30. The best of us

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Becky's pov

O dia seguinte começou com uma inquietação incomum. Freen andava de um lado para o outro transparecendo a sua crescente ansiedade.

- Aquele babaca vai estar lá durante a gravação das cenas íntimas, a gente se preparou tanto para fazer isso bem feito e agora ele vai e estragar tudo com a sua presença - ela falava com voz de choro.

- Babe, vamos focar no que importa. Esquece ele. Esse é o nosso momento, se não fosse por essas benditas cenas a gente nem teria se aproximado. Lembra que a gente se esforçou tanto pra se preparar para essas cenas que no final nos apaixonamos de verdade. Ele e nem ninguém vai tirar isso de nós.

Quando mencionei a forma que havíamos nos apaixonado ela sorriu de orelha a orelha, golpe baixo no meu coração.

- A gente deveria estar preocupada em não se empolgar demais, isso sim! Se não eles vão ter que censurar a série toda e meus pais vão ficar furiosos comigo - eu disse fazendo-a rir.

- Estou tão nervosa pela cena não ter direção, fico com medo do resultado final não ficar bom - disse ela, ainda demonstrando ansiedade enquanto andava.

- IMPOSSÍVEL, você fazer amor ruim? Nunca na vida. Eu vou ter que me controlar pra não arrancar sua roupa - completei causando um riso sonoro.

Eu estava ficando boa na arte de seduzir. No início sentia muita vergonha de todos da equipe e principalmente de Freen, sempre tentava me fazer de inocente para que ninguém tocasse em assuntos mais adultos comigo.
Agora eu tinha aquela mulher me olhando com olhos famintos apenas correspondendo a maneira sexy que eu falava com ela, eu fazia questão de usar o tom de voz mais rasgado que eu conseguia reproduzir e evidenciava os meus lábios enquanto isso.
Adorava vê-la desconfigurada quando eu a surpreendia com uma frase mais ousada ou com um toque malicioso sem que ela estivesse esperando.

- Eu sugiro que a gente siga o fluxo. Estamos 100% confortáveis uma com a outra, agora é hora de mostrar em frente às câmeras e tentar ao máximo esconder que na verdade eu já te chup...

- Rebecca, misericórdia. Socorro, eu que fico envergonhada agora - ela falou completamente vermelha.

Eu apenas sorri com malícia, bingo! Era disso que eu estava falando.

Saímos de casa e fomos direto ao estúdio onde já nos esperavam o diretor, 2 operadores de câmera e o responsável pelo áudio, Fred. Fomos para a maquiagem e figurino e todos ali pareciam muito animados com a gravação daquela cena que seria uma grande novidade no mundo dos GLs tailandeses, éramos as pioneiras.

- Vocês já sabem, não teremos marcação, nem direção, nada! Apenas "gravando" e "corta". Os operadores de câmera ficarão distante de vocês, capturando de longe para ter mais privacidade, cada um terá um ângulo diferente. Fred, se posicione atrás da tela onde eu também acompanharei e se certifique que ouviremos todos os suspiros dessas duas moças. No mais, vocês são excelentes e tenho certeza que o resultado final será belíssimo - disse o diretor nos orientando por onde começar.

A partir dali éramos Mon e Sam e essa era a primeira vez delas. Era uma grande responsabilidade retratar um momento tão marcante do enredo. Logo iniciamos a gravação, decidimos que faríamos apenas uma tomada e cortaríamos o que não fosse necessário. Não voltaríamos para fazer tudo o mais natural possível.

A princípio deveríamos beber para relaxar e assim fizemos, viramos aquele suco como se fosse o melhor whisky do mundo. Depois, Sam tomou a iniciativa e passou a beijar Mon. "Sem língua, sem língua, sem língua" era a única coisa que eu conseguia pensar enquanto Sam dava beijos castos em Mon.

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