Júnior Barbosa
Ter Alice em meus braços é a melhor sensação que eu poderia sentir na vida. Poder tocá-la, abraçá-la, beijá-la, é ainda mais mágico do que eu imaginei. Essas, com certeza, foram as piores semanas da minha vida, além da ausência de minha loirinha, minha ida para Miami estava me sufocando.
Agora, com ela aqui, tudo ganhou um novo sentido, e nada mais me abala.
Alice está, nesse momento, descalça andando pela minha sala, ela observa tudo com olhos bem atentos, como se estivesse tentando guardar cada imagem em sua mente.
Vou até ela e a abraço pelos ombros, rapidamente sua cabeça descansa no meu peito.
- Gostou? - pergunto beijando sua cabeça.
- De quê, exatamente?
- De vasculhar minha sala como uma gatinha curiosa. - ela vira pra me encarar e sorri encantadoramente.
- Você é um homem bem organizado, não há nada fora do lugar. - ela observa.
- Assim como tudo na minha vida, eu gosto da minha casa organizada. - beijo a ponta do seu nariz.
- Esses são seus pais? - ela aponta para um quadro onde meus pais estão sorrindo um para o outro e eu confirmo com um aceno de cabeça. - E esses?
- Esses são meus irmãos e meus sobrinhos.
- Que família linda você tem, Júnior.
- Sim, não é a toa que eu nasci com toda essa beleza aqui.
- É, sobre isso, eu não tenho forças para discordar.
Nós nos olhamos sorrindo um para o outro. Alice tem esse poder sobre mim, ela arranca sorrisos que eu nem sabia que era capaz de dar. Mas o sorriso se esvai e um bocejo manhoso ocupa seus lábios.
- Você deve estar cansada.
- Estou! Eu sinto como se meus olhos pudessem se fechar a qualquer momento.
- Então corre para o banho que eu vou preparar algo delicioso para comermos e em seguida você vai para cama.
- E você?
- Eu vou lavar a louça.
- Mas...
- Não tem "mas" nem meio "mas", você está cansada linda, eu consigo notar de longe que você está precisando de boas horas de sono. Não se preocupe com nada, pode ir tomar seu banho.
- Então eu vou rapidinho e já volto, quero ver você cozinhar para mim. - ela me beija rapidamente e sobe em direção ao meu quarto.
Enquanto isso eu fico aqui, preparando nosso almoço e imaginando essa cena se repetindo por longos anos em nossas vidas.
...
Alice de França
Após um banho incrivelmente relaxante, eu pego emprestada uma das camisas de Júnior para vestir, tudo bem que em mim parece mais um vestido, mas eu gosto assim. Além do mais, é da camisa de Júnior que estamos falando, macia e cheirosa como só ele consegue ser.
Desço as escadas já sentindo o aroma delicioso que vem da cozinha.
- Humm, acho que vem coisa boa por aí. - falo o pegando de surpresa.
- Meu Deus, Alice! - Júnior exclama levando a mão ao peito.
- Desculpa, juro que foi sem querer. - aproximo-me e abraço suas costas largas e musculosas. - O que está preparando? - pergunto esgueirando-me para mais perto do fogão.
- Macarrão com tiras bovinas ao molho branco e um toque especial do chefe.
- Ah, e que toque especial seria esse?
- Amor.
Júnior continua mexendo o molho como se não tivesse acabado de fazer meu coração disparar com apenas uma palavra. E, para o meu próprio bem, eu permaneço quietinha como se também não tivesse ouvido. Não sei o que eu faria se ele continuasse falando coisas assim, provavelmente me jogaria na panela para cozinhar junto ao molho.
Vejo uma taça de vinho sobre a bancada e presumo que ele estava bebendo antes de eu entrar, portanto, pego uma taça me servindo e completando a sua que estava menos da metade.
- Aqui. - ofereço-lhe a taça.
- Obrigada, linda. - sorrio para ele e tento não corar, mas é uma missão impossível. De repente, sinto meus pés se afastando do chão, é Júnior me pegando nos braços e me colocando sobre a bancada. - Fique aqui quietinha, estou quase acabando. - beijou minha testa e voltou para aquele bendito molho.
E assim eu fiz, fiquei quietinha observando cada movimento seu. O jeito como ele se movia pela cozinha em busca de inúmeros temperos - nunca vi tantos em minha vida - o jeito como ele fechava os olhos a cada vez que colocava um pouco do molho na boca, e claro, cada sorriso que me dava cada vez que seus olhos encontravam os meus.
Eu não sei em que momento eu me apaixonei por Júnior, só sei que é um sentimento que não consigo e nem quero controlar. Ele me faz sentir como se todas as borboletas do mundo se encontrassem bem aqui, no meu pequeno estômago; como se eu estivesse flutuando sobre uma nuvem de paz e tranquilidade.
Se eu pudesse escolher entre voltar ao passado ou adiantar o futuro, nenhuma delas encheriam meus olhos, porque só o que me interessa é fazer o tempo que estou aqui, apenas o olhando, durar uma eternidade.
Se eu pudesse, viveria assim para sempre, sentindo esse turbilhão de emoções, esse frio na barriga, o acelerar do meu coração a cada sorriso que ele me oferece, e sentindo esse amor, que de tão grande, não cabe no peito.
Júnior me faz sentir todas essas coisas e inúmeras outras, e eu acredito, com todo o meu coração, que o que ele sente por mim, é tão verdadeiro e intenso quanto o que eu sinto por ele. E é por isso que se eu tivesse o poder, eu apenas prolongaria o presente, apenas prolongaria esse momento onde o cheiro do molho e o nosso amor, preenchem o ambiente e os nossos corações.
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.I am back, julices!!!!
Depois de mais de dois meses, aqui estou com um capítulo lindinho para vocês.🥹Está curtinho, mas foi o melhor que consegui entregar hoje.😢
Perdoem-me a demora para atualizar, mas não estava conseguindo escrever. Espero que esse bloqueio, ou o que quer que seja, não me atrapalhe mais, e eu possa concluir essa história linda o mais rápido possível. 💜
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Nocaute - Docshoes
FanfictionNa luta entre o medo e o coração, ele só tem duas opções: esconder-se atrás dos seus receios, ou lutar e viver a mais bela história de amor que já se ouviu falar. A pergunta que fica, é: Qual delas ele irá escolher? . . . . História inspirada em Am...