Júnior Barbosa
Duas semanas depois...
O tempo passou voando. Tudo está acontecendo muito rápido, e ao mesmo tempo que eu estou eufórico, a ansiedade está batendo na minha porta de forma incansável.
É um saco! Eu fico louco com isso.
Uma hora você está bem, e na outra você começa a ter uma sensação de aperto, o coração acelara e você acha que a qualquer momento pode morrer. É difícil conviver com essa merda.
Por isso, assim que me levanto, só tomo um banho e vou direto para a academia, estou começando a sentir um aperto e isso não é nada bom. Preciso estar em um ambiente que me sinta bem. Preciso me sentir seguro!
A viagem não é nada agradável. O silêncio, a vista, o vento na janela... nada disso me conforta, muito pelo contrário.
Chegando, eu estaciono de qualquer jeito, pouco me importa, só quero sair daqui.
Estou sufocando!
- E aí Juninho, agora falta só um mês e quinze dias, tá ligado, né? - Almeida fala vindo em minha direção. Mas, ele para assim que está próximo o suficiente para notar que eu estou uma bagunça.
- Qual foi Júnior? Cê tá bem, mano? - pergunta preocupado.
- Não! - respondo direto. O Almeida é meu amigo, não preciso fingir em sua frente. Ele, Santos e Luiz me conhecem bem.
- Aquela parada de novo, irmão?
Não consigo responder, alguma coisa fecha minha garganta e tenho dificuldade para respirar. Puxo o ar forte, sinto o peito subir e descer, mas não o sinto entrar em meus pulmões.
De repente, sinto braços me envolvendo e mãos acariciando minha cabeça. Passo um tempo ali, e depois de minutos sinto aquele aperto no peito afrouxando.
Me desvencilho do abraço e o Almeida aparece em meu campo de visão, aqueles minutos foram tão perturbadores, que nem percebi que foi ele que me abraçou.
Com a respiração mais compassada e a voz menos trêmula, consigo agradecê-lo por estar ali para mim.
- Obrigado, irmão - lhe puxo para um outro abraço - obrigado mesmo.
- Não precisa agradecer por isso isso Jú, você é meu irmão, cara. Sempre que precisar estarei aqui.
- E essa melação toda aí, em? - Santos pergunta se aproximando de nós.
- Sem brincadeiras, mano. O Jú teve um momento tenso agora a pouco.
Nesse mesmo instante a atenção do Santos vira toda para mim, é nítida a preocupação em seu olhar. Por isso, eu logo trato de mostrar que estou bem - ou que, pelo menos, estou ficando.
- Estou bem! - ele continua me olhando preocupado.
- Tem certeza? - pergunta como se não acreditasse.
- Tenho! Quantas vezes eu me escondi de você? - e com isso, quero dizer que nunca escondi minhas fraquezas dele.
- Nenhuma se quer.
- Eu falo sério, não se preocupe, ok? Eu estou bem! - falo mais firme para que ele acredite e parece que funciona, sua expressão suaviza - Mas, para eu ficar ainda melhor, só se nós formos para o octógono agora para eu acabar com vocês dois.
- Até parece... - Almeida resmunga.
- Falando assim, até parece que é um lutador. - Santos completa.
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Nocaute - Docshoes
FanfictionNa luta entre o medo e o coração, ele só tem duas opções: esconder-se atrás dos seus receios, ou lutar e viver a mais bela história de amor que já se ouviu falar. A pergunta que fica, é: Qual delas ele irá escolher? . . . . História inspirada em Am...