33. They don't know about us

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Freen's POV

Os dias se passaram rapidamente e com tanto trabalho que tínhamos, já não estávamos dando conta de atender a todos os compromissos. O nosso diretor Rick sempre atualizava a equipe sobre as visualizações dos episódios e a quantidade absurda de comentários.

- Vocês tem centenas de milhares de visualização vindo da América Latina inteira, Brasil, México, países africanos, países árabes... Estados Unidos também. Realmente nunca poderia esperar um retorno tão significativo - disse Rick emocionado enquanto se dirigia para toda a equipe há alguns dias.

Eu e Becky estávamos muito felizes e realizadas com aquele resultado. Em pouco tempo eu já estava ganhando em 1 dia o que antes demorava meses para ganhar, fora a quantidade enorme de presentes que os fãs faziam questão de nos entregar. Faltava pouco para que eu pudesse comprar a minha casa e quem sabe até aposentar a minha mãe.

No momento Becky e eu ainda morávamos em casas separadas, porém nos víamos diariamente e com frequência passávamos a noite uma na casa da outra. Naquele momento acho estava segura que nem precisava mais que falássemos com os pais dela sobre o nosso relacionamento, eles com certeza já haviam percebido o que vivíamos era muito mais do que uma simples amizade.

Um certo dia, havia acabado de acordar e percebi muitas ligações perdidas do número de Becky. Nesse dia ela estava na casa dos pais pois precisava se concentrar nos estudos por conta das atividades acumuladas.

Imediatamente retornei a ligação apenas para tomar um grande susto quando ela atendeu chorando muito do outro lado da linha.

- Freen... estão dizendo coisas horríveis sobre nós - ela falou entre soluços.

- Babe, o que houve? Eles quem? - respondi tentando assimilar o que de tão alarmante poderia ter acontecido naquela manhã.

- Estão nos acusando de fingir um relacionamento para promover a série, estão dizendo que é tudo queerbating, montaram até toda uma teoria de que você na verdade namora com o Rick.

- Rick? Pelo amor de Deus, ele tem idade para ser o meu pai. Eu acabei de acordar, não vi as minhas redes, fica tranquila, a gente sabe da verdade e isso é o que importa.

- Eu não posso ficar tranquila com acusações tão graves, tem muita gente me ameaçando nas mensagens, eu estou tendo uma crise de ansiedade terrível.

- Eu vou te encontrar aí agora mesmo, não se preocupe. Desliga esse celular e não absorve esses comentários de quem não tem o que fazer e não tem nada a ver com a nossa vida. Eu chego assim que possível.

Prontamente me arrumei e saí em direção a casa de Becky, em poucos minutos entrei o condomínio fechado e estacionei o meu novo carro, um Porsche Panamera que combinava muito bem com a coleção de carros dos Armstrong.

Ao entrar na casa, saudei os Armstrong e Richie que estavam na parte inferior da casa ainda tomando café, logo pedi licença e subi para o quarto de Becky que trancou a porta assim que entrei.

Ela me abraçou fortemente e eu percebi que a mesma já estava chorando há bastante tempo pelos seus olhos vermelhos e inchados. Aquilo realmente estava afetando-a profundamente.

- Meu amor, as pessoas vão sempre falar o que elas quiserem, você não pode levar isso em consideração - tentei acalmá-la enquanto limpava as lágrimas que escorriam pelo seu rosto.

- Eu acho tão injusto que a gente tenha que esconder algo real e que existe, isso não está certo Freen. As pessoas não tem esse direito de ficar especulando, precisamos contar a verdade para os nossos fãs, nós não estamos enganando ninguém.

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