The Macchiato's Lady- Temporada BÔNUS

Chapter 28

CAROLINE POV

Separo alguns esboços nas pastas na minha sala na revista da minha tia. Adoro ficar até tarde na empresa. E estava sentindo muita falta de tudo nas ultimas semanas. Pego o meu celular e noto que Amber não respondeu a minha mensagem de duas horas atrás. Mesmo que o " Como você está?" não tenha sido realmente um bom diálogo, eu esperava que ela me respondesse. Claro que já deu tempo dela perceber essa mensagem. Possivelmente ela está mesmo me ignorando. Decido ir pra casa. Me levanto e olho ao redor. Logo sinto falta do meu filhote.

— Waffle?

Percebo a porta aberta.

— Merda, Waffle. De novo não.

Me apresso e saio apressada. A última vez que ele sumiu, eu o encontrei no refeitório assaltando o coffee corner.

Quando alcancei o corredor vim uma luz vindo da sala da minha tia. Sigo em silêncio até lá e ouço vozes.

— É claro, meu amor! A mamãe promete. O seu urso já está no carro.

Me aproximo e a vejo de costas para a porta. Vejo Waffle em cima da mesa dela com agarrado com as alças da bolsa da minha tia.

— Eu sei, Elouise. Prometo que não vou trancar ele numa caixa outra vez! Sim. Eu sei que ele precisa respirar. A mamãe promete não cometer esse erro duas vezes. Está bem. Vou sim. Assim que eu chegar eu o levo na sua cama. Tá. Eu te amo.

Ela se vira e me vê.

— Olá.

Minha tia me olha e cruza os braços. Waffle entra na bolsa e se esconde lá dentro.

— Não sabia que estava aqui. Deduzi que não a veria mais nos corredores da revista.

Ela diz e vai se sentar em sua cadeira.

— Quer agir como uma cadela ou quer conversar comigo?

Questiono e ela me olha por alguns instantes em silêncio. Aponta para a cadeira de frente para ela. Me aproximo e me sento.

— Eu não vou me desculpar, Tia Eileen! Você maltratou a minha mãe. A humilhou e causou danos para ela. E sim, eu entendo que você realmente esteve sob efeitos colaterais de medicamentos, mas você foi uma babaca.

— Caroline, eu...

— Não. Me deixa falar. Depois que nos conhecemos, você sempre me ensinou que a minha mãe era uma das coisas mais preciosas da minha vida. Para a Cassidy também. Então, pode imaginar a minha surpresa, quando foi você quem a agrediu?

Minha tia me observa.

— Quando eu quis ir embora com ela naquele maldito dia depois daquela reunião, ela foi clara! Disse que eu precisava me comportar com profissionalismo, mas aquilo que você fez me feriu também. Tudo que eu queria era desobedecer. Quero dizer, você a demitiu. Eu vi que ela também foi autoritária, mas toda Priestly é. Você deveria saber, pois é tão autoritária quanto todas as outras.

Minha tia suspira.

— Você disse que ela era parte disso aqui, tia.

Giro o dedo em torno de nós para ela saber que estou falando da revista.

— Vocês são duas teimosas disputando quem é a pior. E...Ela ficou arrasada com a história do meu avô, tia.

— Eu não fiz de propósito, Caroline. Quando é que vocês vão assimilar isso?

— Mas naquele momento pareceu. Pra ela ainda parece! Eu não estou aqui pra discutir isso. Eu não vou entrar nesse mérito porque eu quero compreender a situação das duas. Mas...