The Macchiato's Lady- Temporada BÔNUS

Chapter 16

THE MACCHIATO'S LADY

POV EILEEN

Senti meu sangue fervendo quando Miranda me desacatou diante dos meus advogados. Se existe algo que odeio, é quando ela faz isso. Minha irmã e eu sempre soubemos como as coisas funcionariam. Passamos anos competindo em revistas diferentes. Em um bom período como editoras rivais. Logo me casei e a minha ex assumiu como editora da Vanity Fair. Mas minha irmã sempre soube como eu agiria numa situação como a que aconteceu.

Sinto a minha sobrinha fria e calculista como jamais vi. Ao voltar para a sala de reuniões, Caroline me tratou como uma superior irrelevante. Eu tenho me desgastado nas ultimas semanas para repassar parte das minhas ações para ela. E eu errei quando não chamei Miranda para conversarmos antes de apresentar a Marion como nova contratada, ou até mesmo mencionar que Caroline assumirá o comando do setor de criação, mas ela não tinha o direito de me fazer passar vergonha diante da minha nova associada. Eu reneguei opções e aceitei Marion para que a diretoria aceitasse as minhas exigências. Exigências que abriria a sociedade de Caroline. Mas aquela imbecil decidiu a pior hora para me desafiar. A maldita reunião sequer chegou nessa parte.

Liguei para Roy e ele me informou que a minha irmã louca estaria num bar. O que me surpreendeu em todos os detalhes. Ela acabou de sofrer um acidente e está num bar? O que inferno ela estava pensando?

Entro no bar e logo a vejo cercada de pessoas estranhas rindo, fumando e bebendo. Bom, posso compreender o motivo dela estar tão a vontade entre eles. Eu a chamo e ela simplesmente diz que não me conhece. A minha irmã quando quer ser uma idiota completa, ela faz como ninguém.

E eu estou exausta. Exausta de tanto estresse na revista. Exausta de tantas obrigações e exausta por antecipação da discussão que com certeza terei com a minha esposa. Deixo Miranda para trás com os cuidados da minha cunhada e sigo para a minha casa.

— Eileen, me fala que foi uma piada de péssimo gosto!

Minha esposa questiona assim que passo pela minha porta. Antes que eu comece a me defender ouço passos ligeiros vindos da cozinha. Logo vejo a minha filha linda e perfeita.

— Mamãeee!

Elouise grita e se joga em meus braços. Adoro quando ela vem efusiva dessa maneira para mim.

— Oi, minha Coala linda!

Coala. Desde que me recuperei do meu acidente anos atrás, eu dediquei grande parte da minha vida à minha filha. E parecia que ela compreendia, pois vivia grudada no meu corpo e os braços em volta do meu pescoço. E eu sempre dizia que ela parecia uma coala bebê linda grudada em mim. Elouise Meryl Priestly é a minha vida. Ella é o amor da minha vida. É a minha esposa amada. A mulher da minha vida! Mas até ela mesma concorda que a Elouise me tem por completo. A minha filhota e eu temos mais afinidade do que ela e a mãe. Nem mesmo o sangue é capaz de torná-las mais grudadas do que a minha pequena fofura de cinco anos com olhos castanhos claros e eu.

— Vem cá, meu amor!

Me sento no sofá com ela grudada em mim. O dia foi mais que estressante e só ela é capaz de me fazer esquecer.

— Mamãe, eu aprendi uma musiquinha. Você quer ouvir?

— Mas é claro, meu amorzinho. Canta pra mamãe.

— É assim! Escuta.

— Escuto!

Vejo Ella com o celular apontado para nossa princesa.