Capítulo 5

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Júnior Barbosa

Horário de almoço e tudo que eu quero é dar o fora daqui. Eu tô tremendo tanto, que parece que estou a dois dias de fome.

Hoje a manhã foi agradável - tirando as flexões - treinamos bastante, alinhamos algumas ideias a cerca do campeonato e tive uma reunião com meu empresário, aqui mesmo na academia. O MMA Champions League é o campeonato mais importante e esperado do ano, precisamos trabalhar duro pelo cinturão, afinal, preciso ganhar a luta daqui a dois meses para me classificar.

- Júnior, você vai sair para almoçar? - Santos pergunta vindo até mim.

- Vou sim. Vou só tomar uma ducha e me trocar.

- O Luiz tá chamando para irmos naquele restaurante que ele gosta.

- O velho vai pagar?

- Vou pagar só o do Santos, o seu não. - Luiz, vindo não sei da onde, responde.

- Qual é, velhote? Quem convida paga.

- Se parar de me chamar de velho, eu vou pensar no seu caso.

- Mas você é velho. Vou te chamar de quê?

- De Luiz, talvez. Esse é o meu nome não é mesmo?

- Não precisa se irritar, sabe que amo você.

- Não estou irritado. Mas só porque também amo você.

- Vocês vão ficar de melação mesmo ou nós vamos almoçar? Eu tô com fome! - Santos reclama.

- Você está é com ciúmes, isso sim. - respondo.

- E você está fedido, vai logo tomar esse banho pra gente ir logo.

- E aí Luiz, está com ciúmes ou não está? - Luiz ri, mas não responde. Santos já está ficando roxo de raiva. Tá engraçado.

- Tudo bem, estou indo tomar banho então. Já volto.

Me dirijo em direção ao vestiário.

Água gelada e música.
Não tem como um banho ficar melhor.

O som de Clareou, do Diogo Nogueira, invade todo o espaço. Me animo, eu gosto demais dessa música.

Tomo um banho rápido, demorado o suficiente para me deixar limpo e um completo cheiroso. Alcanço a toalha que está pendurada na porta, enrolo na cintura e saio. Visto a roupa limpa que está na bolsa, e pronto, banho tomado.

- Podemos ir - falo para Luiz e Santos que me esperavam na recepção.

- Vamos, então! Todos no meu carro? - Luiz questiona.

- Não, eu vou no meu. Do restaurante vou para a casa dos meus pais, meus irmãos vão chegar lá com meus sobrinhos.

- E você Santos?

- Eu vou com você Luiz, vou voltar para a academia. Combinei de passar um treino com o Lucas.

- Quem é Lucas? - indago.

- Um garoto novo aqui na academia.

- E desde quando você é treinador particular de jovens lutadores?

- Ele é bom, tem muito potencial. Vou investir nele.

- Quero ver o garoto lutando, para você querer investir no treinamento com ele, ele realmente deve ter potencial.

- Então rapazes, vamos? - chama o Luiz.

- Vamos. - respondemos em uníssono.

Chegamos no estacionamento e vou em direção ao meu carro. Já sei o caminho, por isso saio primeiro e vou na frente.

Nocaute - Docshoes Onde histórias criam vida. Descubra agora