

- Pai, mãe, a Freen se sente um pouco mal. Vocês sabem que ela não tenha família aqui e eu fico com muita dó dela lá sozinha. Convidei ela para ficar aqui em casa por alguns dias, algum problema? - eu disse com muita esperança de que eles dissessem que estava tudo bem.

- Becky, seus amigos são sempre bem-vindos aqui. A senhorita Freen parece ser uma moça muito boa e responsável, gostei da forma com que ela cuidou de você naquele dia em que vocês saíram tarde. Ela pode ficar aqui sem problemas - meu pai respondeu e minha mãe consentiu.

Passado algum tempo, Freen chegou na minha casa com olhos fundos de chorar. Ela parecia muito cansada e abatida, me doía no fundo do meu coração vê-la daquela forma. Eu só conseguia sentir raiva de Fred, se eu pudesse faria um treino de Muay Thai todinho na cara dele.

Subi com Freen para o meu quarto e ela parecia surpresa com tudo, ela analisava cada detalhe e se encantava com a decoração da minha casa.

- Becky, eu sabia que sua família tinha boas condições mas eu não esperava que você morasse em um palácio - ela disse surpresa.

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